♣️Capítulo 29♣️

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Coloco meus brincos azul marinho e pego minha bolsa também azul em cima da cama.

Desço as escadas correndo e viro pelo corredor e encontro Alex me esperando na porta.

Ando na frente e entro no carro já preparado em frente ao Chafariz.

Hoje decidi tratar da minha estadia nesta cidade. Procurarei coisas para fazer, já que, segundo o Alex, iremos morar aqui.

— Pensei muito e não irei fazer faculdade. Comecei a ser voluntária em uma fundação. Ajuda crianças deficientes e desfavorecidas, mas acaba sendo um orfanato, porque muitas delas são abandonadas. Sempre gostei de ajudar as pessoas e, no entanto decidi abrir ONGs e orfanatos e até abrigos, tanto para idosos, tanto para pessoas desfavorecidas.— falo animada enquanto coloco meu cinto.

" Uma cabeleira cacheada passa correndo por mim e vai parar do outro lado da estrada. Enquanto a mesma corre, vários carros buzinam.

Ela fica parada no meio da rua com um cãozinho fofo nos braços enquanto o abraça fortemente. A menina fecha os olhos com certo medo e tampa os ouvidos com certa agitação.

Quando o semáforo fecha, passo para o outro lado e me aproximo da menina que nem mesmo percebeu minha presença. Me abaixo ficando da sua altura.

— Oi pequena

Onde estão seus papais?— falo quando não obtenho resposta alguma.

— Minha mamãe me deixou alí, mas ela falou que vai voltar.— fala apontando para um enorme edifício com uma placa, fundação Souls Shining

Posso saber o nome dessa linda princesa?

— Aurora.

— Então, Aurora vamos voltar, para que ninguém fique preocupado e logo depois você pode me mostrar o lugar onde vive. Vamos?

Ela abana a cabeça confirmando e pega minha mão enquanto pego com cuidado o cachorrinho para atravessarmos a rua. "

— Por onde vai começar?

— Tenho um bom dinheiro que papai deixava sempre na minha conta. Acho que inicialmente poderei usar esse, e fazer alguns empréstimos mas logo depois pretendo arranjar sócios e patrocinadores.

— Que bom que tenha escolhido.  Já tem seu primeiro patrocinador e, se sua proposta me satisfizer eu posso até aceitar uma sociedade senhorita Taylor.

— Claro senhor Edwards

— Qualquer coisa que precisar pode me falar e eu ajudo.

— Sabe que não sou burra e nem serei hipócrita para dizer que não aceitarei seu dinheiro Alex. Sei que com o que tem, podemos alimentar quantas gerações vierem. Além do mais o que é seu, também é meu. E talvez...só talvez o que é meu seja seu. — empino meu nariz virando o rosto para a janela.

— Então quer construir uma geração comigo?— me analisa atentamente enquanto tem uma mão no volante.

— Olha pra frente Alex.— minhas bochechas queimam com seu olhar em mim.

***

— Quando eu terminar aqui, vou ligar pra você.

Ele anui finalmente cravando seus orbes em mim, mais especificamente, nos meus lábios.

Meio desajeitada e sem jeito, deposito um selinho em seus lábios e saio apressada do carro.

Coloco meus óculos de sol e analiso o lugar diante de mim pensando por onde começar.

Meu irmão gangsterWhere stories live. Discover now