HUITIÈME CHAPITRE

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08

      Afonso segurava a mão do francês com uma ternura que transcendia as palavras, enquanto percorriam as ruas movimentadas do Marais. Seus dedos entrelaçados eram como laços invisíveis de amor que os uniam, e a cidade ao redor parecia desaparecer, deixando apenas os dois em um mundo à parte.

— Você já teve a chance de conhecer o Crêperie Breizh Café antes? — Afonso perguntou, com um olhar profundo que parecia atravessar a alma de Louis.

— Não, é a minha primeira vez no Marais. Mas você parece mais francês do que eu, Afonso! — Louis riu, mas seus olhos estavam fixos aos de Afonso, como se estivessem perdidos neles.

Afonso respondeu com um sorriso largo, parando em frente ao prédio que abrigava o café, onde mesas vintage e vasos de flores criavam um ambiente ainda mais romântico e acolhedor.

— Infelizmente, nunca tive o prazer de visitar muitos outros lugares, meu anjo. Você se importaria de me acompanhar? — Afonso chamou com uma voz suave, cheia de carinho, enquanto seus olhos continuavam a se perder em cada gesto de Louis.

— E o que vamos saborear aqui? Crepes? — Louis brincou, mas seu sorriso era doce e cativante, como o pôr do sol em Paris.

— Aqui, eles servem o mais divino banquete que já provei! Acompanhado de queijos, geleia e uma xícara de café com leite que aquece a alma! — Afonso declarou, escolhendo um lugar à sombra para poderem ficar mais próximos, seus joelhos roçando suavemente na mesa.

Enquanto fazia os pedidos ao garçom, Antoine, ainda um pouco inquieto, sentia que a presença de Afonso o acalmava. Seus olhares se cruzavam por vezes, e cada troca deles era uma promessa silenciosa de amor e apoio incondicional.

— Louis, eu entendo que você esteja preocupado com o acontecimento chegar aos seus pais, mas não é mais um adolescente. Por que não tenta conversar com eles, explicar tudo com calma? — Afonso falava e sua voz tão suave quanto uma sugestão de amor.

Louis suspirou, sentindo-se vulnerável, mas a segurança que Afonso transmitia era como um escudo protetor contra seus medos.

— Não é tão simples, Afonso. — Louis voltou a suspirar, desviando o olhar por um momento, antes de olhar profundamente em seus olhos novamente.

Afonso olhou-o com compreensão, sua expressão pacífica transmitindo apoio e um amor profundo que não precisava de palavras para ser expresso.

— Eu sei que não é fácil, meu anjo. Na maioria das vezes, não é o mesmo. Mas chegará um momento em que não será possível mais esconder quem és. Compreende? — ele disse, com um gesto suave das mãos, seus dedos acariciando levemente os de Louis.

Enquanto Antoine ponderava as palavras que ouvira, Afonso começou a saborear o seu petit déjeuner com geleia de figo. A tensão era palpável, mas o amor entre eles era mais forte do que qualquer desafio.

Finalmente, Louis encontrou coragem para falar o que estava em seu coração:

— Eu te amo, Afonso.

As palavras saíram de seus lábios como uma promessa de amor eterno. Afonso, momentaneamente surpreso, logo retribuiu o sorriso gentil de Louis, seus olhos brilhando com emoção.

— Desculpe! Eu não sei o que me deu! Eu...

— Shh, não precisa se desculpar, Louis. — o interrompeu com gentileza, estendendo as mãos sobre a mesa em direção a Louis, seus dedos acariciando os de Louis. — eu também te amo, mon papillon... Desde o primeiro momento que nos encontramos.

Antoine sentiu seu coração transbordar de amor e gratidão. Segurou as mãos de Afonso com firmeza, sua pele contra a de Afonso transmitindo uma eletricidade sutil, mas apaixonada.

— Você é lindo falando em francês com seu sotaque português, Afonso... — Louis começou a dizer, mas não teve a chance de terminar a frase, pois foi envolvido por um beijo apaixonado do luso. Este beijo parecia transcender o tempo, como se o mundo inteiro fora suspenso apenas para testemunhar aquele momento mágico. Seus lábios, que incendiavam amor, se tocavam como se estivessem com fome um do outro, um enlace de almas que queimavam com uma intensidade avassaladora. O beijo era uma afirmação sem a necessidade de palavras de que seus corações estavam unidos em um amor que enfrentaria todos os desafios com uma coragem ardente.

— Não estás sozinho, meu amor. — Sussurrou, logo depois daquele beijo e seus lábios roçaram suavemente os do amado francês. — se você quiser, posso ir até sua casa para um jantar e conversamos com sua família. Independente do que eles irão dizer, não vou deixar você só.

Afonso falava com uma voz carregada de paixão, enquanto acariciava o rosto claro e aveludado de Louis. Eles se beijaram novamente, mas desta vez com ainda mais ardor, como se expressando todo o amor que sentiram um pelo outro em um único gesto.

— Afonso... Você me acalma... — murmurou o francês.

— Quer ir para o meu apartamento? — Afonso propôs, seu tom cheio de urgência e desejo, perdido profundamente os olhos de Louis.

— Agora? — Louis perguntou, sua voz sobre expectativas.

— É logo ali, na Rue du Vertbois.

O sorriso que se formou nos lábios de Louis foi a resposta que Afonso precisava. Eles se levantaram, pagaram a conta e saíram de mãos dadas, caminhando em direção ao apartamento de Afonso. Louis Antoine inclinou a cabeça levemente no ombro do artista, sentindo o calor que emanava de seu corpo. A paixão que queimava entre eles era como um fogo inextinguível e nada no mundo poderia apagar essa chama ardente de amor.

(910 palavras)

(910 palavras)

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NOTA:

Crêperie Breizh Café: Creperia Breizh Café.

Petit déjeuner: Café da manhã.

Rue du Vertbois: Rua de Vertbois.

QUE SEJA ETERNO O NOSSO AMOROnde as histórias ganham vida. Descobre agora