Perseverar

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Perseverar, verbo predicativocontinuar (de alguma forma ou maneira); ficar, permanecer

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- Toc-Toc.

Gattaz se apoiou na porta do quarto para olhar para dentro do cômodo. Priscila, que estava em pé perto da janela enquanto terminava de trocar o bebê, olhou por cima do ombro quando escutou a voz de sua amiga e logo abriu um sorriso. Seu gesto deixou claro para a mais velha que ela tinha permissão para entrar de vez no quarto, então ela empurrou a porta e deu um passo para dentro, já dando espaço para Rosamaria a seguir.

- Oi, - Daroit cumprimentou as duas e, apesar de parecer cansada, ela também parecia estar brilhando com felicidade.

- Oi, Pri, - Gattaz disse, passando um braço em volta de Daroit e beijando sua bochecha. - Como cê tá? - Assim que terminou de falar, a ex-jogadora tirou o braço da cintura de sua amiga e se inclinou para olhar para o bebê, que parecia pouco impressionado com a nova pessoa aparecendo no seu campo de visão. Ele parecia bravo, na verdade, ostentando uma careta, mas Gattaz apenas riu e usou dois dedos para apertar o pé dele.

- Tô bem, - Priscila respondeu com um suspiro. - Quer dizer, melhor agora que eu me livrei da bomba que tinha na fralda dele, - ela brincou e deu um passo para o lado para abraçar Rosamaria também.

Caroline aproveitou que ela se afastou para assumir o trabalho de fechar o body amarelo que Guilherme estava usando, fechando os botões sem dificuldade alguma enquanto fazia caras e bocas para o bebê. - Que isso, Sharkboy? Quer matar a mamãe?

Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, elas ouviram uma voz muito mais inocente repetindo: - Sharkboy.

As três se viraram para a porta onde elas viram Lu em pé olhando a movimentação no quarto do irmão enquanto chacoalhava um brinquedo na mão. Ele estava usando um calção e crocs nos pés, e sua barriguinha de criança dava um ar de inocência no menino. Depois de uma pausa surpresa, Priscila se virou para Gattaz com os olhos arregalados.

- Gattaz! - Ela exclamou.

- Não é culpa minha! - A mais velha se defendeu depressa.

- Eu não sei o que aconteceu, mas eu tenho quase certeza que a culpa deve ter sido sua mesmo, - Léia comentou enquanto se aproximava do quarto depois de ter fechado o apartamento de novo e colocado alguns brinquedos no chão para Johnny se distrair.

- Nada aconteceu, - Daroit falou para desviar o assunto, mas não adiantou de nada porque Léia apenas a olhou com um olhos semicerrados e um ar de desconfiança que a fez soltar uma risada meio sem graça.

- Eu tava contando que eu tô com um roxo na bunda, - Rosamaria interveio quando ela percebeu que nenhuma das outras mulheres seria capaz de inventar uma desculpa boa o suficiente. Léia olhou para ela com interesse, então a oposta continuou falando. - Por causa das injeções.

- Ah! - Léia acenou com a cabeça. - Nossa, elas são horríveis mesmo. - Aparentemente, a morena havia acreditado na desculpa esfarrapada que Rosa inventou porque ela logo sorriu e colocou a mão na cabeça do filho, bagunçando seu cabelo um pouco e fazendo ele olhar para cima. - Oh, meu filho, cadê sua camiseta, hein?

Lu apenas deu de ombros como se ele não fizesse ideia do que ela estava falando, o que provavelmente era verdade. Priscila suspirou e balançou a cabeça enquanto Léia o tirava dali para eles irem procurar o resto das roupas do menino. - Ele aprendeu a tirar a roupa sozinho agora, - a ponteira explicou. - Ontem a gente colocou ele pra assistir desenho enquanto a gente dava banho no Gui e, de repente, ele tava pelado no sofá.

Drops of JupiterWhere stories live. Discover now