Eu Não Te Reconheço Mais - GO² fanfic -

10: Céu

Crowley e Aziraphale saíram do hotel, e Aziraphale não fazia ideia de para onde estavam indo, mas Crowley o convenceu que seria bem tranquilo. Mesmo assim, o anjo se desesperou um pouco quando o carro saiu do chão e eles foram parar em algum lugar no espaço sideral mas logo se acalmou.

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"Nem ferrando! Ta louco!?" Disse o ex-arcanjo que tinha plena certeza que Crowley e Aziraphale estavam secretamente planejando um suicídio em grupo.

"Para de drama vai! Você e Beelzebub só tem que distrair eles!" Insistiu Crowley que já havia repetido a mesma coisa umas três vezes.

"Isso a gente já entendeu, o problema é a parte dos dez milhões de anjos. Nós gostamos de viver sabia?" Beelzebub estava preocupade, até porquê, distrair dez milhões de anjos não era tarefa fácil.

"Ai gente! Qual é! Vocês vão conseguir a paz de vocês de volta assim que a gente resolver isso, por favor vai!" Insistiu Crowley que não estava no pique para essa discussão.

"Okay! Af, se a gente morrer eu-" Gabriel foi interrompido por Crowley.
"Você volta dos mortos pra me assombrar? Honestamente Gabriel, você já nos deve sua vida, não enche e vamos logo!"

Aziraphale estava tentando compreender como esse Gabriel, e o Gabriel de suas memórias, o sem roupas, podiam ser o mesmo Gabriel. "Er.... Vamos então...?"

"Simbora!" Disse o demônio tentando animar o grupo.

"É, vamos lá ter uma morte desnecessária só porquê vocês dois ferraram tudo." Disse Gabriel sarcasticamente.

"Correção, porquê você ferrou tudo. Já esqueceu toda a história do Armageddon 2.0 bonitão?" Retrucou Crowley devolvendo o sarcasmo de Gabriel.

"Bonitão...?" Disse Aziraphale confuso.

"É gíria anjo!" Disse Crowley já sabendo o que veio à mente de Aziraphale.

Aziraphale fica em silêncio, e Beelzebub já sabe que essa viagem vai ser um inferno. "Olha só, não teria que acontecer Armageddon 2.0 se vocês não tivessem impedido o primeiro!" Gabriel se recusava a ceder a razão.

"E se não tivéssemos impedido o primeiro você não estaria com Beelzebub aqui na Lua seu imbecil!" Gabriel não gostou nada da resposta e se aproximou de Crowley, se essa discussão não for controlada, é capaz que o demônio perca seu olho esquerdo.

"Olha como fala comigo! Eu ainda sou um arcanjo!" Gabriel aperta o próprio punho firmemente, pronto para partir para agressão.

"Você é um rebelde agora! E só está usando esse argumento porquê sabe que eu estou certo!" Respondeu Crowley que também estava pronto para agressão.

Antes que Gabriel levantasse seu punho, Beelzebub interferiu, fazendo os dois idiotas pararem a briguinha deles e focarem na missão. Claro que Crowley não estava satisfeito e pensou em continuar, então Beelzebub disse para Aziraphale tentar resolver a situação, já que o anjo teria mais jurisdição nesta situação em específico.

"Er, Crowley... Por favor, precisamos dele para pegar minhas memórias..." Disse o anjo com sua voz doce.

Crowley olhou para o anjo por um tempo antes de responder, "tanto faz." O demônio voltou sua atenção para o caminho de volta a Terra enquanto pensava no que fazer quando chegasse lá.

Assim que chegaram a Terra, Gabriel e Beelzebub começaram a usar milagres e outras coisas para chamar atenção dos anjos, eles sabiam que os anjos não iriam já aparecer prontos pro ataque, então não estavam tão nervosos assim. Enquanto isso, Crowley e Aziraphale estavam perto do Elevador ao lado da livraria (ou do que restou dela) esperando por alguns minutos antes de subir.

Como esperado, os anjos estavam indo para a Terra para ver o que está acontecendo, ainda haviam vários anjos no céu mas eles estavam concentrados em outras coisas e não perceberam Aziraphale e Crowley caminhando pelo céu (é óbvio que Crowley estava usando branco para não chamar tanta atenção).

Logo chegaram a mesa de Metatron que estava vazia, enquanto Aziraphale ficava de guarda, Crowley mexia nas coisas de Metatron na esperança de encontrar alguma pista ou qualquer outra coisa útil para recuperar as memórias de Aziraphale.

Crowley abriu uma gaveta e encontrou uma caixinha de música lá dentro, assim que a abriu, uma melodia começou a tocar, e Aziraphale sentiu uma dor forte em sua cabeça.

“Eu sempre pude confiar em você, e você sempre pôde confiar em mim”

"É- é isso! Crowley, é essa coisa aí!" Disse Aziraphale assim que a dor diminuiu.

"Ótimo! Pontinho positivo! Vamos!" Respondeu Crowley enquanto enfiava a caixinha no próprio bolso com pressa.

Quando estavam chegando perto do elevador, uma figura familiar entrou no caminho. "Huh... Um demônio caolho e um anjo com amnésia, que belo casal, um não tem olho, o outro não tem memória!" Uma gargalhada bem barulhenta foi emitida, e Crowley sentiu a súbita vontade de esfregar a fuça daquele ser no asfalto.

"Metatron. Deixa a gente passar e ninguém se machuca." Disse Crowley enquanto dava seu melhor para se controlar.

"Realmente, alguém vai se machucar aqui, mas não vai ser eu, zé sem olho." Respondeu Metatron

"Dá pra parar com a porra do bullying?" Disse Crowley bem irritado.

"Claro que não! Você ficou maravilhosamente engraçado com esse corativo, se você botar um chapéu vira um pirata." Ressaltou Metatron com uma risadinha.

"Pelo amor de- eu vou te matar se você não sair da nossa frente!" Disse Crowley que estava começando a soltar fumasa pelo cabelo.

"Então venha, Crowley, me mostra o que sabe fazer sem um olho." O porta-voz de Deus estava adorando provocar o demônio desse jeito, e não via a hora de acabar com isso.