E se Odasaku tivesse uma irmã, uma irmã que fora obrigada a trabalhar para seu pior pesadelo, a Máfia do Porto. Mesmo após tentar inúmeras vezes salva-la desse terrível destino, seu único sucesso é a criar forte e esperta.
O futuro é e sempre será i...
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Você Crê?
Guiada por apenas seu aperto em meu pulso, atravessávamos as ruas da favela com pressa. Os passos cautelosos de Dazai e seu conhecimento impediam que entrássemos em um labirinto que nos levaria para uma emboscada mortal.
Tento acompanhar seu ritmo mas a maior parte das minhas forças foram usadas para atravessar o oceano.
Dazai - Vamos mini Oda, depressa, já estamos chegando!
Aperto meu passo quase correndo. Repentinamente, um homem encapuzado surge das sombras de um beco com uma faca em mãos. Dazai me puxa para trás dele no mesmo instante me fazendo colidir com suas costas.
??? - Ora ora o que temos aqui. Uma cadela perdida e um desgraçado da máfia.
Dazai - Sai daqui Akemi. - Dazai me instrui encarando friamente o homem sem perder sua postura ereta.
??? - Haha! Acha mesmo que vocês vão sair daqui com vida? Eu vou ficar com a garota...e você, você vai pagar pelo que fez com a minha família. - O homem aperta sua faca na mão.
Dazai - Agora! - Pairo no quesito deixá-lo sozinho.
Dazai é esperto, ele não se deixaria cair por alguém tão principiante.
O moreno se vira diante de mim e pousa sua mão no meu ombro.
Dazai - Não tem que se preocupar comigo. - Dazai afasta parte de seu casaco pro lado me dando visão de sua arma. - Já estamos no fim da favela, se você correr o mais rápido que conseguir vai chegar ao centro da cidade intacta.
Akemi - D-dazai, eu tô com medo.
Dazai - Não olhe para trás entendeu? Apenas cuide de si. Agora vai, nos reencontraremos em breve.
??? - OE, VOCÊ NÃO ME OUVIU? - Assim que o homem grita, Dazai se vira para ele me dando uma brecha para eu fugir.
Mais rápido do que nunca, corri atravessando a favela no desespero, meus pés doíam tanto pelas pedras e cacos de vidro de garrafas quebradas quanto por conta do frio, minhas meias ainda estavam molhadas de antes.
Não era possível enxergar nem mesmo o chão abaixo dos meus pés, a escuridão me assustava assim como o silêncio ensurdecedor dos becos vazios.
Minha respiração fica descompassada e assim que chego no fim da favela, ouço um disparo. Paro por um segundo cogitando voltar, meu coração palpita, lembro-me da ordem de Dazai e continuo correndo sem olhar para trás.
Mas pra onde eu vou?
As ruas estão vazias e apenas os carros passam por elas. Prédios e mais prédios iluminam o caminho.
Apesar de já ter saído do pior não significa que eu esteja a salvo, a cidade também é repleta de pervertidos, mas nada que eu não consiga me esquivar.
