32

2.6K 338 50
                                    

Já se passaram cinco dias...

Cinco dias em que penso na minha "aventura galáctica". Já pesquisei, já tentei gritar aos céus, pesquisei em todos os sites. No começo, no primeiro dia, eu tinha certeza absoluta de que Wen, Ravi e Maxwell sabiam que tudo tinha acontecido. A prova disso eram minhas roupas diferentes do dia da festa e meu celular mastigado pelo Ozzy. Porém, no segundo dia, Rafael disse que me trouxe da festa sujo de bebida e me trocou, pois não queria que eu ficasse em casa fedendo a álcool. Meu celular também não estava comigo, provavelmente roubado quando eu estava bêbado.

Eu retruquei, dizendo que ele provavelmente estava enganado, mas tinha menos certeza do que no primeiro dia. No segundo dia, algo que inicialmente me dava muita certeza começou a desaparecer. Agora mal existem sonhos com aquela luz. No terceiro dia, ela só apareceu uma vez e, no quarto dia, nem sonhava mais com ela, nem em outros mundos de alienígenas.

Maxwell falou sobre esse termo ser ofensivo, e essas lembranças começaram a se borrar enquanto eu estava deitado na cama. Coloco meu braço sobre a cabeça e respiro fundo, tentando associar tudo. Rafael disse que temos que ir à biblioteca, embora isso seja ultrapassado. O único livro que ele queria só tinha lá, e ver online exigiria pagamento, que ele não queria fazer. Ele também me arrastou, dizendo que estou ficando paranóico com alienígenas e conspirações.

Sim, mudei da minha cama para uma cadeira em uma velha biblioteca empoeirada, no canto mais afastado da cidade.

Eu: Sinceramente, ele teve que me trazer até o quinto dos infernos para encontrar esse maldito livro?...

Murmuro irritado para Rafael, e uma velha bibliotecária me encara feio quando falo alto. Acabo fungando, pois a poeira desse lugar irrita meu nariz. Além disso, não gosto de estar aqui, já que minha cabeça está confusa e dolorida. Penso em tudo, como cheguei aqui? Realmente saí daqui... exceto pelo bendito livro. Estou aqui na biblioteca, uma esquecida pelo mundo.

Rafael: Você está um doce nos últimos dias, um doce de limão sem açúcar...

Ele diz, jogando sua bolsa em mim. Me protejo antes de ser atingido no rosto.

O encaro indignado.

Rafael: Realmente tentei ser legal, tentei te ajudar. Estou tentando. Tem esse período para você. Além da morte dos seus pais estar próxima, seu aniversário também. Sua tia não está nem aí para você. Você é meu amigo, mas se continuar com essa paranoia de alienígenas, tigres dente de sabre e sei lá mais o que, pode ficar sozinho. Vou chamar meus namorados e vou sair com Nicki e Monet, depois de pegar o livro. Posso até aceitar sua paranoia, mesmo sendo um saco, mas não vou aguentar seu mau humor.

Ele sai bravo, entre as prateleiras de livros, em busca do que precisa. Respiro fundo, sabendo que estou enlouquecendo. Rafael é quase uma família para mim, meu melhor amigo e algo próximo a um irmão. Não posso ficar brigado com ele. Decido ignorar tudo na minha cabeça agora, briga com o Rafael. Esse negócio de outros planetas só me levanta da cadeira e ando entre as velhas prateleiras.

Passo a mão entre os livros, folheando nome por nome, vendo capa por capa, mas não presto atenção nisso. A cada livro que passo, memórias vêm à mente: Ozzy destruindo o potinho, eu sorrindo e rindo, gritos e xingamentos direcionados a Ravi e Max. Mesmo após isso, eles nunca me olharam com ódio ou amargura. Lana ameaçando o velho Ramon, Melissa e Adélia, e meu potinho.

Todos os dias que passei lá, as manhãs que acordei, no frio, no calor, as tardes, tranquilas que passei deitado vendo TV ou vendo Ozzy fazer alguma coisa aleatória e engraçada. Simplesmente as conversas simples que tive com Ravi e Max. Coisas tão fúteis como o que estavam fazendo, para que servia isso, ou o que iam fazer no dia. Mais banal simplesmente ficar ao lado deles sem falar nada Só ficar ali e sentir que está tudo bem . Todos esses dias vêm à mente e, aos poucos. Parecem borrar ....

sinto uma forte dor de cabeça e coloco a mão em um livro qualquer o puxando sem querer no ato de tirar a minha mão da prateleira e colocar na minha cabeça ao sentir um enorme dor

Um grito de Ravi me chamando para voltar e irmos embora, e a bibliotecária resmungando com ele, trazem-me de volta à sanidade. A dor de cabeça ainda está presente. Caminho até ele com o livro que acabei pegando pra não o deixar no chão. Ele pega o livro que queria, e nem penso direito, só pego o livro que também tinha pegado o deixando com os de Rafael .No carro, ele para em uma cafeteria e eu pago uma bebida para ele, me desculpando.

Antes de voltar, ele me deixa na frente de um shopping. Compro um celular parcelado em várias vezes. Adiciono o número da minha tia, mando um "oi", mas só recebo um "O que você quer? Acabou o dinheiro?" em retorno.

Com uma sacola contendo um livro que nem sei o que é e um celular novo, pego um Uber para voltar ao apartamento. Tenho aula na faculdade hoje de novo. Penso na biblioteca, agora tudo parece mais borrado e confuso que antes .O que era mesmo?

Da minha barriga roncando tira toda atenção disso eu estava no shopping poderia comer um hambúrguer se bem que eu não gosto muito dos hambúrgueres do shopping prefiro caseiro mas qualquer coisa vai na fome... Suspiro lembrando que tenho aula na faculdade hoje novamente ...



(Fim do capítulo)

Comentem e por favor dêem ⭐ além de ir verem outras história em meu perfil Neko-White

Obrigada por ler

Comentem e por favor dêem ⭐ além de ir verem outras história em meu perfil Neko-White Obrigada por ler

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Daddys Alienígenas  ?!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora