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Eu estava suada, a regata que eu vestia estava molhada de suor e eu respirava pesadamente.

Eu sentia meu corpo cansado, extremamente cansado depois de treinar tanto, ainda sim eu não parava.

Enxuguei meu rosto com uma toalha e tomei a água do copo que eu segurava, eu não treinaria mais, afinal, não poderia me esgotar para o baile.

Eu ainda tinha três horas antes de começar a me aprontar.

Por isso voltei para o quarto.

O que eu vestiria? Não faço a mínima ideia, eu não tinha trazido minhas roupas e não tinha certeza se havia algo no guarda-roupa que eu pudesse vestir.

Para a minha infelicidade, Aleksander estava parado na sacada do quarto quando entrei.

Novamente eu o ignorei, precisava de um banho para tirar esse suor de mim.

Me olhei no espelho, eu estava horrível, meu rabo de cavalo estava desengonçado e fios de cabelo estavam colados em minha testa.

Aleksander se virou assim que me sentiu no quarto, mas eu não o olhei.

O vi se aproximar assim que abri a porta do guarda roupa.

- Acho que não tem nada aí que possa usar no baile - ele diz quando para há um metro de mim.

O ignoro, esperando que ele desista.

- Vai me ignorar no nosso último dia juntos? - pergunta e me viro para ele.

- Não tem "nosso", você fica em um canto e eu em outro - digo seca.

- Acha mesmo que vai conseguir ficar um dia sem ouvir minha voz? - ele estava sendo sarcástico.

- Acho que consigo sobreviver - ele entendeu a ironia em meu tom de voz.

- Não dou um mês para você enlouquecer e voltar para mim - o sorrisinho em seu rosto me irrita, mas a raiva é pelo frio que sinto em meu estômago.

- Você jura que alguém se importa com você não é? - digo, ficando cara a cara com ele.

O macho arqueia uma sobrancelha com a proximidade, seus olhos lentamente descendo para a minha boca por um segundo antes de seus olhos se fixarem nos meus novamente.

- Os outros eu não sei, mas você certamente se importa nem que seja um pouco comigo - Diz avançando um passo, fazendo com que eu me afaste um passo dele.

- Do que está falando, enlouqueceu? - digo franzindo o cenho.

- Ah Amélia, acha mesmo que eu não a observo? Você jantou comigo naquela noite por uma razão, você conversou comigo ontem por uma razão, quase deixou que eu a beijasse por uma razão - A cada palavra ele avança lentamente, fazendo com que eu recue.

Em certo momento sinto o armário contras as minhas costas e olho para cima, para onde Aleksander me encara fixamente.

Ele está tão perto, que eu quase posso sentir seu corpo junto ao meu, minha respiração por algum motivo desconhecido se acelerou e meu coração passou a bater mais rapidamente.

Ele espalma ambas as mãos ao lado da minha cabeça, se inclinando até estar com o rosto a centímetros do meu.

- Se afaste - aviso, deixando que ele veja toda a raiva em meus olhos.

- Por que não faz isso? - Ele segura meu queixo, aproximando o rosto até que nossos narizes se toquem, a respiração dele também estava acelerada, mas Aleksander era bom em esconder isso.

O Vilão Where stories live. Discover now