Eu sempre fui uma pessoa totalmente contra a violência, mas quando percebi que esse desgraçado ia continuar insistindo em debochar da minha cara tive vontade de quebrar a sua cara em milhões de pedacinhos. Meu sangue estava fervendo dentro de mim, se meu olhar matasse esse homem cairia morto neste chão agora neste exato segundo. Em um momento de fúria, eu olhei para o lado e percebi uma vassoura no canto da porta, não pensei duas vezes, peguei ela e avancei em cima do tal Kim Seokjin.
- Se você não vai embora por bem, vai ter que ir por mal - comecei a dar vassouradas nele.
O seu cabelo todo pomposo que parecia ter sido milimetricamente moldado por gel, foi o meu primeiro alvo, em minutos ele logo se desfez e se transformou em um ninho de passarinhos.
Ele tentou se proteger com sua maleta e foi descendo os degraus da entrada da minha casa resmungando.
- Calma Jimin, calma! Não culpe o mensageiro pelo conteúdo da mensagem. - gritou - Eu sou apenas o mensageiro - completou, entrando em seu carro chique.
Eu só parei com as vassouradas quando ele fechou a porta do carro e cantou os pneus.
- E não volte aqui nunca mais, se não vai ser pior - gritei e apontei o dedo do meio pra ele enquanto o carro sumia no horizonte.
Passados alguns segundos, assim que o meu sangue abaixou, eu finalmente caí em mim, e percebi que eu estava no meio da rua, todo descabelado, parecendo um mendigo, com uma vassoura na mão e com diversos vizinhos ao meu redor me encarando e cochichando um com os outros.
Do nada, eu comecei a rir de toda essa situação, eu ri como as mulheres que foram queimadas na fogueira riam antigamente.
- O que é? Nunca me viram não? O show já acabou, podem voltar a cuidar de suas vidas - disse, e em seguida parti para dentro do meu inferno pessoal.
🌺🌺🌺
- Jimin, Jimin, Jimin - o estardalhaço feito em minha porta me fez acordar.
Pela voz logo reconheci, é Choi Minji. Ela veio fazer a habitual vistoria e confirmar se ainda continuo respirando.
Demorei alguns segundos para abrir os olhos e me acostumar com a luminosidade que vinha das pequenas frestas da janela. Levantei do sofá meio zonzo e com uma puta dor de cabeça. Me levantei do sofá dei dois passos e sem ver acabei tropeçando e chutando a garrafa de bebida vazia, ela instantaneamente voou e se estilhaçou na parede.
- Droga - murmurei para mim mesmo, tomando todo cuidado do mundo para não pisar em nenhum caco de vidro - Eu ainda tive coragem de beber o resto desta merda?
Desacreditado, e com um gosto horrível de papelão na boca eu parti até a porta e a abri, meia sola como sempre, antes que Choi Minji a derrube. A luz do sol que invadiu a minha casa ardeu os meus olhos e eu tive que tapá-los com uma das minhas mãos. Esse momento de distração foi o suficiente para fazer Choi Minji empurrar a porta e entrar com tudo em minha casa sem o meu consentimento.
Merda.
- Não adianta, não adianta inventar desculpas - sua fala foi morrendo no decorrer que ela foi entrando na casa, e se deparando com o estado dela - Meu Deus Jimin, minha virgem santíssima, o que aconteceu com essa casa? Parece que um vendaval passou por aqui - ela colocou suas mãos na cintura e me encarou com um olhar repreensivo.
Eu dei de ombros e caminhei até o sofá, limpando uma parte dele e me sentando em seguida.
Abracei os meus joelhos e encarei o nada.
- Esse vendaval se chama vida Choi - murmurei, distante - e ele aconteceu em minha casa.
Choi Minji foi até a janela e a abriu fazendo uma claridade iluminar toda a minha escuridão. Por alguns segundos compreendi toda a angústia que papai sentia toda vez que eu insistia em abrir as suas janelas.
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Arrebata-me se for capaz || Jikook
RomancePark Jimin é um jovem inocente e batalhador que trabalha em uma floricultura. Após a morte do homem que ele sempre acreditou ser seu pai, sua vida vira de cabeça para baixo. Park descobre sua verdadeira família e herda uma herança milionária, para o...
{3} Your real father
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