capítulo 33☄️

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Extra Felipe

Chego em casa e jogo a bolsa no sofá. Minha mulher fecha a porta atrás de mim e vai lavar a louça, que é a sua tarefa. Meu filho está fora de casa, deve tá fazendo merda.

Pego meu celular e disco um número conhecido. Sento no outro sofá, pego a cerveja e ligo a televisão.

- Você me ligando? Que merda você fez? - a voz vem do outro lado.

Sorrio.

- Não fiz nada. Você não acredita quem eu vi hoje. Dá um chute.

- A Gabi?

Fecho a cara, meu humor se transformando de felicidade em raiva.

- Que porra de Gabi, caralho.

- Você que tá com saudade dela, porra. Do jeito feliz que falou parecia ter visto ela.

- Eu tô pouco me fudendo pra aquela vagabunda.

- Aham. Fala logo Felipe, tenho trabalho pra fazer.

Mentiroso.

- Se nem trabalha. Então, vi o filho da Ayla e do Henrique.

Ele fica em silêncio por um tempo, olho para ver se caiu a ligação, mas não, só o vagabundo que tá em silêncio.

- Quem é Ayla?

- Da escola, Gustavo. A mina que o Alan tava meio obcecado, a franjinha, melhor amiga da...

- AH! - Grita do nada - Sei quem é. Viu o filho deles? Nem sabia que ainda estavam juntos.

- Firmes, fortes e ricos. Juro, o moleque tem uma carinha de play boy. O relógio que ele usava deve ser de última geração. A calça de marca, o tênis nem se fala.

- Que nojo.

- Parece um moleques firmeza. Já foi amigo do meu filho, acredita? Não sei como o Carlos não tentou roubar ele.

- Por que seu filho só é usuário, não ladrão.

- Mesma merda. Com respeito, lógico.

- Você é quase alcoólatra Felipe, quer falar de quem?

Quase, não sou. Que mal tem beber umas pra esquecer dos problemas da vida? Ou esquecer da ex. Filha da puta conseguiu arrumar alguém.

- Deixa eu voltar a falar porra. Esse talvez você se interesse mais. Vi a filha da Lua.

- Viu o que?! - ele grita tão alto que tenho que tirar o celular do ouvido.

- É isso mesmo. Vi de longe, mas já deu pra notar a semelhança dela e daquele lá, como é o nome? Gabriel?

- É, esse filho da puta. Corno do caralho. Como a garota esta?

- Bonita e parece a mãe.

- Porra, o nome da Lua mexe comigo. Que saudade. Aquele corpinho deve estar muito melhor hoje em dia.

Faço uma careta.

- Ela teve dois filhos, o corpo da mulher muda.

- Ah Felipe, nem se a Lua tivesse 10, aquele corpo ia ser uma delícia ainda.

Tenho uma lembrança da adolescência e sorrio.

- é, talvez seja verdade.

- O único problema é que ela foi um puta em momentos, te seduziu, não obedecia, reclamava.

Me seduziu, eu quase rio.

- Eu que queria comer ela.

- Sim, mas se ela andasse mais coberta, você não ia querer.

Ethan, meu amigo de infância (Em Andamento)Where stories live. Discover now