17. (In)compreensível

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Acordei com uma dor de cabeça terrível, me sentei e olhei ao redor, eu não estava no quarto e sim no chão da sala

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Acordei com uma dor de cabeça terrível, me sentei e olhei ao redor, eu não estava no quarto e sim no chão da sala. Levantei com dificuldade e fui direto para o banho logo após deixar o café no fogo. Que péssima ideia encher a cara a noite toda.

Já pronta, deixei meu cabelo solto para secar naturalmente, não aguentaria escutar o barulho de um secador. Me sentei à mesa e comecei a bebericar o café enquanto tentava lembrar o que tinha acontecido na noite passada depois que Gojou e o aniversariante saíram no soco. Sim, eles saíram no soco e Gojou perdeu, talvez porque estivesse bêbado, na verdade, era por isso mesmo, se estivesse sóbrio nem sequer teria dado bola para as provocações do menino.

Aos poucos fui lembrando do que aconteceu e de como cheguei até aqui: perto das 3h da manhã Gojou estava derrubado sobre uma das mesas, mal conseguia ficar de pé e minha única opção foi pedir ajuda para o coroa que estava com a gente. Por sorte ele nos trouxe até o hotel e me ajudou a levar aquela catenga até seu quarto, agradeci e vim para o meu, no entanto, não consegui passar da entrada. Assim que tranquei a porta caí exausta no sofá da sala e ali mesmo dormi. Que noite divertida essa, hein e ainda tá rendendo. Porém, outra lembrança me veio à mente: o meu quase beijo com Gojou. O que deu em mim? Claro que vou culpar a bebida por isso, nunca em sã consciência eu iria beijar aquele imbecil! Ainda assim, tenho dúvidas sobre isso. Quando ele me chamou pelo o apelido que costumava chamar em Tokyo eu... me senti estranha, inclusive quando ele me tocou. Às vezes penso que desde Tokyo eu ainda sinto algo por ele, mas quando penso em tudo o que aconteceu: a morte de Erza, a luta entre eu e ele, o sequestro de Itadori... realmente acho que na verdade essa coisa esquisita que sinto não passa de mágoas. De todo modo, é tudo muito estranho e sinceramente eu estou preocupada com o que possa ser esse sentimento.

Escutei meu celular tocar e minha cabeça latejou de dor. Bebi um comprimido antes de atender, nem morta eu faço outra coisa hoje a não ser dormir.

- Alô?

- Keyth! Graças a Kami você atendeu! Onde estava ontem?! - Perguntou um tanto alarmado. Só agora percebi que ele havia me ligado ontem a noite, se ele souber o que eu estava fazendo eu tô lascada.

- Saí pra investigar um possível espião de Yuki. - Menti.

- Espião?! Bem, depois conversamos sobre isso. Tenho algo importante a falar e espero que esteja preparada. - Me sentei de volta e tomei um gole do café.

- Pode dizer.

- Eu me reuni com os outros ontem para discutirmos a situação de Alyssa e do receptáculo. - Fiquei atenta ao que ele iria dizer - Infelizmente, eles não mudaram de ideia quanto a sentença dela e a execução foi marcada.

Eu travei. Simplesmente congelei ao ouvir essa notícia. Saí do meu transe quando escutei o barulho da xícara quebrando e o celular caindo ao chão, o choque que isso me causou foi enorme e demorei alguns minutos até me recuperar e pegar o celular de volta.

Um amor (im)possível (Satoru Gojou)Onde histórias criam vida. Descubra agora