🎖️Menção de Honra, Escritor Engajado, Leitor Engajado e Favorito dos Fãs no Language Awards 2023, organizado pelo perfil oficial @WattpadContosLP
🥈 Segundo lugar no concurso Different Blue 4° edição. Categoria Romance
🥉 Terceiro lugar no concurs...
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01
Louis Antoine mal podia conter a ansiedade à medida que o feriado de 14 de julho se aproximava. Ansiava pelo momento de reencontrar seu novo amigo, Afonso.
Tudo começou no Musée du Louvre, durante um passeio escolar em um dia após chuva de verão. Louis Antoine ficou intrigado com aquele jovem de cabelos negros, ondulados até os ombros, que estava tão imerso em seu desenho da estátua de Eros e Psiquê, que parecia estar travando uma conversa telepática com ela. Decidido a conhecê-lo, afastou-se deliberadamente do restante da turma e se sentou ao lado dele.
O jovem ergueu os olhos, encontrando o olhar de Louis Antoine com um leve sorriso. Sem interromper seu desenho, o cumprimentou com um simples "oi" em um sussurro, enquanto continuava a esboçar no papel com seu lápis de carvão.
— Percebo que estás concentrado. Posso ver? — perguntou Louis Antoine, curioso.
Afonso ajeitou uma mecha de cabelo que teimava em cair em seus olhos antes de estender o bloco.
— Eu ainda não terminei, mas já que está interessado...
— Você não é daqui, certo? Americano?
Recompondo-se, virou seu desenho na direção do outro antes de responder com um tímido sorriso, enquanto Antoine pegava o bloco, imediatamente encantado com o talento do rapaz.
— Não, na verdade, sou de Portugal. Meu francês é assim tão ruim?
— Não, até que não é. Foi a pronúncia que te entregou! — riu. — És o primeiro luso que conheço e seu francês é impecável!
— Obrigado.
Louis Antoine devolveu o bloco, já imaginando a professora Lorraine entrando em desespero por ter perdido um de seus alunos.
— Tenho que ir. Meu nome é Louis Antoine Leroux. — estendeu a mão, um gesto de cordialidade.
— Prazer, Louis Antoine. Me chamo Afonso, e obrigado pelos elogios.
Eles apertaram as mãos, trocando um sorriso caloroso.
— Teremos o feriado do Jour de la Bastille. Gostaria de ver os fogos comigo?
Louis estava curioso sobre o talento de Afonso e queria conhecê-lo melhor, ser seu amigo.
— Será um prazer. — o rosto de Louis encheu-se de alegria ao ouvir isso — Como faço para nos reencontrarmos, Antoine?
Louis Antoine olhou para o lado, pensando em como concretizar esse encontro, quando ouviu a voz enérgica da professora chamando-o por seu sobrenome.
— Existe um café chamado Le Petit próximo à tour Eiffel! Amanhã, às 15 horas! — terminou a frase enquanto corria, segurando sua mochila de lona azul marinho nas costas.
Afonso observou o rapaz se afastar, seus cabelos castanhos claros balançando com o movimento, tornando um ar dourado nas mechas. Aquela situação inusitada o deixou contemplando seu desenho inacabado, enquanto refletia sobre o que acabara de acontecer.
— Café Le Petit. — sussurrou para si mesmo, com uma faísca de empolgação em seus olhos castanhos.
Assim que se juntou aos outros, foi recebido por uma de suas colegas, Marie, que o abordou curiosa.
— Louis Antoine, onde você estava? Madame Lorraine estava preocupada!
Ele sorriu misteriosamente e respondeu:
— Ah, Marie, você não vai acreditar no que aconteceu! Conheci um rapaz no Louvre, ele se chama Afonso e é de Portugal. O talento dele para desenhar é incrível! Você tinha que ver!
Marie ficou atônita com a empolgação de seu amigo e o jeito atrevido dele.
— Louis Antoine, sempre nos surpreendendo, não? Conhecer estrangeiros no meio de um passeio escolar?
Os dois amigos riram juntos, compartilhando um momento cúmplice e divertido.
— Eu sei, Marie, foi inesperado, mas acho que fizemos uma conexão verdadeira. Até marcamos de nos encontrar no Café Le Petit durante o feriado do Fête Nationale.
— Me conta! Como ele é? Bonitinho?
— Você e essa mania! Não é isso. É que gostei realmente do desenho dele. Você sabe que minha paixão é desenho, pintura...
— É que gostei do desenho dele. — fez aspas com os dedos, rindo.
— Como você é boba!
Riram juntos mais uma vez, até que foram interrompidos pela professora, que os chamou a atenção de maneira austera.
— E onde se meteu, monsieur Leroux? — perguntou com as mãos cruzadas contra o peito.
— Perdão, Madame Lorraine. Me distraí olhando a beleza de Eros e Psiquê.
— Que não se repita mais, está bem? Agora, voltaremos para a classe e quero uma dissertação de tudo que viram. Vamos!
Louis Antoine concordou, seriamente, seguindo ao lado da inseparável amiga, que balançou a cabeça, ainda incrédula, mas feliz pela animação de seu amigo.
— Bem, então espero que seu encontro seja tão incrível quanto parece, Louis Antoine. E não se esqueça de nos contar todos os detalhes depois! — sussurrou, enquanto iam andando com os demais, lado a lado.
Louis Antoine assentiu com um sorriso e, juntos, eles continuaram conversando sobre as aventuras que aguardavam. O início dessa amizade improvável com Afonso prometia muitas histórias emocionantes pela frente.
(810 palavras)
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