Capítulo 21

1.9K 257 113
                                    

Rheynah

Caminho com Roan pela praia, a luz da lua atravessando as nuvens cinzentas e as estrelas começando a dar sinal aos poucos.

— O que queria me mostrar? -pergunto a ele.

Ele me olhou de relance e me puxou pela mão até a água.

— O que está fazendo? -ri.

Meus pés descalços tocam a água e vejo algo, Roan me abraçou por trás e sussurrou em meu ouvido.

— Preste atenção nas ondas.

Eu olhei para as mesmas e então algo aconteceu, as ondas se erguiam e em sua espuma e água algo florescente dançava, luzes florescentes.

De um azul estelar perfeito.

Minha boca se entreabriu e meus olhos cintilaram.

— Quando as estrelas caem elas vem diretamente para cá a noite e caem no mar. —ele disse baixinho— estão começando a cair pois está próximo do inverno, do solstício.

— É lindo. -sussurro.

— Quando o ápice da noite de solstício chegar você vai ver, terá muito mais, estarão mais brilhantes. —ele disse— gosto de vir aqui para refletir.

— Obrigada por compartilhar comigo. -digo o olhando.

Meu pé se moveu e a água brilhou com os movimentos dos pés.

Roan me puxou pela mão e meu corpo girou de frente para ele, sua mão em minha cintura.

— O que.. -sorri.

— Grã-senhora, me daria a honra de uma dança? -ele beija a minha mão.

Eu sorri.

— Sou péssima na valsa.

— Eu também. —ele confessa baixo— mas por você posso virar um ótimo dançarino.

— Então, vamos pisar em nossos pés, grão-senhor, juntos. -digo.

Ele sorriu torto e me guiou em uma valsa mas águas brilhantes, em uma valsa simples mas tão intensa como se respirar.

A cada deslizar de pés, as ondas quebravam em luz e as estrelas caídas nas águas seguiam o nosso movimento.

Roan me girou, a saia do vestido se abriu como uma rosa na primavera em um redemoinho brilhante na água. Gotículas salgadas espirrando para todos os lados.

Eu sorri ao passo de que uma risada escapou de mim, Roan me trouxe para si, deslizando junto.

Suas mãos me ergueram no alto e girou.

Minhas mão estão apoiadas em seus ombros e meus olhos fixos aos seus que pude perceber, suas pupilas dilatadas e brilhantes, através delas vendo que as minhas estavam assim.

Ele me pôs no chão, e então passamos apenas a balançar devagar olhando um para o outro, o sorriso com covinhas do grão-senhor era evidente e com certeza mais brilhante do que as estrelas.

Eu fico na ponta dos pés e lhe dou um beijo lento, e não percebi quando já estávamos deitados na areia, na margem onde as luzes se aproximavam, onde Roan me tomava devagar e intensamente, cada golpe e cada arfar continha a mais pura intensidade, meu pé deslizou em sua panturrilha, subindo devagar, minha coxa ficando na altura de sua cintura.

Minha cabeça inclinou-se na areia, um ofego alto seguido de um gemido escapando. Seus beijos, uma batalha intensa de línguas e dentes, cada toque que arrepiava a minha alma quebrada que se reconstruía pouco a pouco com ele.

Corte Fantasma •Acotar✷Onde as histórias ganham vida. Descobre agora