°•《Capítulo 8》•°

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Dream estava dormindo quando escutou uma batida na porta. Ficou confuso por um momento e quis se levantar, mas o corpo parecia fraco e pesado demais para obedecer seus comandos.

A sala toda girava.

A batida voltou a preencher a sala, dessa vez, mais forte. Ele sentiu a cabeça latejar.

Dream se perguntou porque Fell bateria na porta da própria casa. Ele não tinha a chave?

Antes que pudesse pensar, a porta se abriu num chute. Um borrão monocromático atravessou a sala e parou do lado dele.

O borrão tinha uma voz familiar.

- Dream! Eu te procurei em tudo que é canto, onde você estava?

- Cross? É você? O que veio fazer aqui?

Perguntou Dream, estreitando os olhos para tentar ver melhor. O guarda, ignorando-o, pôs a mão em sua testa para medir a temperatura.

- Você tá com febre. Onde está o Sans desse universo?

- Oh, você quer dizer o Fell? Ele saiu, não deve demorar muito.

- Ele te deixou aqui sozinho?

Dream assentiu, e Cross revirou os olhos.

- Vou fazer um chá pra você. Não saia daí.

Cross se afastou rapidamente em direção à cozinha, enquanto Dream permanecia deitado no sofá.

Enquanto esperava, Dream observou a sala girando ao seu redor. A febre parecia piorar a cada momento, deixando-o tonto e confuso. Ele tentou se lembrar do que havia acontecido antes de Cross chegar, mas sua mente estava nublada.

Pouco tempo depois, o guarda voltou com uma xícara fumegante de chá de flor dourada. Ele se sentou ao lado de Dream e entregou a bebida a ele, cuidadosamente.

- Beba devagar. Isso vai te ajudar a se sentir melhor.

Dream segurou a xícara com as mãos trêmulas e sorveu um gole do chá. O líquido quente deslizou por sua garganta, trazendo um pouco de conforto.

- Obrigado, Cross. Eu não sei o que aconteceu, eu nunca fiquei doente.

- Você não "ficou" doente, Dream. A faca com que Killer te feriu tinha negatividade pura. Você foi envenenado.

Dream permaneceu mudo, e assentiu lentamente. O calor da xícara aquecia suas mãos, deixando-o com sono. Ele não se lembrava de ter sido ferido.

Estava muito cansado para entender o que estava acontecendo.

- E por que você veio aqui?

Cross prendeu a respiração, e então tentou pensar numa resposta.

"O que eu estou fazendo aqui?"

Bem, ele tinha uma dívida com o arqueiro, não é? Por poupar-lhe a vida e por devolver seu pingente.

Era apenas uma prestação de contas, nada além disso.

- Eu tava te devendo essa. Agora estamos quites.

- Não é por que somos amigos?

Cross pensou por alguns segundos.

- Não.

Uma risada de divertimento atravessou o rosto de Dream que, antes de cair no sono, ainda teve a chance de dizer:

- Você é um péssimo mentiroso, Cross. Um péssimo mentiroso.

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Desculpem pelo capítulo curto, pessoal. Mas o próximo vai ser bem longo, prometo!

Longo e cheio de viadagens do jeitinho que vocês gostam.

Até lá!

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