— Eu sonhei com aquele homem mau, que deu um tiro no senhor. Ele tinha voltado e roubou eu de vocês, papai! — Jeon percebeu a respiração de Su-ji começar a ficar rápida. — E me devolveu para a casa de criança sem papais e mamães.
— Ei, ei! Susu, pode ficar tranquila, nada e nem ninguém vai tirar você de mim! — começou a balançar o corpo para frente e para trás, na tentativa de acalmá-la.
Jeon ainda se sentia mal por Su-ji ficar sabendo desse acontecimento, mas era impossível controlar o que os outros iriam dizer para a sua pequena. Ainda mais por ter uma vida pública.
Ao ficar sabendo pelos os seus colegas da escola que um homem já tinha quase matado o seu pai, Su-ji ficou desesperada e começou a chorar descontroladamente. Sem pensar duas vezes, o casal foi correndo para a escola da criança, na tentativa de ampará-la.
Mesmo que a notícia fosse triste e entendesse o lado de Su-ji, a pedagogia da escola avisou aos dois que a reação da criança não era tão normal. Seguindo as orientações, decidiram levá-la para uma psicóloga e, depois de alguns meses de terapia, descobriram que a sua filha sofria de ansiedade.
Não só devido ao passado que teve em orfanatos até ser adotada por Jimin e Jungkook quando tinha quatro anos de idade, mas o fato de amar os dois homens como se realmente fossem os seus pais de sangue, Su-ji sofreu muito com o que soube e passou a ter pesadelos constantes com a possibilidade de perdê-los.
Após sete anos em tratamento, a frequência dos sonhos ruins foi diminuindo, mas ainda tinha uma cerca constância.
— Lembra do que eu te prometi, Susu? — apoiou a bochecha direita no topo da cabeça da criança e fechou os olhos.
Jungkook, mais do que ninguém, sabia como era se sentir desamparado com a perda de uma pessoa querida. Não queria que a sua filha sentisse o mesmo sentimento e possuísse os mesmo traumas que si.
— Que o senhor arrebentaria no soco as pessoas que tentasse me tirar de você! — Su-ji levantou os braços e começou a dar socos no ar, imitando o pai.
— Essa parte não precisa contar para o papai Jimin, está bem? — Passou a mão na cabeça da menina e olhou para a porta, preocupado com a possibilidade do seu marido ter escutado algo.
— Tá bom, papai. — Concordou, mesmo que já tivesse contado para Jimin.
— Mas você lembra o que isso significa? — Apertou a bochecha de sua filha com as mãos.
— Que o senhor não vai deixar ninguém separar nós três. — sorriu para Jeon, bem mais tranquila. Logo em seguida, começou a socar o ar novamente. — E que vai socar quem machucar a gente!
— Está bem, já entendi que você gostou mais dessa parte! — Deu risada.
Na parte de fora do quarto, bem ao lado da porta, Jimin mantia um sorriso bobo nos lábios ao escutar toda a conversa.
Ao caminhar em direção à cozinha, lembrou-se que tinha receio ao adotar uma criança devido a personalidade e alguns comportamentos de Jungkook. Porém, o homem surpreendeu a todos ao mostrar o pai espetacular que se tornou.
— O que será que o papai vai preparar para nós? — Ouviu a voz de Jungkook se aproximando da cozinha.
— Eu quero o Kimchi do papai! — a criança chegou primeiro no cômodo, por ter corrido na frente. — Papai, papai! Bom dia, papai!
— Bom dia, minha princesa! — abriu os braços, já que a menina pulou em seu colo. — Como você dormiu essa noite?
— Eu tive o sonho ruim de novo, mas já estou bem! — abraçou o pescoço de Jimin e começou a esfregar a sua bochecha pela face do outro, que começou a dar risada pela demonstração de carinho que Su-ji tinha consigo. — O papai Jungkook já me deixou mais tranquila.
JE LEEST
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