Meia três quartos

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Já se passaram 2 meses desde que encontrei Tom, pela a última vez. As coisas sobre meu casamento estão fluindo. Minha mãe já marcou até a data para fazer a medida para o meu vestido. Eu continuo tentando me esquecer de toda essa bagunça. Mas toda vez algo acontece para tudo vir átona.

  Minha irmã, Poliana, foi atrás do Tom. Disse ela que eu deveria escutar ele, o lado dele. Eu concordo, sei que tem o lado dele, e que se for mentira, qualquer coisa que aconteceu com nós dois já está acabado. Naquele dia em que meu pai me contou a história, eu me senti tão mal, que nem pensei no fato de escutar o lado de quem realmente estava presente no acontecido. Então eu acabei concordando em ir até a casa do Tom, dar a ele um chance de explicação. Mas, ele não estava. Harry, seu motorista, avisou que ele foi fazer uma viagem no oriente médio.
Disse ele, que de acordo com a programação que Tom criou, ele deve estar no Líbano. Ele me passou o contato de onde foi o último lugar que Tom ligou mas, eu não vou ligar. Além disso, não é algo urgente que eu tenho que ligar para ele. Então voltei para casa.

            Universal Estúdios, 1955

- pai, me dê uma chance. Garanto fazer algo sensacional. Com qualquer ideia você tiver de filme. - Estou sentada, no escritório do meu pai, frente a frente a ele. Quase implorando por uma oportunidade de ser a diretora do próximo filme da Universal.

- Lily, veja bem minha filha.
Não existe nenhuma diretora de filme.

- bem, agora está na hora de existir. não?

- existir uma, sem experiência alguma?

- como sem experiência, pai?
Se você não me dá a oportunidade, eu nunca vou ter experiência.
Eu cresci aqui no estúdio. Minha paixão pó fotografia venho por isso.
E você sabe, sempre escrevi histórias com roteiros e tudo mais.
Por que não me dá essa chance?

- não Lily!
Acabou esse assunto.

Eles levanta e abre a porta, e fica parado olhando para mim. Vou até e ele.

- você não disse que esse filme, as principais serão mulheres?

- por isso mesmo.
Precisa de um olhar masculino.

- olhar masculino?
Pai, você coloca qualquer atriz vai ter um olhar masculino. Mas você pode ver, as mulheres não assistem tantos filmes. E bem, se você quer aumentar o lucro, e ver a Universal ganhando as bilheterias, chamar a atenção das mulheres vai ser um grande ganho.

Ele não responde. Eu o deixo pensando e vou embora da sua sala.
Estava indo embora, quando decidi passar por alguns estúdios.

Entro no carro, e penso em esfriar a cabeça. Passo em frente ao Studio 54.
Por que não? .. entro e me sento na bancada, e peço um martini.

- Lily!

Escuto alguém me chamar. Quando viro vejo Marilyn Monroe e dois homens ao seu lado, eram Charlie, filho do Charlie Chaplin, e ao lado de Edward, filho de Edward G. Robins e a atriz Gladys Lloyd.

- oi, como vocês estão?

Marilyn olha para eles que sorriem mostrando que está tudo bem. Mas, assim que eles percebem o olhar dela, eles vão para uma mesa distante de onde estamos.

- hum.. posso me sentar ao seu lado, Lily? - a loira respira fundo.

- sim, claro que pode. - digo puxando um banco ao meu lado e mostrando que é para ela se sentar.

Studio 54Where stories live. Discover now