Libertários {M}

capítulo 2

Pietra Albuquerque 🍒

Entrei em casa jogando o salto pra qualquer canto e me joguei no sofá, estou morta, e uma dor de cabeça fudida.

Eu tenho a certeza absoluta que nunca mais eu bebo tava no baile até agora cara, pareço que não tenho limites quando o assunto é bebidas.

Eu juro que tento, tento mesmo mas foda. Não que eu seja alcoólatra, eu passo meses sem beber e nem tenho vontade, mas quando eu começo eu não tenho limites, só saio quando vejo que já estou passando mal.

Levantei vendo tudo girar e no relógio da parede marcava exatamente oito da manhã, Entrei no banheiro e liguei o chuveiro na água mais gelada, sentei no chão e comecei a chorar.

Chorar por falhar como filha, como irmã, como pessoa e por tudo que eu me sentia culpada.

Eu saí de casa muito nova com 12 anos eu já estava nas ruas, não me orgulho do caminho que eu tomei pra minha vida, mas foi a solução que eu me encontrei.

Minha mãe sempre tentou me ajudar, não queria que eu saísse mas pensa, uma pré adolescente vendo suas amiguinhas tudo namorando e sendo patrocinada ,se ela for cabeça fraca como eu fui se perde rápido.

E isso aconteceu comigo, fui na ganância de me envolver no errado e tô aqui, pagando tudo trocando. Sou vapor do peixe e provavelmente vou ser morta pela dona nova, então fui curtir meu último baile.

Eu só não fui executada na praça ontem porque eu tava de missão, eu odiava o peixe, cara sem pudor nenhum. Batia e maltratava todos ao seu redor.

Desliguei o chuveiro me enrolando na toalha, sequei minhas tranças com o secador e vestir um roupa normal, vou morrer né? Tem nem porque ficar bonita.

A verdade é que eu já tô morta a muito tempo, desde que eu saí de casa e vi como o mundo pode ser cruel, mas garanto que eu posso ser bem pior.

Tranquei a porta e sair tava suando frio, pedi proteção aos meus guias e fui firme.

Parei na frente da boca vendo mais homens do que o normal, respirei fundo vendo um dos que eu conhecia bem.

Pietra:Coé PK? - ele me olhou sem intender- tá fazendo o que aqui?

PK:o que você tá fazendo aqui? Amanda sabe que tu tá aqui Pietra?

Pietra:Eu era vapor do peixe- ele abriu maior Olhão puxando meu braço- Aí Pedro.

PK:Tá ficando maluca Pietra? Medusa vai matar você arrombada- apertou o meu braço- sua irmã sabe que você é envolvida?

Pietra:ela não sabe e você não vai contar, até porque daqui a pouco eu vou tá morta e nada disso vai importar mais.

Dei de ombros e ele me olhou indignado.

Pietra: Como você pode falar assim cara? Não tem um dia sequer que ela não te procure tá? Sabe quantas vezes eu já peguei ela chorando a noite por não saber nada da irmã mais nova? De quantas vezes ela se culpou por não te dar uma vida boa? Ou de quando a mãe de vocês morreu e ela nem pode contar porque não sabe onde você está? Não fode tudo Pietra, arruma sua vida.

Engoli o choro, minha mãe está morta? Eu nem pude me despedir cara!

Pietra:Eu vou morrer Pedro, eu não quero morrer. Desabei, chorei ainda mais.

PK:eu vou conversar com a Medusa, eu converso ela.

Concordei vendo ele me puxar para dentro da sala, entrei vendo uma mulher negra com tranças vermelhas no cabelo, olhar marcante e sedutor.

Seus olhos bateram em mim e eu prendi a respiração por alguns segundos, vendo ela me encarar firme enquanto soprava a fumaça pro alto.

PK:essa é a Pietra, ela era vapor do peixe.

Medusa:e porque ela ainda tá viva? Minhas ordens não foram claras? Quero todos que estavam do lado do peixe mortos!

PK:você disse pra eu me virar pra conseguir um informante aqui dentro, eu conseguir e é ela. Pietra trabalha pra mim desde o início, ela é irmã da Amanda e ela nem sabe que eu envolvi a menina nisso.

Medusa:você quer que eu acredite nisso mesmo?- riu sem humor- eu não sou idiota PK.

PK:eu não tô mentindo, não tenho motivo pra isso- disse ele mentindo, sem caô, eu sou assim- confia na minha palavra, eu nunca mentiria pra tu.

Medusa:eu tô de olho em você- apontou pra mim,concordei- ninguém me passa pra trás!

Pietra Albuquerque,22 anos.

O que tão achando? Chega ao nível de perdição ou lance criminoso??