Tudo é muito mais fácil quando não se tem algo a perder,mas em um piscar de olhos tudo pode mudar!
Scarlett Caccini primeira e única filha do capo da Famiglia italiana. Ela foi treinada para ser fria, cruel e, talvez, a esposa troféu de alguém que s...
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Estou no elevador, subindo para o apartamento do Pietro. No caminho até aqui pensei sobre muita coisa, o que fez o trajeto parecer longo.
Não quero conselhos, talvez sim, mas ele não é a melhor pessoa para me dar conselhos sobre encontros. Esse foi um dos meus pensamentos durante o caminho.
Eu sei que estou fazendo isso parecer uma guerra, mas eu nunca fui encontrar alguém que não tenho interesse nenhum. Porém, tento pensar que será bom para manter as aparências.
O elevador apitou e as portas se abriram, me deparo com a sala completamente vazia, mas um aroma muito bom invade minhas narinas.
Sigo o cheiro, que me leva até a cozinha, onde encontro Pietro com um roupão preto e com alguns detalhes azul royal. Ele está na frente do fogão cozinhando.
— Cheguei na hora certa. — falo, sento no banco na frente do balcão.
— Não te convidei, mas já está quase pronto. — Brinca, enquanto anda até a pia e põe colher lá dentro.
— Não, mas eu me convidei. — O canto dos meus lábios se ergue em um sorriso.
Ele vira para mim, o roupão está aberto, ele está usando apenas uma boxer preta, seu peitoral esta amostra e vejo os piercings em seus mamilos.
— Você é sempre bem-vinda. — Diz e manda um beijo para mim.
— Eu sei, meu bem. — Mando um beijo para ele também. — Gostei do look.
— Sério?! Deixa eu dar uma voltinha para você ver melhor.— Ele dá uma voltinha com um sorriso cínico nos lábios.
— Hum...retiro o que eu disse, fecha esse roupão.
— Assim você me ofende.— Finge estar ofendido, enquanto fecha o roupão.
— Como se isso fosse possível, seu ego é inabalável.
— Exato! Agora arrume a mesa, já basta eu dividir meu jantar com você.— Reviro os olhos e faço o que manda.
Quando abro a porta do armário vejo vários pratos, separados por tamanhos e por ocasiões. Ele é muito organizado e ama cozinhar, esse é seu ambiente de paz.
Pego os pratos, os talheres e taças, e os arrumo na mesa. O observo por duas tigelas sobre a mesa e servi nós dois, do que eu descubro ser nhoque.
Levo o garfo até o prato, em seguida o levo à minha boca, está magnífico, como sempre. Pietro faz um dos melhores nhoque que já comi, apesar de ser um prato tradicional, nem todos acertam.
— Nossa, você sempre acerta. — Fecho os olhos e suspiro.
— Eu sei, sou bom em tudo o que faço. — Se gaba e reviro os olhos.
— Seja menos narcisista, era só dizer "obrigada".
— Narcisismo, meu bem, é um defeito e eu não tenho defeitos. Sou perfeito. — Não consigo segurar e solto uma risada alta.
