Capítulo 17 : Catástrofes vem sem aviso

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Tenha um boa leitura 🫰🏻

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Foram muitas às vezes que Rosé sentiu o que era amor, o casamento com Misuk, o nascimento da filha delas. Mas, em algum momento, parecia que o amor havia a abandonado.

Mesmo após a morte da filha, Park e a ex-esposa passaram alguns meses tentando se tolerar, se confortar, quando, na verdade cada uma chorava em um cômodo diferente do apartamento. Arrastando algo que já estava acabado, em uma encenação magnífica como se o casamento delas pudesse ser salvo.

Até que a cirurgiã, finalmente tinha se tocado que não amava mais Misuk, para ruiva foi difícil, pois a estava abandonando no momento mais complicado da vida delas, em um momento que não conseguiram superar.

Depois das ocasiões catastróficas da vida de Rosé, ela passou a ter medo de amar, porque a mulher, associava esse sentimento a perda.

Mas, chegou uma mulher na vida dela determinada a fazer apaixonar-se novamente. Foi como se o peito da doutora esvaziasse, porque antes ele estava inchado, com ar, gás e qualquer outra coisa que não importava antes.

Park, ao lado de Jennie se sentia aliviada, até respirava melhor e o peito relaxava. Deixava de sentir os espaços comprimidos por uma angústia exagerada, de quem esperava apenas o fim da vida.

Porém, como poderia ficar ao lado de alguém que é incerto? Como seria esta ao lado de Jennie em um segundo e no outro ela está tendo uma parada cardíaca? E se a cirurgia não desse certo? Eram muitas incertezas, e Rosé não queria correr riscos.

— Rosé? — Ao se virar, a doutora Park, avista a enfermeira loira, de pé e aparentemente bem.

— Seoyun? O que faz aqui? Vai voltar a trabalhar?

— Na verdade, não — Seoyun, negou com a cabeça e deu um meio sorriso. — Vim me despedir, tô indo embora pra Busan, vou morar com a minha mãe.

— Ah, que bom... então... — Rosé, brincava com os dedos, não sabia o que dizer e muito menos como se despedir. No entanto, um abraço inesperado veio. Seoyun, puxou a cirurgiã pelo jaleco, e contornou o corpo da ruiva com os braços, que foi rápido, porém significativo.

— Tchau, Rosé. Se cuida, e por favor seja feliz — A mulher ficou observando a enfermeira até ela cruzar o último quarteirão e sumir de vista.

— Doutora Park, vamos precisar fazer um TAVI (Implante Transcateter de Válvula Aórtica). Vamos preparar a sala de cirurgia — Hayun, avisou a cirurgiã, assim que ela colocou o pé no hospital.

Pensou em seguir o rapaz, mas uma ideia a veio a cabeça, e imediatamente ela pegou o celular.

— Doutora Kim? Vem para o hospital, você tem uma cirurgia a fazer.

※  ※  ※

Ao Jennie chegar no centro médico, Rosé, teve a sensação que a cabeça fosse explodir a qualquer momento, o estômago fosse vacilar e a fazer correr para o banheiro, não conseguiu focar em nada, Kim vinha em sua direção como um borrão.

E qual era o problema da cirurgiã? Não poderia ao menos pedir desculpas? O ego dela era demais para aquilo.

Enquanto isso, naquela noite que transaram, Jennie queria que Rosé tivesse a pedido para ficar, queria que depois, pelo menos Park, a mandasse:
"Oi" e nem precisava perguntar como ela estava.

Queria que ela tivesse aceitado sua proposta, que tivesse a perguntado das coisas que gostava, ela desejava Rosé todos os dias, desde do dia que a conheceu, e esperava que a ruiva notasse algo de interessante nela, algo que a fixasse nos pensamentos da cirurgiã, mas visivelmente, Jennie e nada, surtíam o mesmo efeito nos desejos da mulher.

