Drops of Jupiter

Montanhas, eu e você

O povo pediu e eu soltei o capítulo novo mais cedo!

Não esqueçam de deixar vários comentários!

*___________________*__________________*

- Bom dia, meu amor, - Caroline cumprimentou com um sorriso quando viu Rosamaria entrando na cozinha da cabana com os olhos ainda pesados de sono e um biquinho nos lábios que a deixava ainda mais fofa. Ela seguiu a mulher com os olhos até onde podia, antes de voltar sua atenção para a cafeteira que ela havia demorado meia hora para descobrir como funcionava. Rosamaria a abraçou por trás, descansando sua bochecha entre os ombros da mulher mais alta, e Caroline deu uma risada baixa. - Dormiu bem?

- Dormi. - A oposta acenou também com a cabeça. - Eu tive um sonho maluco que tu raspou minha cabeça e meu cabelo cresceu vermelho.

Gattaz soltou uma gargalhada com a cena que apareceu em seus pensamentos. - E o que foi que a senhora fez pra me irritar o suficiente pra eu raspar sua cabeça? - Ela brincou enquanto colocava uma segunda xícara para pegar o café que estava saindo da máquina.

- Senhorita, - Rosamaria a corrigiu com um resmungo, se afastando dela com um suspiro para ir até a geladeira ver o que elas tinham para comer.

A cabana que elas haviam alugado para passar uns dias na Suíça contava com todos os utensílios necessários, mas não vinha com a geladeira recheada de coisas. Elas tinham ido ao mercado no dia anterior quando elas chegaram, mas Rosamaria estava acordando ainda e não lembrava de cabeça tudo que elas haviam comprado para passar alguns dias ali. O voo do Brasil até o país europeu havia sido demorado e cansativo e, depois que elas chegaram, as duas concordaram que só iriam ao mercado e depois iam cair na cama para dormir e recarregar as energias para começar a lua de mel oficial delas.

- Claro, - Caroline respondeu com uma risada. - Quer saber o que eu sonhei? - Ela pegou as duas xícaras, desligou a cafeteira, e se virou para observar Rosamaria. Se os seus olhos fixaram na bunda da oposta por um tempo, ninguém podia a culpar.

- O que? - A loira perguntou sou sem virar. Ela já estava segurando alguns ovos nas mãos e ela acabou pegando o queijo também na intenção de fazer um queijo quente para acompanhar o omelete.

- Seu pai apareceu na nossa casa com uma cabra pra dar de presente pra criança, - Gattaz contou depois que Rosamaria se virou para começar a preparar a comida delas.

- Que criança?

- A nossa, - a mulher mais velha declarou simplesmente, sem perceber a forma como Rosamaria quase deixou os ovos caírem no chão.

A oposta engoliu em seco, tentando fingir que aquele pensamento havia a afetado de alguma forma, e começou a abrir os armários em busca de uma panela que ela poderia usar para fazer o café. Alugar uma cabana havia sido sua ideia porque ela achou aquele ambiente muito mais romântico que um hotel lotado por outros hóspedes, mas isso também significava que as duas tinham que se virar pelos próximos dias. Rosa não achava que era um problema, afinal, elas faziam tudo em casa.

- Por que meu pai teria uma cabra? - Rosamaria perguntou, focando em outra coisa para tentar acalmar seu coração. - E, mais importante ainda, por que ele daria uma cabra pra neta dele?

- Sonhos são malucos, - Caroline respondeu de forma leve, dando de ombros. - Lembra quando cê sonhou que eu tinha uma amante?

Rosamaria se virou segurando a faca que ela havia pego para cortar o queijo, usando ela para gesticular enquanto ela falava. - Escuta aqui, em minha defesa, tu passou o dia inteiro grudada no celular!

A mulher mais velha segurou a risada o melhor que pode, erguendo as mãos em sinal de rendição. - Eu tava jogando Candy Crush!

- É bom mesmo, - a oposta bufou, colocando a mão na cintura, mesmo segurando a faca ainda. - Eu tô de olho em ti, Caroline Gattaz.