Meu irmão gangster

♣ Capítulo 9♣

Acordo cedo, fico uns minutos observando Giulia em cima de mim. Saio da cama devagar para não a acordar, apesar de saber que ela tem um sono pesado.

Tomo um banho rápido e visto, antes de sair analiso Giulia, fico receoso, mas dou um passo em frente e deposito um singelo beijo em sua testa.

Chegando no local onde a pessoa que procuro deve estar, abro o porta malas e tiro minhas luvas e minha maleta.

Logo o avisto saindo de um bar caindo aos pedaços, ele entra em um beco e... bingo!

Para facilitar o meu serviço o beco é sem saída.

°°°°

Retiro um vidro de ácido da pequena maleta, o abro e jogo no saco plástico, tiro um outro saco da maleta e enrolo o anterior. Jogando em seguida os dois na lixeira.

Vou novamente para o carro, saindo do lugar e indo para casa. Abro a porta e vejo a garota que minha mãe chamou limpando os móveis.

A vejo abaixada limpando a mesa, nessa posição, consigo ver sua calcinha de renda, vermelha, sem dar importância subo até meu quarto e encontro Giulia deitada com um bico no rosto e emburrada, assistindo algo.

Quando entro, ela olha em minha direção, amarrando mais ainda a cara e volta seu Olhar para a televisão logo depois.

Entro no banheiro e deixo que, mesmo por segundos a água tire de mim o estresse e me deixe calmo.

Ao sair, enrolo uma toalha em minha cintura, vejo o olhar de Giulia em mim, mas ela logo desvia voltando a assistir.

Suspiro começando a ficar irritado pela sua ignorância, porra, não sei nem o que foi que eu fiz.

Entro no closet e visto uma calça moletom azul e vou para cama deito ao seu lado e coloco meu braço direito em meu rosto. Não quero discutir hoje.

Ouço um alto suspiro e em seguida soluços.

Sinto Giulia subindo em minha cintura e deitando em meu peito.

Levanto meu braço e a analiso, esperando que ela fale.

— Alex, você me acha feia? — continuo a olhando, mas agora confuso, pela minha demora para a responder, ela volta a chorar.

— Não— volto a fechar os olhos mas agora abraçando sua cintura. Seus soluços cessam e depois de um tempo Giulia sai dos meus braços e sai do quarto.

Deixo isso de lado e somente tento dormir.

Grunho irritado quando não consigo, caralho, não gosto de ficar longe dela, a quero debaixo de meus olhos, levanto e decido a procurar, vou até a sala, e não a encontro, decido ir até ao quarto de hóspedes e ao abrir a porta a avisto sentada no chão com os joelhos dobrados e a cabeça entre eles.

Me aproximo dela e devagar levanto seu rosto e limpo suas lágrimas, a levo em meus braços para o nosso quarto.

Deito na cama e a coloco deitada no meu peito, acaricio seus cabelos tentando me acalmar e não gritar com, para que a situação não piore e ela continue a chorar e até volte a pensar que não me pertence.

— Que caralho aconteceu Giulia?—sussurro tentando não demonstrar a minha irritação e raiva.

— A Brigith.. ela falou que você provavelmente estava com outra garota Alex, e que ela é mais bonita do que eu, disse que eu sou um fardo para você e que nem os nossos pais me amam. Ela disse que eu nunca vou arranjar um cara que me ame e que queira ficar comigo. Quando eu perguntei para você se me achava feia você nem estava prestando atenção Alex.

— Deixa que com ela eu me resolvo querida, você não é um fardo para mim e nem pra ninguém, não quero nunca mais que acredite no que as pessoas falam. E sobre o cara, ela tem razão, você não vai arranjar ninguém, porque não precisa de ninguém além de mim— falo calmo e seco suas lágrimas a vendo tentar esconder um sorriso. Nada é imperceptível nela, é fácil ler suas expressões e saber suas emoções.

— Hm, agora posso tentar dormir em paz? Ou tem mais algo? —resmungo já irritado, eu quero dormir.

— Não tem não, pode dormir— ela já ia levantando, mas não deixo, a puxo para mim novamente.

Fecho os olhos e coloco minhas mãos em sua cintura e não a sinto querendo sair de novo. Respiro aliviado e durmo.

***
Desperto sentindo beijos em meu pescoço e rosto, quando vejo de Quem se trata logo desmancho meu rosto irritado.

— Alex, eu estou com fome—olha para mim como se estivesse envergonhada. Giulia nunca gostou de cozinhar, sempre se manteve afastada dessa área, e sei que nem fritar um ovo ela consegue.

— Hmm, vá cozinhar algo para nós dois comermos então.

Vejo sua cara de indignação, mas ela logo levanta saindo porta a fora.

Depois de longos minutos percebo que a casa continua silenciosa, e quando vou levantar pra ver o que Giulia aprontou, a vejo entrando no quarto e logo sentando na cama, ao pé de mim.

— Alex, eu acho melhor você tentar cozinhar ou então encomendarmos algo, eu não tô conseguindo ligar o forno. Acho que estragou.

Decido então, ir até a cozinha, e vejo que não tem nenhum problema, está tudo em bom estado.

Ligo o fogo e vejo seu olhar surpreso.

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<See you later>