Capítulo 9 - Gemidos e banheiros

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O sol queimava levemente a minha pele enquanto nos sentávamos em uma mesa branca, havia um enorme sombreiro bege que dava sombra a mesa em meio ao enorme gramado. Era a primeira vez que eu estava no Le Château. Não demorou e um garçom se aproximou de nos com um jarra de água, encheu as taças, pôs sobre a mesa uma pequena cesta com pão francês e saiu logo em seguida.

- Então esta tudo bem com você?

- Ate o momento sim, achei que seria um vilão estilo Lisa Simpson.

- Do "The Simpsons"? Ela não é uma garota de oito anos?

Coloco a mão no meu rosto e passo por ele em direção ao meu queixo mostrando impaciência.

- Você não lê mulher? - disse ultrajado. - Lisa Simpson só é a vilã mais foda que eu já conheci na minha vida. Ela é tipo o cão chupando manga. Você nunca leu De Repente Amor?

Ela estava rindo novamente.

- Acho que não. - disse ela em meio a um sorriso. - Deve ser por isso que ele gosta de você.

Silencio.

Os lábios dela tocam a taça de vidro, a água escorre para a sua boca e logo em seguida sua garganta se eleva e abaixa novamente indicando que ela havia bebido a água. Ela coloca a taça na mesa e me olha novamente e suspira.

- Bem o motivo de ter convidado você para almoçar é...

- Marxos.

Normalmente não fico serio isso acontece em momentos raros e esse era um deles. Minha face ficou rígida e meu semblante pela forma que ela me olhava parecia enigmático.

- Eu, bem não sei por onde começar.

- Pelo começo. - disse pegando a taça e bebendo finalmente um pouco daquela água.

- Acho que você soube que já fui noiva de Marxos.

- Claro. - me limitei a dizer.

- Então... Eu não vou mentir para você, eu ainda o amo, mas ele já deixou claro que não pode retribuir o que eu sinto por ele.

Por alguma razão meu estomago começou a reagir de uma forma anormal, eu não gostava dessa sensação. Do medo que dominava o meu corpo. Era nesse momento que as coisas não iam ser como nos contos de fadas da Disney.

- Quero que cuide muito bem dele por mim.

- Para o mundo que eu quero descer. - disse revirando os olhos e não acreditando no que estava acontecendo.

Ela parecia confusa.

- O que houve? - ela me olhava.

- Você não vai tipo tentar nos separar, me envenenar com o pãozinho francês, me matar explodindo o carro ou embebeda-lo e engravidar ou algo do gênero?

Ela começou a gargalhar alto.

- Porque ninguém me leva a serio? - murmurei irritado.

- Definitivamente não tem como não gostar de você Guilherme, agora sei por que Marxos gosta tanto de você. - disse ela em meio a um sorriso. - Mas quero que tome cuidado, as vezes o perigo esta onde menos esperamos.

- What? Caverna do Dragão não, não gosto do Mestre dos Magos, não fale em enigmas.

E novamente ela caiu na gargalhada. Um garçom se aproximou novamente com dois cardápios, enquanto Angelina escolhia o que iria almoçar, eu observava o ambiente quando vi Marxos. Ele caminhava com um homem do seu lado, e suas feições eram mais serias e seu olhar era mais firme, ele se virou e seus olhos foram de encontro ao meu, acenei e sorri. Ele me olhou firmemente e logo em seguida deu um largo sorriso branco, não era o mesmo sorriso que eu estava acostumado a ver, era um sorriso maldoso.

O homem que estava ao seu lado se pôs a sua frente e eles voltaram a conversar, Angelina me olhava curiosa.

- O que houve?

- Hã? Nada. - disse sorrindo. - O que vai pedir?

- Ratatouille, na verdade pedi para nos dois, há algum problema?

- Não. Onde fica o banheiro.

- À direita na coluna - disse Angelina me indicando o caminho.

- Licença.

Levantei-me da mesa e segui pelo caminho indicado, o Le Château era bem maior do que eu pensava, havia uma área sombreada no fundo com mesas maiores, havia uma fonte de cupido que jorrava água. Era um lugar realmente lindo, então me lembrei de que precisava ir ao banheiro, quando abri a porta e me virei para fecha-la, meu corpo girou em trezentos e sessenta graus e ficou contra a parede.

Marxos me olhava nos olhos com um sorriso no rosto maroto em seu rosto, seus lábios passaram pelo meu pescoço, indo em direção a minha orelha, então ele olhou novamente nos meus olhos e sua boca veio de encontro com a minha. Sua língua pediu passagem enquanto ele me puxava para mais perto de seu corpo, então sua língua desenhou um caminho em meu pescoço enquanto ele descia e abria a calça jeans que eu usava.

Eu estava duro, e quando a boca dele engoliu meu falo eu gemi alto.

- Ah Marxos!

Ele parou subitamente, riu e se levantou.

- Agente termina isso depois amorzinho. - disse ele fechando meu zíper e saindo pela porta me deixando sozinho no banheiro.

Eu sou Gay - Livro I | Romance BLOnde as histórias ganham vida. Descobre agora