Ilusões com o Enhypen

• React/Imagine

Mas você ouvia somente ruídos, seus sentidos estavam cada vez mais prejudicados e antes que pudesse erguer os braços para pegar seu filho nos braços pela primeira vez, a máquina ao lado da cama que media seus batimentos apitou sem fim. Seu coração parou.

Jay entrou em estado de choque com o bebê em seu colo, ele observava os médicos tentando reanimar sua esposa com angústia no peito. Uma enfermeira logo tirou o novo Park de seus braços, um dos médicos detectou uma hemorragia no corpo frágil de S/n. Durante vinte minutos incessantes, tentaram ao máximo para salva-la.

Não funcionou.

Jongseong permaneceu em choque por minutos a fio. Ouvia as pessoas tentando o consolar ou tirar seu corpo dali, mas era em vão. Jay só conseguia observar o corpo sem vida de sua amada enquanto lágrimas de pura dor escorriam sem parar de seu belo rosto. O amor da sua vida se foi assim que deu a luz a sua razão de viver. Não sabia o que sentir ou como se sentir, tudo de repente estava um caos em sua cabeça e em seu coração. Teria que se recompor, por seu filho, por sua falecida esposa, mas como faria isso ele não fazia ideia.

• Jake

Shim Jaeyun é o CEO de uma enorme empresa na Coréia que está se expandindo rapidamente pelo mundo todo. S/n é uma jovem formada em arquitetura que trabalha para as empresas Shim's. Entre encontros e desencontros, Jake – como era conhecido o CEO – acaba se atraindo pela brasileira, o que é recíproco. Não demora muito para que o pedido de namoro venha e o casal viva esse romance intensamente.

Até que uma gravidez não planejada interrompe esse sonho romântico que viviam.

Jake ficou muito feliz, mesmo que surpreso pela notícia, assim como S/n. E quando finalmente a bebê nasceu, celebraram muito a vinda da futura herdeira dos Shim. O casal estava mais feliz do que nunca e, juntamente com a festa de um ano da criança, finalmente veio o pedido de casamento. Aos dois anos, a Shim mais nova já entrava no colo – da futura sogra de Jake – com as alianças na igreja. Aos três anos, começou a ir a escola e Jake insistia na ideia de mais um filho, o que foi recusado diversas vezes pela esposa.

— Vamos, mamãe! – A criança puxava sua progenitora pelas ruas com ânimo e ansiedade para chegar em casa. Não costumavam voltar a pé da escola onde S/f estudava, mas o dia estava bonito para uma caminhada, então decidiram ir.

— Calma, filha, já estamos chegando. Olha só, conseguimos ver até nossa casa daqui! – A mais velha apontou para a moradia logo a frente, o que fez sua filha desvencilhar de sua mão e correr na direção da casa. — S/F!

Ao ouvir a buzina alta, a pequena parou estática no meio da rua, fechou os olhos pelo farol alto vindo em sua direção, foi quando sentiu um baque não muito forte e ao abrir os olhinhos, percebeu que estava envolta dos braços de sua mãe. Ela havia recebido o impacto por si. Ao ver o sangue escorrendo pela cabeça da maior, S/f saiu de seus braços e começou a gritar enquanto chorava e corria até sua casa que estava logo em frente.

— Papai! A mamãe... – Tentava falar entre soluços a Jake que se assustou ao ver a filha chorando descontroladamente entrando pela porta principal.

— O que tem sua mãe, filha? – O mais velho se agachou para ficar do tamanho da pequena e a encarar, mas logo a seguiu quando sua manga foi puxada na direção que a garotinha corria. — O que... S/N?!

Jake soltou a mão de S/f e correu até sua esposa que agora estava envolta de uma poça do próprio sangue. Ao olhar para os lados, percebeu que ninguém estava ali, pegou o celular no bolso traseiro da calça e, com as mãos trêmulas, digitou o número da emergência. Em menos de cinco minutos uma ambulância estava alí fazendo o possível para reanimar S/n. Jaeyun voltou até a porta de casa e abraçou fortemente sua filha enquanto olhava os paramédicos fazendo o máximo que podiam.