7: Caçada

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Aziraphale precisava encontrar o demônio Crowley, e Jophiel sabia disso. Jophiel já sabia que Aziraphale estava se lembrando de tudo, e com certeza usaria isso para completar a missão do jeito dele.

Aziraphale sai de entre os escombros acompanhado por Muriel que está preocupado com ele. "Aziraphale, tem certeza que quer ir?" Pergunta o anjinho preocupado.

"Tenho, eu preciso de respostas, e voltar para o céu não trará elas para mim." Respondeu Aziraphale enquanto arrumava sua postura e olhava ao redor, para um lugar onde uma loja acaba de desmoronar, estava até que vazio. Então, Aziraphale abre suas asas e abre vôo, ele não tinha certeza de para onde ir, ele estava apenas deixando que seus instintos o levem.

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Crowley estava sentado em um beco escuro, ele estava todo sujo de sangue mas sabia que se usasse um milagre o anjo perceberia. Aziraphale... Eu não devia ter te deixado ir... Me perdoe, meu anjo...
Novamente, Crowley se culpa pelo ocorrido, mas logo puxa esses pensamentos para o fundo de sua mente para que possa se concentrar, ele não conseguia se lembrar por que Metatron o odiava tanto assim, okay que Crowley é um demônio mas o que ele pode ter feito para irritar o porta-voz de Deus tanto assim?

~~~~~~~•6000 anos antes•~~~~~~

A Guerra estava acontecendo como o esperado, havia sangue e penas espalhadas por toda a parte, gritos de anjos caindo e sons de espadas batendo umas contra as outras eram tudo que podia ser ouvido, Baraquiel estava ileso até o momento, mas também não estava realmente lutando contra os fiéis, parecia mais que ele estava perdido, olhando ao redor e se afastando de qualquer ameaça. Porém, enquanto de afastava de um buraco onde um anjo acaba de cair, ele tropeça em Metatron, que pareceu levemente feliz em vê-lo. "Você denovo!? Sério cara sai do meu pé!" Disse Baraquiel enquanto tentava se afastar de Metatron.

"Não. Sabe, não entendo por que você quer paz tanto assim, você se rebelou porquê quis, agora tem que chegar ao topo desta montanha! Não pode desistir assim." Respondeu Metatron enquanto seguia Baraquiel.

"Olha, eu nunca quis uma guerra! Eu só fiz perguntas, Deus não respondeu porquê não quis!" Retrucou Baraquiel enquando continuava a se afastar.

Com um golpe rápido, Metatron derruba Baraquiel e ergue sua espada. "Não fale nesse tom! Deus não tem obrigação alguma de responder um zé ninguém como você!"

"Zé ninguém!? Eu sou um arcanjo! Mereço respostas!" Baraquiel olha fixamente para os olhos de Metatron, mostrando que não estava assustado, nem um pouco assustado.

"Você" começou Metatron enquanto abaixava sua espada "Não" ele continuou enquanto apoiava levemente a ponta da espada na asa de Baraquiel "Merece" disse Metatron apertando a espada contra a asa de Baraquiel "Nada!" Metatron enfia a espada na asa do anjo que grita com dor e começa a tentar derrubar Metatron, mas ele não tem forças suficientes para isso. Então, o porta-voz de Deus se enclina lentamente para frente, ele levanta Baraquiel pelo pescoço e se aproxima de seu ouvido. "Você nunca terá o que quer, demônio. Eu farei questão de tirar tudo de você." Murmurou Metatron, apenas alto suficiente para que Baraquiel escute, e então com um último movimento, ele joga Baraquiel para trás, o que faz com que o anjo caia no buraco no chão feito pelo outro anjo que acaba de cair.

Baraquiel tenta se agarrar ao chão do céu, mas escorrega, o anjo luta para bater suas asas e voltar para cima, porém uma delas está ferida e não consegue levantar o peso do anjo. Baraquiel cai, tentando de tudo para voltar para cima. Logo uma última ideia vem a mente, amenizar a queda. O rebelde muda sua posição e abre suas asas o máximo que pode, o vento começa a erguer suas asas, e a queda diminui de velocidade, o anjo lentamente plana até o inferno. Quanto mais perto chegava, mais quente seu corpo ficava, e logo suas asas começam a queimar, a velocidade da queda aumenta aos poucos e ele tenta diminuir novamente, mas seu movimento apenas ajuda o fogo a se acender nas asas de Baraquiel.

O chão vai ficando mais e mais próximo até que rebelde cai em uma piscina de enxofre fervente.

~~~~~~~~~~~•Agora•~~~~~~~~~~~

Jophiel segue Aziraphale pelo céu, se escondendo entre as nuvens para não ser visto, e, aparentemente, está funcionando bem.

Aziraphale continua batendo suas asas e olhando entre as ruas e becos da cidade, buscando pelo demônio, que parece realmente ter desaparecido. Após alguns minutos, Aziraphale decide pousar em um parque, que parecia familiar para ele.

Ao chegar ao chão, ele caminha pelo parque, esperando que algum sinal surja e o mostre para onde ir. E quando o anjo passa por alguns patos, sua cabeça dói e ele decide se aproximar dos patos, checar o que pode ter acontecido aqui. Um som veio a mente, como o som de algo se debatendo na água.
“Crowley!”
“Desculpa, anjo, não consegui me conter.”

Aziraphale não fazia ideia do que estava acontecendo, mas parecia ruim. Aziraphale continuou caminhando pelo parque, e Jophiel estava logo atrás dele.

“Água benta!? Claro que não! Isso não destruiria só seu corpo, te destruiria por completo!”
“É apenas para casos de emergência!”
“Não é uma opção, Crowley!”

Água benta? Por que um demônio pediria água benta?
Pensou Aziraphale enquando caminhava, ele já estava se acostumando com a dor de cabeça, e sentia que estava chegado a algum lugar.

“Que tal um almoço?”
“Tentação realizada com sucesso!”

Aziraphale tinha certeza de que ele e aquele demônio são amigos. Mas por que um anjo e um demônio seriam amigos? O que está acontecendo aqui?

Eu Não Te Reconheço Mais - GO² fanfic -Where stories live. Discover now