— Boa noite, Doutora Park — Legal! Rosé, nem conseguia a encarar.

— Podemos ir ao que interessa? — Park, falou de um jeito ríspido. Tentaria de todos os jeitos, manter, Jennie, longe.

— Sim... — A voz de Kim falhou, mas era os olhos marejados que ela tentava segurar.

— Ótimo.

O caminho até a sala de cirurgia foi silencioso, todos da equipe haviam notado aquela tensão, Hayun, quando percebeu uma brecha, tentou descontrair o clima, mas as duas mulheres continuaram sérias, e o resto da equipe negou com a cabeça para que o rapaz não repetisse aquilo novamente.

— Antes de darmos início, queria dizer que quem irá assumir a cirurgia de hoje... — Rosé, olhou para Kim. — Será a Doutora Kim. Então por favor, não me decepcione, é a sua chance. — Jennie, assentiu, com ódio.

Quem Rosé, achava que era para tratá-la daquela maneira? A usar e descartar sem mais nem menos, como se fosse um sapato velho que após desgastado não tinha mais serventia.

— Eu vou apenas observar, Doutora Kim — Jennie sabia, que pelo tom de voz da cirurgiã, ela estava esperando apenas um deslize dela, para deixar para trás da equipe, como antes.

— O que o paciente tem, Doutora Park?

— Válvula cardíaca. Sabe fazer esse tipo de operação, não sabe?

— Sei muito bem — Jennie, disse com convicção, embora sua mão parecia vacilar às vezes. — Por favor, apliquem anestesia — O anestesista atendeu ao pedido da mulher. — Preciso do bisturi.

A mão da Doutora Kim, treme um pouco, talvez porque essa seja sua primeira cirurgia, antes ela era somente residente e observava. A musculatura de Kim, estava enrijecida e todos da equipe a olhavam esperando que começasse.

Até que Jennie, ameaça a fazer o corte no bisturi, mas, vem atona todas as suas inseguranças. Que irônico ela querer salvar uma vida, sendo que tirou a da irmã e dos pais delas, quem garante que a pessoa deitada naquela maca, também não morreria com Kim, no comando?

Vinham vozes intensas e perversas que ela não consegui silenciar, então, a doutora Kim, entregou o bisturi na mão da doutora Park, e saiu correndo para fora da sala de cirurgia.

Rosé, queria ir atrás de Jennie, que saiu tão amedrontada e desesperada, mas agora a vida do paciente, estava nas mãos da cirurgiã, e ela retornou de onde Kim, havia nem ao menos começado.

Fazendo, uma incisão no peito direito  do paciente para acessar o coração, e chegar até a válvula de substituição. Após, passar o bisturi nas camadas que precisava, chegou a válvula mitral e substituí a válvula cardíaca danificada por próteses artificiais.

A cirurgia correu bem, durando cerca de três horas. Horas aquelas que foram torturantes sem saber como Jennie, estava.

Assim que saiu da sala de cirurgia, Rosé tirou a roupa privativa, lavou as mãos, vestiu o jaleco e colocou o estetoscópio no pescoço, rumo a encontrar a doutora Kim, o que não precisou de muitos esforços, já que, Jennie, estava encolhida no chão, com a cabeça apoiada nos joelhos.

— Jennie, você tá...

— Fracassei ok? Vou me contentar em ficar pra trás da equipe — Rosé, soltou um estalo com a boca. Então fez algo que surpreendeu, Jennie.

Sentou ao lado de Kim no chão.

— Se eu não tivesse naquela sala, você teria deixado aquele paciente morrer

— Eu sei — Jennie, respondeu cabisbaixa.

— Então, eu peço pra não deixar os problemas pessoais te afetar.

— Fica difícil, quando fui eu que causei a morte dos meus pais e da minha irmã mais velha. — Kim, olhou para, Rosé, que encontrava-se sem esboçar uma reação.

Coração Batendo - ChaennieWhere stories live. Discover now