+▎▍𝐓𝐖𝐎. O Pingente De C.K

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𝐂𝐎𝐍𝐅𝐎𝐑𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄𝐈𝐓𝐀𝐃𝐎 𝐍𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐂𝐀𝐌𝐀 com meus olhos fechados, eu tinha fones de fio pendurados nos meus ouvidos. A música no volume máximo me deixava quase que totalmente absorto do mundo ao meu redor e era exatamente como eu queria estar no momento. Era como eu queria estar quase o tempo todo, na verdade, ficar num estado que eu chamo de "visita à quarta dimensão", a minha dimensão, lá eu tenho uma paz irrefutável.

Ou tinha, até sentir meu irmão arrancar meus fones dos meus ouvidos num único puxão. Infelizmente, eu já podia imaginar o porquê da gentileza.

── Ai. ── Resmunguei por instinto e de forma arrastada, sem qualquer emoção na voz.

Logo, abri meus olhos e me permiti encarar o de dreads. Tom estava me olhando de cima com ambas mãos na cintura, dentre seus dedos, o fio do meu fone. Sua feição não era das melhores, definitivamente. As sobrancelhas franzidas deixavam sua insatisfação clara, mas, felizmente ou não, ele ainda deixava transparecer que aquela carranca só servia pra tentar mascarar sua preocupação com a minha pessoa.

Provavelmente porque me atrasei um pouco pro jantar com a tia Heike. Meu irmão é sempre assim, se preocupa demais comigo e esquece de cuidar do próprio nariz. Ele soltou um suspiro baixo.

── Para de graça, eu quero saber onde você estava mais cedo. ── Falou sem rodeios, desfazendo sua pose. Sorri de forma cínica, involuntariamente.

── Aí, calma, mamãe. ── Falei levantando minhas mãos em rendição e Tom intensificou sua encarada, mas meu sorriso não sumiu.

── Você chegou muito atrasado. ── Continuou, enrolando o fio dos meus fones rapidamente e os jogando para longe, em seguida, se sentou na beira do colchão. ── Não que eu me importe, mas a tia Heike queria muito te ver logo. Tive que aguentar ouvir todas as histórias sobre as crianças do novo condomínio dela, sozinho. O que seria de boa, se não tivesse durado duas horas e meia, sem intervalos. Aquelas crianças são uns capetinhas. ── Murmurou, estreitando os olhos pro chão.

Logo após ouvir sua segunda citação, referente a tia Heike, relaxei o sorriso no meu rosto e resolvi levar a conversa um pouco mais a sério. Um pouco. Afinal, não é como se eu tivesse ido fazer algo demais nesse meio tempo.

── Essa primeira parte aí eu percebi. ── Assenti enquanto me sentava, lembrando de quando cheguei com a torta da tia Heike. Eu entrei pela porta, ela mal deixou eu largar a caixa e já veio me abraçar e apertar minha cara toda. ── Ah, e... Não me atrasei tanto, vai. Cheguei na hora da sobremesa. ── Falei com um sorrisinho inocente e notei um sorriso de canto irônico surgir no rosto do Tom.

𝐒𝐀𝐂𝐑𝐄𝐃,  Bill Kaulitz (DESCONTINUADA)Where stories live. Discover now