— Que bom... — é o que ele responde, apoiando-se na pia ao meu lado, meu coração bate descompensado já que nem sei o que falar. — Olha, sobre o diário...

— Foi aquele Marco, não foi? — eu pergunto, me lembrando claramente do sorriso dele uma vez que o encontrei na casa do Jimin, indo embora e dizendo claramente que pegou uma cópia do trabalho. — Agora eu sei que cópia aquele filho da puta levou, desgraçado!

— Pior de tudo é que ele confessou, eu e os meus amigos falamos com ele sobre o seu julgamento e ele se sentiu bem culpado, disse que só queria nos afastar mas nunca que queria prejudicar seu filho.

— Pelo menos isso, né?

— É, agora ele deve está orando para você conseguir a guarda do seu filho, já até jogamos que a culpa será inteiramente dele se vocês não viverem juntos! — Jimin sorri, parece até orgulhoso do terror psicológico que provocou no rapaz, sinceramente, bem feito. — Agora que você sabe de toda a verdade, espero que possa me perdoar...

— Eu não tenho o que perdoar você, Jimin. — digo, sincero, tirando a minha mão e me virando para a sua direção, sem encara-lo. — Me perdoa por não te ouvir, eu fiquei cego de raiva, sem meu filho ainda por cima... Eu fui muito rude, e desculpa não te procurar depois que me acalmei, mas é que começou as coisas para a gente organizar esse julgamento e pegou todo o meu tempo! E eu ainda fiquei morto de vergonha conforme o tempo foi passando e passando... Acabei ficando sem cara para aparecer do nada na sua frente e...

Eu olho para o seu rosto, encantador e lindo, com o sorriso vivo nos lábios que tanto sinto falta e quero sentir, meu deus, como eu o amo! Eu precisava dizer isso!

Eu preciso dizer isso.

— Eu te amo! — eu acabo soltando, mesmo sem saber o que vai ser do nosso futuro, se ele vai morar comigo, se seremos a família que tanto Jaemin e eu gostaríamos de construir com ele. Eu já digo o que eu mais sentia dor em guardar. — Amo você, eu estava... Ou melhor, estou com saudades de você.

Jimin fica um tanto impactado, sem reação nenhuma, nem eu esperava dizer isso então quem dirá ele, certo? Percebo a coloração avermelhada de suas bochechas levemente gordas e isso pode ser algo bom, né? Tomara.

— Mata essa saudades, criatura... — Jimin diz, completamente rendido, ele se aproxima de mim e toca as minhas mãos com calma, percebo uma fagulha percorrer o meu corpo inteiro, eu finalmente olho para os seus olhos e vejo todo o brilho, todo o seu amor e carinho, ele está com tanta saudades como eu estou.

Eu suspiro pesado, passo a mão no seu rosto e não tenho tempo de nada, nem de se quer me aproximar do seu rosto, pois logo Hoseok entra no banheiro sem se importar se atrapalhou eu e Jimin ou não.

Eu ficaria puto, porra, era o meu momento de matar saudade desses lábios grossos. Mas eu fico agradecido quando ele diz:

— Estão te esperando para dizer a resposta, Jungkook!

Pelo menos é para isso, e pelo menos eu não o beijei no mesmo local que acabei de estragar com um odor terrível, mesmo que no momento esteja disfarçado.

— Vem logo, Jimin! — eu o puxo pela mão, correndo pelos corredores dessa forma para chegarmos o mais rápido possível ao juri, tive que me despedir dele e correr para o lado de Seokjin, controlando todos os sentimentos dentro do meu peito.

Cicatrizes - Pjm + JjkWhere stories live. Discover now