Capítulo 37 - Fim da linha, Michael

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Ando apressadamente até a casa de Lilly, já que meu carro está quebrado, vou pedir o dela emprestado e eu sei que ela me ajudaria, bato na porta e aguardo ela por alguns instantes, já estava prestes a bater em sua porta novamente quando ela abre a porta.

— S/n, não esperava uma visita sua.

— Preciso do seu carro. — Afirmo ofegante.

— Ahhm, tudo bem. — ela me fulmina confusa. — seu braço, o que aconteceu.

— Não te contaram?... Michael me atacou, e agora ele está indo até a casa de meu pai, se eu não chegar lá a tempo ele vai mata-los, e eu não quero perder mais ninguém Lilly, eu não posso. — Afirmo chorando com minhas mãos tremulas.

— O que?! S/n você precisa chamar a poli....

— Jake e Holder já avisaram eles foram até lá e não deixaram que eu fosse junto, mas eu não posso ficar parada, Lilly, a vida da minha filha está em jogo. — Eu falo rápido.

— Tudo bem. — Ela diz com um olhar de receio, caminha até a mesa na sala e pega a chave do carro, ela coloca a chave na palma de minha mão e a fecha, segurando em minha mão. — S/n por favor, tome cuidado e não faça nada que vá se arrepender, você não é ele.

Eu olho em seus olhos e assinto positivamente com a cabeça. — Obrigada, Lilly, por tudo. — Afirmo sorrindo.

Viro as costas e ando até seu carro que está estacionado na frente de sua casa, eu entro e dou a partida, acelerando e indo até Colville, eu dirijo a uma velocidade alta porque quero chegar o mais rápido possível, ultrapasso alguns carros na via e escuto alguns carros buzinando, não me importo.

Meu celular toca e vejo que é Jake, atendo e coloco no viva-voz.

— Oi. 

— S/n o que tá fazendo? Lilly me contou tudo, não faz isso por favor. — Afirma Jake do outro lado da linha, com um tom iminente de preocupação.

— Tarde demais Jake, estou a caminho.

— Você precisa ser sempre tão teimosa? você viu o que aconteceu com você ontem!

— Você quer que eu faça o que? fique definhando enquanto aguardo notícias??

— Só não quero que você se coloque em risco.

— Eu não me importo comigo, só quero que isso acabe logo e que ninguém saia machucado. — Exclamo.

— Você tem noção do que está dizendo? nossa filha precisa de voc...

Desligo a chamada antes dele terminar de falar, nada que ele me diga vai me fazer mudar de ideia, não posso arriscar perder mais ninguém que amo, o desespero é forte demais para sentar e esperar, recebo algumas notificações mas ignoro-as pois provavelmente são mensagens de Jake e eu não estou afim de escutar sermões.

Conheço um atalho então vou por ele para ganhar tempo.

Depois de dirigir por alguns minutos chego a casa de meu pai, deixo o carro na frente da casa dele, puxo o freio de mão, desço do carro e corro até lá, a porta já está aberta, o que significa que eu cheguei tarde demais, caminho pela casa e vejo todas as coisas reviradas, indicando que houve luta corporal.

— PAIII — Grito enquanto procuro pelos cômodos da casa. Vejo pingos de sangue no chão que levam até a escada do segundo andar, onde ficam os quartos.

— Merda! não, não pode ser verdade. — Exclamo enquanto coloco minhas mãos em minha cabeça, um sinal iminente de que estou em desespero.

 O medo de ter perdido meu pai e minha filha é muito forte, ao mesmo tempo que eu preciso subir as escadas, eu não quero subir, porque tenho medo do que irei ver lá, não é como se eu tivesse escolha. Corro até o andar de cima e vou até o meu antigo quarto, o quarto em que Aurora deveria estar, chego até o mesmo e vejo rastros de sangue e meu pai, que tentava se rastejar até um telefone que estava no chão, provavelmente ele tentou chamar ajuda, mas foi golpeado antes.

Duskwood - Eu escolhi vocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora