Aquele com os Cabello-Jauregui

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Aproveitei o tempo de sobra e investi nos cuidados dos pequenos, não tão pequenos assim. Os dois que temos eram grandes e podiam cuidar do menor, mas tinham que ter ferramentas pra isso, por isso, deixei o lanche de todos preparados sobre a bancada da cozinha, que era enorme e facilitava os cafés da manhã em família e ainda sobrava espaço, e cuidei de adiantar o que comeriam.

A massa de waffles já estava preparada e pronta para uso quando finalmente ouvi passos chegando, então apenas peguei uma maçã, somente porque minha esposa dizia que não era saudável ficar sem comer de manhã, para manter a energia.

- Bom dia! – O de 15 anos disse assim que me viu encostada ao balcão. Bocejava de minuto a minuto á medida que agia no automático, pegando as xícaras para o café de todos e as dispunha no balcão assim como os pratos.

- Cirurgia tão cedo? – A de 15 anos perguntou assim que pôs o pé no último degrau da escada de madeira. Sorri ao ver seus cabelos ruivos mais embaraçados do que o normal, por ela ter acabado de acordar, e por ter em seus braços a outra coisinha mais fofa do meu mundo. – Ninguém vai morrer né? – Questionou interessada deixando o de 5 anos no chão, coçando os olhinhos.

Diferente do irmão de mesma idade, Sadie exibia um bom humor matinal digno de minha esposa, além da confusão momentânea em querer fazer tudo rápido, como agora, quando quis tomar café e foi até o armário pegar as xícaras, mas vasculhou tudo até que encontrasse talvez a última que restara, a qual pertencia a sua outra mãe, somente para ver que o irmão já havia as arrumado na bancada e, fazendo o movimento contrário, o de guardar, quase a deixou cair antes de colocá-la em um lugar seguro com um suspiro aliviado pela bagunça evitada.

Enquanto que Cole era quieto e prático, como eu, ás vezes muito observador e isso até me assustava um pouco e, por isso, depois de deixar tudo arrumado, apenas seguiu para a máquina de waffles que eu havia ligado e começado a removê-los. Foi tirando um a um, servindo os irmãos, e sentando quase afundando a cara no prato que seria o que eu faria se gostasse de comer de manhã. Cheguei à metade de minha maçã quando o pequeno se aproximou.

- Não, Sadie, ninguém vai morrer, é apenas mais um parto. – Respondi a sua pergunta, vendo a garota se sentar sob um dos banquinhos e sorrir ao ver que havia waffles, mesmo o cheiro sendo inconfundível. – Dormiram bem? – Perguntei, recebendo um polegar para cima de Cole e Sadie murmurando animadamente algo de boca cheia.

– E você, meu amor? Dormiu bem? Vem cá dar um beijo na mamãe. – Chamei-o, recebendo lindos olhos azuis em troca e cabelos negros arrepiados. O pequenino deixou de coçar os olhinhos e me sorriu simples, agitando os bracinhos para que eu o pegasse.

O beijei, o babando exatamente como ele fazia comigo, e mordi uma de suas bochechas gordinhas, recebendo uma carranca em protesto, mas não evitei rir.

- Eu chonhei com avinhões que soltavam pum. – Ethan, o mais novo, contou-me com uma expressão pensativa que me fez cheirar seu pescoço apenas para absorver mais do seu cheirinho de bebê.

- Cara, eu sonhei com algo parecido. – Sadie finalmente conseguiu engolir e apontou como garfo para Ethan que a olhou curiosamente. – Havia aviões, tropas marítimas e gigantes saindo da água pra tentar destruir os aviões... – Ela então começou a fazer barulhos de tiro enquanto se levantava de sua cadeira e vinha até nós, usando o garfo como se ele fosse um avião, e o garoto escondeu-se em mim ao ver que sua irmã mirava sua barriga.

O ataque de cosquinhas chegou e ouvimos risadas infantis preencherem a cozinha ampla. Logo meu filho foi arrancado de meus braços enquanto Sadie o colocava na cadeirinha de bebê.

– Então piratas usavam seus tapa-olhos para lutar enquanto tinham espadas enfiadas na cara... – Ethan fez uma careta que consistia em a boca estar aberta e as mãozinhas nas bochechas.

The Cabello-JaureguiDonde viven las historias. Descúbrelo ahora