Aonde Tudo Começou - SasuNaru.

I - Nada

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Atenciosamente, Cass.

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Eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo.

Eu conseguia me ver, o meu corpo, o Naruto, era como se eu estivesse flutuando ao meu redor.

Estávamos em um lugar escuro, muito parecido com um esgoto, não tinha mau cheiro, mas por onde ele andava, havia água rasa no chão.

Era como um labirinto, tinham muitos corredores, só que ele andava como se conhecesse o lugar, nunca hesitando em nenhuma curva, parecia determinado a chegar aonde quer que ele quisesse chegar.

Ele também andava muito rápido, não necessariamente corria, mas ele parecia com pressa, murmurando si coisas para como:

"Ela não vai gostar disso"

"Seriamente, o que estavam pensando quando me obrigaram a pedir ajuda a ela?"

"Existe alguma chance dela me matar aqui?"

"Isso vai dar tão errado!"

Ele parecia muito preocupado, resmungando aquelas coisas para si, como se fosse a porra de um lunático, ou um cara muito ferrado.

As duas coisas estranhamente combinam comigo.

Não posso deixar de rir um pouco disso, o idiota parecia em completo pânico, quase tropeçando três vezes no mesmo corredor, mas qualquer sinal de diversão que eu tinha morreu assim que eu a vi.

Atrás das grades, havia uma criatura enorme, seus olhos eram tão intensos que eu me senti recuar, os seus dentes eram grandes, enormes, pareciam que iriam me despedaçar a qualquer momento, e suas garras provavelmente eram maiores que um carro.

Eu tinha a porra de uma raposa na minha frente, que só de olhar, se mostrava muito maior do que o King Kong, e isso já é muita coisa.

— Criança, que surpresa interessante — a raposa disse, sua voz me fazendo arrepiar até os ossos.

TRIM TRIM TRIM.

— Naruto Uzumaki Namizake, se você não estiver em pé quando eu colocar os pés nesse chiqueiro que você chama de quarto, eu juro que eu faço picadinho de você e dou para os cachorros — ouço os gritos de minha mãe, gritos esses que me fizeram levantar tão rápido, que minha pressão baixou e eu quase derrubei Kurama, mas o gato só me ofendeu em sua língua e voltou ao sono.

Graças a Deus, eu levantei rápido o suficiente, porque assim que recobrei meu equilíbrio, uma mulher com um bando de fios vermelhos invadiu o meu quarto, me olhando desconfiada.

— Hmm...Bom dia? — eu disse, com um meio sorriso estampado no meu rosto, enquanto a mulher à minha frente me encarava dos pés à cabeça.

— Naruto — ela começou, sua voz perfeitamente controlada — Se você não estiver pronto em 30 minutos, eu te jogo pela janela.

— Sim, senhora, estarei lá assim que puder — falei, me apressando em pegar uma cueca na gaveta, mas assim que fui passar pela porta, ela impediu a passagem, ficando a minha frente como uma muralha de 1 metro e 60.

— Não. Não tem essa de "assim que puder", é em 30 minutos, nem um segundo a mais, cria do teu pai, entendeu?

— Sim senhora.

— Ótimo, vá tomar banho, querido — ela disse, o sorriso voltando para suas feições, então ela limpou uma poeira inexistente dos meus ombros e me deu passagem.