Capítulo 10 : Tudo nela me irrita

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Os olhos de Rosé, ainda recaíam sob Jennie, e as mãos da doutora Kim rodeavam em torno da cintura da cirugiã, pressionando o corpo da ruiva ao balcão.

Park, suspirou pesadamente, alargando as narinas, e de maneira delicada, tirou os braços de Jennie envolta do torso dela, largando-os ao ar.

— Como entrou aqui? — Park, trincou o maxilar, cruzando os braços. Jennie, sorriu de canto e quando estava prestes a revelar, Rosé, levantou a palma da mão ao alto para que não continuasse. — Foi, Lisa, não foi? — A ruiva soltou uma risada nasal quando Jennie não a respondeu, confirmando a hipótese da outra mulher.

Porém, ainda existia uma dúvida, Jennie não sabia onde Rosé morava, Lisa apenas a deu a chave ou a localização do apartamento da cirurgiã também?

— E como sabia que eu morava aqui? Lisa, te contou? — A expressão da doutora Kim havia mudado, ela tinha um daquele sorriso presunçoso, escondido entre os lábios que era quase invisível, mas, Park, conseguia enxergar.

— Não, isso eu mesma sei, vizinha — Jennie, sorriu, deveria estar achando engraçado o semblante de confusão de Rosé, com as sobrancelhas erguidas e os lábios entre-abertos.

Então, Jennie, e provavelmente a irmã dela, Jisoo, moravam no apartamento ao lado. Como a cirurgiã nunca tinha a visto antes? Talvez porque o horário de trabalho de Jennie, acabe mais cedo que o da doutora Park, e quando volta para casa está cansada demais para prestar atenção ao redor.

Ainda mais na Doutora Kim, sendo uma insignificante para ela.

— Ah, é melhor, vi a comida, espero que goste de Tteokbokki — Antes que a ruiva pudesse contrariar, Jennie entrou na cozinha como se já estivesse familiarizada com o ambiente.

Rosé, queria mandá-lá embora, porém, faria isso após tomar um bom banho quente.

A cirurgiã voltou para a sala de estar secando os cabelos com uma toalha, enquanto calçava chinelos que arrastavam pelo piso de madeira. Desistiu de mandar Jennie embora assim que o cheiro de molho picante pairou sobre o ar, talvez ela pudesse expulsá-lá após comer.

Mais a frente, Kim colocava a comida na mesa, e assim que me viu, tratou de servir-me um prato, cuja aparência estava convidativa.

— Sente aqui, Doutora Park — Jennie, afastou a cadeira e passou a mão sobre o estofado, colocando o prato da cirurgiã na direção em que sentou. A mulher poderia agradecer, mas não pediu por isso, no entanto, começou a comer sem esperar Kim. — A garotinha da foto, é você pequena?

Jennie, direcionou a cabeça para o porta retrato de vidro no cômodo perto a porta, cuja garotinha na foto, tinha os cabelos escuros e um sorriso que puxou de Misuk.

Fazia anos que Rosé não tocava nesse assunto com ninguém, exceto com, Lisa.

— Não — Park, dá uma pausa, enquanto ergue a colher e cerra o pulso batendo na mesa. — Por favor, só coma logo e vá embora — Exclama, e percebe a Doutora Kim encolher-se na cadeira, porém ela logo levanta o queixo e deixa as costas eretas.

— Se colaborasse, talvez eu poderia ir — Diz, e dá de ombro, mostrando desinteresse.

— Então diga logo o que quer — A ruiva aumenta o tom de voz que até mesmo Hank ficou coagido e se encolheu embaixo da cadeira da Doutora Kim.

— Você sabe o que eu quero — Sorriu maliciosamente, e esticou a perna na direção de Rosé, fazendo seu sapato esfregar na coxa da doutora.

Jennie, estava tentando a seduzir!

— Para de brincadeiras, Jennie —A frase de Park mais saiu como um gemido arrastado e reprovou.

