Capítulo 11

58 3 0
                                    



A rosada abriu os olhos lentamente como se tivesse acabado de ter acordado, depois de um longo tempo. O olhar inicial de Sakura era confuso, colocou sua mão direita sob sua vista para que a ajudasse a se adaptar a luz do ambiente. Ela piscou os olhos várias vezes para conseguir ver algo com clareza e mais nitidez, seu corpo estava dolorido, especialmente, suas costas. Suas pernas estavam quase dormentes.

Eu desmaiei?

Sua mente deu um estalo. Quando sua mente reconectou com o que havia acontecido, por último, despertando seu modo inconsciente, ela não pôde não pensar em Madara Uchiha.

Madara...

O que aconteceu?

Ele estava esquisito.

A rosada tentou se levantar abruptamente e acabou caindo de joelhos no chão gelado.

A tontura se misturou junto com o seu desespero.

—Então — escutou uma voz familiar — Você acordou — e uma risada fraca.

Ao se virar para trás, sentiu uma presença perto de si, seus olhos emitiram uma súbita surpresa.

Obito Uchiha.

—O que fizeram comigo? — ela tentava a todo custo não tremer, mas não de medo, e sim, pelo seu corpo não estar aguentando ficar naquela posição — Madara... — sussurrou.

Onde ele está...?

—Puxa, que falta de educação — Obito a interrompeu e dizia lentamente — É assim que agradece?

—Exatamente o que eu deveria agradecer? — ela quase gritou, o que fez com que o Uchiha divertisse com a situação. A irritação na voz dela era perceptível.

—Tsc — Obito saiu do canto do quarto e puxou uma das poltronas da cor azul escuro para que pudesse ficar sentado, enquanto ficava um pouco perto da rosada — Porque ficou apagada por três dias.

Três...

Dias?

Ela pressionou suas mãos no chão, imaginando estar presa em um gejutsu, concentrou-se buscando seu chakra, no entanto, sem sucesso. Fechou os olhos e o sentimento de impotência inundou os pensamentos da rosada, evitou a todo custo permitir que as lágrimas se formassem em seus olhos.

Um quarto.

A rosada estava em um quarto desconhecido, a partir do momento que havia caído no chão, percebeu a diferença no ambiente. As paredes eram revestidas de branco com linhas douradas com uma das paredes pintadas de preto. Cortinas anexadas nas janelas balançavam suavemente de acordo com o vento. Uma cama atrás de si coberta por lençóis brancos e almofadas azuis um pouco mais claros que a poltrona que Obito estava sentado.

Não era a sua casa, de fato.

Seu olhar percorreu por todo o cômodo, ao mesmo tempo que ela estava bem atenta aos passos de Obito Uchiha. Procurava por janelas, para poder identificar qualquer vestígio geográfico que pudesse revelar sua localização. Ela avistou um pouco de mata na abertura de uma das duas janelas, mas isso não ajudava em algo no momento, porque mal conseguiria andar, e assim, não conseguiria fugir.

Ao passo que a rosada explorava o quarto com os seus olhos, se sentia cada vez mais deslocada, uma intrusa em um local totalmente desconhecido.

Essa seria uma das mansões Uchiha?

—Panterinha cor-de-rosa, está assustada? — Obito tentava provocá-la, mas depois desistiu diante do silêncio dela — Está surpresa em me ver? — ele entrelaçou suas mãos atrás de sua cabeça como se estivesse confortável — Ah, estou decepcionado. Você poderia facilitar e comer os itens daquela bandeja ali, o que acha?

—E por que eu deveria comer algo vindo de você? — desta vez, ela não gritou, resguardando sua força vocal.

—Porque aqui é a sua nova casa — o Uchiha ficou sério. A rosada ficou mais atordoada diante do que tinha ouvido — Não seria tão educado deixar que a panterinha ficasse faminta — o jeito que ele falou, lembrava um pouco de uma de suas versões, o Tobi.

Sakura olhou para uma bandeja prata em cima de uma mesa de cabeceira perto de si. Não poderia negar que estava com fome, muita fome. Ela olhou para o seu braço e viu uma espécie de curativo, bem pequeno. Em seguida, retirou e viu um pequeno ponto, como se alguém tivesse colocado uma agulha ali. E logicamente, fez a alusão a um possível soro em suas veias.

As cores contrasteadas na bandeja eram de frutas, morango, uva, kiwi, pêssego, pêra, ameixa e maracujá. O aroma das frutas pairava no ar, fazendo com que a rosada se questionasse se deveria ou não pegar uma delas.

Uma oferta tentadora.

Por um momento, ela pensou se as frutas estavam envenenadas, mas não fazia muito sentido envenenar as frutas para depois matá-la. Se fosse assim, não colocariam uma agulha em seu braço, e sim, a matado. Aquela altura, ela já pressentia que Madara havia recuperado sua memória ou ele poderia ter sido levado por Obito Uchiha, junto a ela.

Sakura se arrastou até a bandeja e pegou vários morangos. Um fruta que ela gostava bastante.

A cor dos morangos eram de um vermelho intenso variando até a cor rosa, doces e macios.

A quantidade de frutas era exorbitante, um verdadeiro banquete. Ela havia tomado a decisão de comê-las, porque se tentasse fugir, iria precisar de força. e a fraqueza que ela estava sentindo, não ajudaria em nada.

We fell in love in AprilWhere stories live. Discover now