♣️Capítulo 31♣️

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Giulia Taylor Finn

Corro pro banheiro e abro a tampa do vaso vomitando tudo o que tinha no meu estômago. Dou descarga e limpo a boca com um lenço umedecido indo escovar os dentes.

***

Sento na cama agoniada e analiso o quarto inteiro, por fim olhando pra minha barriga.

Sensação estranha.

Por fim, digito uma mensagem para Dianna e pego minha bolsa e as chaves do carro.

Toco na campainha diversas vezes e na quinta ela abre.

— Comprou?

— Bom dia, eu tô bem e você? ah como foi seu d...— passo por ela sem nem prestar atenção no que disse.

— Porquê comprou tantos?— falo abismada pela quantidade dos testes de gravidez espalhados pela cama.

— Exagerei demais né?

— Pois.

— Pode dar errado e acho melhor você fazer pelo menos cinco.

Olho pra ela confusa.

— Só por precaução.

***
— Está demorando demais.— Dianna fala saindo do banheiro pela terceira vez em menos de dois minutos.

— Será que você fez certo?

— Claro que fiz.— respondo como se fosse óbvio.

Não é como se fosse algo tão difícil assim.

Passaram mais alguns segundos e Dianne entra novamente no banheiro. Ela está mais nervosa do que eu e espero a ver novamente entrar no quarto e reclamar da demora, mas ela não vem.

Estranho e largo o celular me levantando.

— Anne?

Ela me olha sorrindo com os olhos marejados e logo solta uma gargalhada gostosa vindo me abraçar.

Já imagino o que seja.

O nosso abraço é cheio de ternura e afeto. E sempre encontrei na minha prima e melhor amiga o que procurava na infância, aquela amizade, que ninguém pode separar.

Me enganei diversas quando diversas pessoas apareceram em minha vida e considerei amigas. Me doava de corpo e alma a pessoas que nunca mereceram.

Sempre dei o meu melhor e nunca fui escolhida.

Vejo que procurei no lugar errado, pois minha amiga sempre esteve ao meu lado.

Você vai ser mamãe e eu vou ser titia!— dá pulinhos animada ainda gargalhando.

Meu coração bate tão forte dentro de mim, minha cabeça não consegue raciocinar direito. Sento na cama e não consigo pensar em nada coerente.

Não sei o que fazer ou o que falar.

Será que estou feliz?

Será que estou triste?

Acho que estou...

Assustada.

Depois de um tempo, ela parou de festejar e sentou de frente pra mim enquanto analisa minimamente todos os meus movimentos.

— O que você vai fazer?

— Não sei. Tem pouco tempo que o Alex acordou e só transamos uma vez.

E se ele não acreditar que o filho é dele?

Fujo com meu bebê e roubo boa parte do seu dinheiro.

***

Chego em casa e encontro tudo silencioso e calmo.

Subo para o quarto e rapidamente tiro minha roupa e entro no chuveiro tomando um banho refrescante.

Visto uma camisa de Alex e uma calcinha rosa de renda.

Entro na cozinha e vasculho todos os cantos dela suspirando em alívio quando encontro uma travessa de lasanha no forno.

Deixo o prato no lava louça e caminho até ao escritório pronta para atrapalhar seja lá o que ele esteja fazendo.

Seus olhos não desviam do computador quando entro.

Sentei na cadeira a sua frente e apoio meu rosto nas mãos.

— O que aconteceu para aparecer em casa ensanguentado naquele dia?

De tão atrapalhada e confusa que sou, esqueci de perguntar.

— Não é algo que vá querer saber, acredite.

Levanto e sento de lado no seu colo, ele continua digitando como se eu não estivesse aqui, me doando de corpo e alma.

Fico irritada.

— Não perdoei você por quase ter aberto as pernas pra um lixo qualquer enquanto estive desacordado na porra daquela cama.

— Você me traiu Giulia. Pensa que esqueci?

Inicialmente fico confusa.

Não tinha me perdoado?

— Depois conversamos. Vou para o quarto, estou com tanto sono!— bocejo enquanto tento sair de seu colo.
Mas ele me segura e me aperta em seus braços me mantendo no lugar.

Tento sair novamente, mas sem sucesso.

Péssima ideia ter vindo aqui.

Desisto momentaneamente.

Sento de frente pra ele e passo meus braços pelo seu pescoço. Alex aperta minha bunda fortemente e volta seu olhar para a tela diante dele.

Bufo saindo do seu colo e saio do escritório fechando fortemente a porta.

***

Desperto ao sentir Alex deitar do meu lado na cama e puxar a coberta.

— Giulia!— exclama quando se aproxima de mim, coloca a mão na minha cintura e percebe que não vesti nada além de uma lingerie branca.

Solto uma gargalhada alta quando ele se aproxima mais de mim e abre meu sutiã o retirando logo em seguida.

Alex massageia meus seios e é tão bom que quase cedo.

Quase.

Levanto rápido da cama e visto meu roupão já preparado e volto a deitar na cama virando de frente para ele e fecho os olhos.

— Acredito que não vá querer o corpo de uma traidora.—falo chateada e um pouco convencida.

Tenho noção de que provavelmente estou agindo como uma puta insensível e mimada.

Talvez ele tenha razão em estar magoado.

Mas foda-se.

Ele coloca a mão na abertura do roupão e massageia meu seio direito. Dou um tapa na sua mão ao perceber que estava tentando abrir meu roupão.

Adormecemos assim, um de frente para o outro e, durante a noite tive a impressão de sentir novamente sua mão no meu seio.






<<🍒>>

<See you later>

Meu irmão gangsterWhere stories live. Discover now