— Tá bom — Jennie, se deu por vencida e voltou a posição que estavam antes. E Rosé, conseguiu suspirar aliviada. — O que eu quero, você já sabe, me opera Doutora Park ou vou fazer você se apaixonar por mim.

Apaixonar-se é nutrir sentimento intenso por alguém, e nessa vida a cirurgiã só amou verdadeiramente três pessoas, alguém que ela não gosta de lembrar, Misuk e a filha.

Doutora Park, nunca se sentiu livre emocionante para se envolver com outras mulheres, então as que ela se envolvia era apenas algo casual.

Jennie, acertou em dois pontos fracos da cirurgiã, depois de um fato traumático que aconteceu na vida dela, jamais, operou alguém de insuficiência cardíaca.

— Você não pode fazer eu me apaixonar por você, iria contra as éticas do hospital — Rosé, falou, como se as seguisse.

— Então isso só te deixa com uma opção

— Não vou te operar — A doutora novamente nega, e dessa vez leva uma boa quantidade de Tteokbokki a boca, para que não tivesse como responder mais a Jennie.

Kim, achava que aos poucos começaria a se cansar de Park, não dá o braço a torcer, mas isso só dava mais combustível para que Jennie, seguisse em frente. Por que ela queria ser operada por uma doutora arrogante e até então desconhecida? Bom… nem mesmo isso ela sabia.

Apenas acreditava no potencial de Rosé, e de alguma forma, se sentiria segura ao ser operada pela cirurgiã.

Park e Kim, comeram em silêncio, apenas com algumas trocas de olhares, em que da parte de Rosé era de desdém.

Em outra ocasião em que Jennie não fosse insuportável, a cirurgiã até elogiaria seu prato e a diria que estava apetitoso, mas engoliu isso a seco com a comida, e tomou um pouco do soju para que ajuda na digestão.

A doutora Kim, por outro lado, virou cinco copos de soju um após o outro. Rosé, observou aquela cena sabendo que deveria intervir, caso contrário ela sairia de seu apartamento cambaleando e teria que ajudá-la, coisa que a ruiva não queria.

— Já chega — Tomou o copo de maneira hostil da mão de, Jennie, que já estava um pouco alterada. — É melhor você ir.

Jennie, bem que tentou levantar, mas perdeu o equilíbrio tendo sido segurada pelos braços firmes de Rosé.

— Vou te levar para o seu apartamento

— Espera… — Kim, segurou na camiseta de Park, que a encarou. — Posso dormir aqui? Jisoo, não tá em casa — Perguntou, se embolando entre as frases. A cirurgiã ficou estática, parecendo refletir por alguns segundos.

Afinal de contas, a doutora Kim agora estava vulnerável.

— Tá bem — Vendo as condições que, Jennie, se encontrava, a ruiva pegou a mulher no colo, que não deixou de passar a mão por sua barriga e logo após segurar em seu pescoço.

— Que braços firmes, é bom saber que é alguém assim que vai me segurar enquanto transamos — Park, negou com a cabeça, não ligando, pois o álcool já estava fazendo efeito.

— Não vamos transar — A cirurgiã cardíaca, então, ficou inexpressiva, caminhando em silêncio e colocando, Jennie em sua cama, já que a doutora dormiria no sofá.

Tirou os sapatos de Kim, e ajeitou sua cabeça no travesseiro, a cobrindo com um cobertor. Porém, antes de cruzar a porta, Jennie a chamou.

— Park?

— Sim, Kim? — De repente, a doutora Kim cruzou seu polegar com o indicador, fazendo um coração coreano em que simbolizava quando uma pessoa gostava de outra.

Rosé, apenas irrelevou, porque Jennie logo apagou, e ainda não era tempo suficiente para Kim gostar dela, ou era?




Hey, Darling's aproveitando que terminou o capítulo, já corre para dá views na música Solo da Jennie, vamos fazer ela chegar a 1 bilhão.

E apartamento 404? Já assistiram? Nossa Nini estava muito fofa, não?

Coração Batendo - ChaennieWhere stories live. Discover now