Ilusões com o Enhypen

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Você pediu licença aos médicos que ainda explicavam as precauções e saiu do consultório. Uma ideia passou pela sua mente e sem pensar muito, foi logo a recepção para agendar alguns exames ainda para aquele dia. Assim que agendados, voltou para onde os homens da sua vida estavam e os viu saindo.

— Eu... Posso ir na casa dos Nishimura?

— Claro, filho. – Sunoo sorrio fechado para ambos e depositou um beijo na testa de vocês. — Eu preciso trabalhar, mas me liguem qualquer coisa, tá bom? Eu amo vocês.

Assim que os dois já saíram, você voltou para dentro do hospital e realizou os exames, diferente dos de mais cedo, os resultados sairiam dali algumas horas, então você voltou para casa, mandou um e-mail rápido explicando sua ausência no trabalho e deitou na cama ansiosa pelos resultados.

Dias depois, você já tinha acertado tudo sobre a doação de coração entre você e o Kim mais novo. Felizmente os órgãos eram cem porcento compatíveis, algo definitivamente milagroso. Quando receberam a notícia de que acharam um doador, houve muita comemoração na casa.

O grande dia havia finalmente chegado. Um misto de sentimentos dominava seu coração que, em poucas horas, bateria no peito daquele que mais amava. Vocês chegaram normalmente ao hospital, ao seu lado, ambos os homens ao seu redor estavam radiantes com a ideia. O quarto para a internação foi reservado e arrumado, Sunoo arrumava as coisas do garoto no enquanto o mesmo se preparava e você supostamente sentia uma forte dor no estômago e precisava ir ao banheiro.

Minutos depois, você já entrava com a roupa cirúrgica no mesmo quarto, fazendo todos alí olharem para você com confusão estampada no rosto, exceto os médicos.

— Bom, você já conhece sua doadora, sim? Vou deixá-los a sós e em breve volto para buscá-los. – Assim que o médico saiu do cômodo, seu marido e filho perceberam o que acontecia, não era algum tipo de brincadeira.

— Mãe, você... Não pode...  Eu não quero seu coração! O meu está doente e a senhora mesmo ouviu: Se alguém recebesse meu coração, teria menos de dois meses de vida, quase o tempo de internação! – O novo ruivo já chorava enquanto recebia seu afago nos cabelos. Sunoo estava do outro lado da cama observando a cena com lágrimas teimosas escorrendo pelas bochechas cheias a mão dele atravessou a cama e encontrou a sua que pousava ali.

— Filho, está tudo bem. Eu serei feliz nesses dois meses e ainda mais feliz por saber que você terá uma longa vida pela frente ao lado do seu pai e do seu namoradinho. – Você riu ao ver o mais novo corar levemente. — Seu pai cuidará muito bem de você e peço que cuide dele também, hm? Vai ser difícil sem mim nos primeiros meses, mas vocês vão superar isso e ser felizes, por mim, certo?

Nenhum dos dois rapazes respondeu e um abraço coletivo preencheu aquele silêncio pelos próximos minutos. Pouco antes do médico voltar, Sunoo a puxou para o canto do quarto e lhe abraçou como se fosse a última vez.

— Amor, eu não vou morrer...

— Não ainda. S/n, eu te amo com tudo o que há em mim. Você é a mulher que eu escolhi amar pelo resto dos meus dias e quero que saiba disso porque posso ser fiel como àqueles pinguins que vimos no documentário dias atrás. Eu quero você como minha parceira e será você para sempre, ninguém jamais segurará minha mão ou deitará na nossa cama, ninguém terá meus beijos e meu coração como você o tem mesmo depois que o seu parar de bater. – A voz embargada do Kim já estava mais baixa pelo choro incessante. — Sempre foi e sempre será você. Tenho certeza que nosso filho pensa assim também. Eu sou contra a ideia da doação, mas a decisão já foi tomada, não é? – Um suspiro cansado escapou pelos lábios do mais alto antes de enlaçar sua cintura e beijar seus lábios com delicadeza e paixão. — Eu te amo, até