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— A mamãe vai ficar bem? – Lágrimas escorreram dos olhos de Jake ao ouvir aquelas palavras, ele esperava tanto que sim.

Mas não ficaria. Um dos paramédicos olhou para o Shim e negou com a cabeça enquanto abaixava o olhar. Jaeyun apertou ainda mais a filha nos braços e permitiu-se chorar baixinho.

— Ela está em um lugar melhor agora, filha. – Jake sentia seu coração dilacerar, seu pulmão queimar e sua garganta fechando naquele momento. O coração que parara fora o de S/n, mas quem estava prestes a deixar de viver era Jaeyun. Teve que reunir forças que não tinha para permanecer forte, eram agora somente S/f e ele, não tinha o luxo de ruir.

• Sunghoon

Os últimos meses haviam sido de altos e baixos muito ao extremo. Você e Sunghoon casaram e dias depois descobriam que você tinha um cancer avançado; um mês depois descobriam que a lua de mel teve consequências positivas, você estava grávida! Então, como seguiria tudo? Você teria forças para gerar um bebê? A quimioterapia não iria ser prejudicial?

Foi quando uma decisão fundamental partiu em pedaços pequenos demais o coração de ambos.

Para que o bebê nascesse saudável e bem, você teria que parar com as sessões de radio e quimioterapia, o que daria a você pouco mais de dez meses de vida. Sunghoon foi imediatamente contra. Sabia que quando você se libertasse da doença em que se encontrava, poderiam criar uma família juntos e se contentava com isso, porém você sentia seu corpo cada vez mais fraco e frágil, sabia que não seria a mesma depois de tanto sofrimento com o tratamento, por isso tomou a decisão sozinha de salvar o bebê.

Sunghoon achara que um aborto espontâneo surgiria a qualquer momento durante as sessões e prestava sempre o maior apoio a ti sobre o assunto. Ele tentava desviar de assuntos ligados a saúde para que você levasse os supostos cuidados com leveza.

Meses depois, quando sua barriga cresceu e já passava dos sete meses de gravidez, Sunghoon finalmente percebeu o que acontecia. Seu cabelo não caia como antes, seu corpo estava saudável na medida do possível e as tardes em que saia eram mais rápidas do que uma sessão normalmente demorariam.

Em uma consulta médica, o patinador resolveu acompanhar-te. Ao ter certeza da decisão que havia sido tomada, o Park ruiu. Você chorava baixinho vendo o rapaz se ajoelhar ao lado da maca e colocar a mão em sua barriga.

— Por que... Você não me avisou? Podíamos ter passado por isso juntos, amor! Eu poderia ter cuidado melhor de você..! – Um suspiro cansado escapou dos lábios dele. — O que será de mim e da nossa filha depois que... – Sua garganta fechou com as palavras entaladas, não as pronunciaria nunca, se recusava a materializar aquela ideia. — Eu preciso de você, S/n.

Mesmo abalado com a ideia, não podia se fazer muito a respeito. O processo para cura do câncer agora só iria acabar com seu corpo e sua saúde mental, dando-lhe dois ou três meses a mais do que já teria. Os próximos dois meses foram feitos minuciosamente por vocês para planejar um futuro do qual Sunghoon sabia que seguiria sozinho.

Todas as coisas da bebê foram compradas, todos os encontros foram feitos, todos os pedidos foram aceitos. Sunghoon até brincou com a sua falsa greve desde que tomou a decisão de parar com as sessões. Quando finalmente o momento chegou, uma surpresa:

Era, na verdade, um menino.

Você e a bebê tiveram alta em pouco mais de dez dias do hospital. Sunghoon e vocês riam toda vez que entravam no quartinho e encontravam todas as coisas rosas alí. O primeiro mês do bebê foi coberto de amor e carinho, vocês aproveitaram cada momento como se fosse o último, porque logo seria.

Ilusões com o EnhypenWhere stories live. Discover now