Sinto meus ombros caírem quando vejo que Róger foi substituído. Era o jogo o primeiro jogo de ida pela Copa do Brasil o contra o América e já tinham um gol de vantagem.
Ele se esforçou a semana toda, treinando mais para esta partida. E eu sabia o quanto essa partida era importante para ele e para o Corinthians. Especialmente porque a temporada não vinha sido muito boa para eles.
Era nítido o quão frustrado ele ficou quando foi viu seu número na placa de substituições. E também era óbvio que ele era o único jogador tentando marcar. Até o término do jogo, tento escrever anotações mentais para fazê-lo se sentir melhor após a partida. Sempre que tinha uma partida ruim, fazia para ele seu prato favorito com um pouco de sorvete depois.
A partida terminou com 1 a 0 para o América. Foi difícil para o Corinthians voltar, mas eu sabia que os meninos dariam o seu melhor para vencer no jogo de volta.
Caminho de meu assento em direção aos armários. Os torcedores do América tiveram muita gritaria e aplausos. Solto um suspiro e espero do lado de fora dos armários.
Os jogadores começaram a sair lentamente, um por um. Ainda não era próxima de nenhum de seus companheiros de equipe, exceto Yuri. Quando ele saiu, ele me observa e caminha até onde estou.
Dou um sorriso com simpatia para ele, dando-lhe um pequeno abraço.
- Como vai? - pergunto instantaneamente, esfregando seu ombro suavemente.
Ele deu de ombros deixando escapar um suspiro antes de dar a mim um pequeno e rápido olhar.
- Poderia ter sido melhor, mas o que posso dizer, nosso time estava mais morte que o normal hoje -, disse ele, enquanto eu acenava para ele.
Dou-lhe um último abraço, antes de ele se afastar e Róger sair do vestiário.
- Oi, amor. - digo, sorrindo para ele, me aproximando lentamente enquanto ele fazia o mesmo.
Ele me dá um pequeno sorriso, obviamente falso, antes de começar a se afastar. Percebo que estáde mau humor e corro para alcançá-lo, enquanto o mesmo sai andando rápido.
A volta de carro para casa foi tensa. A tensão foi sentida e era obviamente nítida para qualquer um que visse. Eu sabia que se Róger não falasse nada nós definitivamente iriam brigar, e essa é a última coisa que quero para está noite. Apenas decido dar um tempo a ele.
Assim que eu estaciono o carro no estacionamento, Róger saiu do carro e bate a porta atrás de mim. Solto um suspiro, tentando combater a raiva que sobe por dentro de mim e conto até três, antes de sair do carro, seguindo Róger até nosso apartamento.
Vejo ele largando a mochila de treino na entrada da casa e que vai direto para sala.
Vou para a cozinha e começou a preparar a comida. Deixo ele sozinho, esperando que ele se acalme um pouco.
Após cerca de uma hora depois fazendo comida, vou para a sala, e vejo meu namorado sentado no sofá em seu telefone, com um olhar vazio no rosto.
- Ei. Eu fiz um pouco de comida para você. - tento fazer com que minha voz saia o mais suave possível, e me sento ao lado dele.
- Não estou com fome -, disse ele mal-humorado, sem tirar os olhos do telefone.
- Vamos lá Róger. Você não comeu nada antes do jogo, e você jogou mais de 60 minutos. Deveria comer alguma coisa. - Insisto fazendo-o revirar os olhos.
- Eu disse que não estou com fome. me deixe em paz. - ele levantou um pouco a voz fazendo eu também revirar os olhos.
Aranco o telefone das mãos dele e o colocou atrás das costas. Seus olhos estalaram nos meus, cheios de raiva.
- Devolve, S/N -, disse ele com os dentes cerrados, não querendo puxar e acabar me machucando.
- Não! Eu sei que você não teve uma boa partida. E eu sei que você não queria ser substituído quando era o único jogador que se esforçava, mas isso não significa que você pode liberar sua raiva em mim! - minha voz sai embargada com um leve choro na garganta, interrompida pela voz dele.
- Puta merda, cale a boca. - ele perdeu a cabeça.
- Me faz! - eu falo, fazendo seus olhos preocupados se encaixarem nos meus, quando percebe que as lágrimas estão rolando pelas minhas bochechas.
Ele balançou a cabeça e se virou.
Ele colocou a mão no cabelo dele, coçando levemente o couro cabeludo
- Eu só quero que você fale comigo quando estiver tendo um dia ruim, ou depois de uma partida ruim. Não faço nada além do que estar ao seu lado. - digo, tentando ao máximo me acalmar.
Ele caminha até mim e segura meu rosto com suas mãos grossas e firmes.
- Me desculpe, meu amor. Eu não deveria ter brigado com você. É tão frustrante como ninguém parecia se importar com a partida. Quero dizer, sei que não tinhamos tanta chando por conta do time desfalcado, mas tentar venceu... Estou na equipe há um tempo já e pareço me importar mais do que as pessoas que estiveram lá a vida toda. Estou tão confuso." ele soltou um suspiro, deitando a cabeça no meu ombro.
Respiro profundamente antes de respondê-lo.
- Está tudo bem. Vai melhorar logo, eu prometo. Você ainda é jovem e tem toda a vida pela frente. Talvez o Corinthians não seja onde você vai ficar por muito tempo. Ou talvez o time esteja apenas passando por um momento difícil agora e estará de volta em breve. Saiba que estou orgulhosa de tudo o que você faz. Quer você perca ou ganhe, estou sempre orgulhosa. Eu te amo Róger. não se esqueça disso. - falo, e ele beija o canto de minha boca.
Ele sorriu suavemente, inclinando-se para me beijar novamente. Quando nos afastamos, ele encostou a testa na minha.
- Eu te amo mais, princesa. Obrigada por estar aqui.
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imagine jogadores.
FanfictionUm refúgio para imaginação; onde você poderá sonhar a cada capítulo com seus jogadores favoritos! Atenção: alguns dos capítulos são de minha autoria, outros traduzidos e adaptados do tumblr.