— Não, não precisa. — Sasuke se afastou do batente da porta, onde estava encostado e caminhou até o ômega. Colocou o indicador no queixo do loiro, levantando sua cabeça para que o encarece nos olhos. — Não quero que me peça permissão para comer, dormir e muito menos tomar banho. Eu não sou seu dono, sou seu marido, e meu dever é cuidar e proteger você. — o alfa não soltou o queixo do loiro e depois de uma curta pausa, continuou: — Esqueça tudo que lhe foi ensinado sobre ser inferior, pequeno ômega. Agora é meu marido, e cuidarei para que seja tratado com respeito.

O loiro sentiu seu coração errar uma batidinha quando o moreno se aproximou e deixou um beijo em sua bochecha com aqueles lábios antes de  se afastar e sair fechando a porta.

Quando Naruto se viu sozinho no cômodo, não conseguiu evitar o sorriso nos lábios.

Talvez, estar casado com o alfa mais temido da região, não seja assim tão ruim.

O ômega seguiu para o enorme banheiro e se deslumbrou com o que viu. Tudo era lindo, havia uma banheira enorme, um chuveiro e vários frascos de sabonetes, shampoos e cremes hidratantes.

Com um suspiro aliviado, o ômega seguiu até a banheira e a encheu com água quente para seu banho. Naruto começou a despir-se de suas roupas, enquanto esperava a banheira encher. Um suspiro aliviado e doloroso rompeu por seus lábios quando se viu livre do espartilho exageradamente apertado. Pelo grande espelho, conseguia ver as marcas avermelhadas escuras em sua pele, consequência do aperto incessante da peça de roupa durante o dia inteiro. O ômega sabia que ficariam roxas e a sensação dolorida demoraria um pouco para passar.

Assim que se livrou de toda a roupa, entrou na banheira e sentiu a sensação gostosa da água quente cobrindo seu corpo. O loiro ficou minutos aproveitando as sensações

Vez ou outra o loiro se pegava tendo pensamentos assustadores, onde a qualquer momento sua mãe ou até mesmo Sakura entrariam naquele banheiro e reclamasse com ele pela demora, mas, de forma medonha, o semblante de Sasuke fazia o medo ir embora.

Talvez pelo fato de saber que Sasuke, mesmo sendo mais perigoso que sua mãe e Sakura, não demonstrou hostilidade.

Depois do banho demorado, Naruto sentia-se sonolento, apesar de ainda estar dolorido. Vestiu um pijama de seda e se acomodou na cama enorme e se rendeu ao sono. Seu corpo merecia um descanso depois de um dia tão agitado.

                               ༺★☯♥☯★༻

Sasuke se atentou ao silêncio e a falta do ômega para jantar em sua companhia. Deixou o escritório e seguiu até a cozinha onde encontrou seus funcionários.

— Meu ômega já jantou? — perguntou com as mãos nos bolsos.

— Não, senhor Uchiha. — respondeu uma criada de cabelos vermelhos e uma expressão insatisfeita.

— Ele não desceu? — indagou novamente sem entender a razão do ômega estar tão recluso.

— Não o encontramos depois que chegaram. — mentiu uma das criadas. Sasuke não se deu ao trabalho de questionar.

— Obrigado. — agradeceu rispidamente enquanto saía da cozinha. — Sirvam o jantar, irei buscá-lo. — instruiu sem se dar ao trabalho de virar e olhar os funcionários.

Apesar de cansado, não estava irritado com o ômega, apenas curioso sobre o comportamento de Naruto. Não é possível que o ômega fique o tempo todo no quarto recluso, né?

Subiu as escadas em passos rápidos e assim que alcançou a porta, abriu-a, se deparando com a coisinha mais linda de toda sua vida.

O ômega loiro estava dormindo encolhido no meio cama. Seu rosto estava relaxado e seus feromônios estavam calmos e felizes, deixando seu cheiro doce e agradável.

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