— Definitivamente não dá pra trabalhar com ela — Rosé, bate a porta atrás dela, quase que arrancando a maçaneta.
Lisa, que até então estava de costas, se assusta, dando um pequeno salto da cadeira, ela coloca a mão no coração como uma medida de acalmá-lo.
— Ela me irrita de uma maneira… — Park, puxa a cadeira a frente, tirando o jaleco e cruzando as pernas, deixando-as penduradas pelo ar.
A cirurgiã sempre foi boa o suficiente para trabalhar sozinha, ela ordena, e as pessoas obedecem, simples assim, sem precisar que entrem no território dela para assumir o controle, porque a doutora assume as rédeas do cavalo.
— E ela ainda persiste nessa maldita coisa de eu a operar, você não pode simplesmente mandar ela embora? — A doutora Park, implorou, mesmo sabendo que Lisa não mandaria uma profissional tão qualificada quanto Jennie para o olho da rua.
As rodinhas da cadeira da diretora se arrastaram pelo piso de madeira falso, causando um incômodo ensurdecedor aos ouvidos de Rosé.
Lisa apoia seus braços sobre a frágil mesa, entrelaçando os dedos, se concentrando apenas na ruiva.
As sobrancelhas da morena estão baixas e em nos lábios dela não tem nenhum resquício de um sorrisinho de lado, pelo contrário, estavam em linhas retas.
— Sabe o que eu acho? Que ela tá te levando ao seu limite. Droga, por que você não aceita logo o que ela te pediu? Sei o que aconteceu da última vez e seu afastamento, mas agora você tá bem — Emitiu, Lisa, manejando suavemente com a cabeça.
— Eu não consigo
— Então, se eu fosse você, pegava seu carro e iria pra casa agora — Lisa sugere, sorrindo como se estivesse planejando algo e escondendo as mãos fora do campo de visão da Park.
— Por quê? O que me espera em casa?
— Não sei — Deu de ombros, fingindo passar o olhar sobre alguns prontuários, percebendo que, Rosé, levantaria da cadeira tão cedo, gesticulou com as mãos para que eu saísse da sua sala, e nesse meio ato, a cirurgiã acabou esbarrando com Seoyun no corredor.
— Doutora Park, tá livre agora? — O tom de voz da loira era malicioso, enquanto umedecia os lábios, vagando com as mãos por cima do corpo esbelto de Rosé, que esboçou uma reação, embora isso, precisava conferir o que "havia" na casa dela.
— Agora não dá, Seoyun — Tirou Impetuosamente as mãos da mulher de cima dela, que nem percebeu haver sido grosseira, a cirurgiã cardíaca levou o jaleco ao alto, junto ao estetoscópio, removendo do corpo à medida que descia as escadas, se embolando nos próprios passos.
Passou pelo estacionamento, e logo um vento gelado a pegou descuidada, elaborando pequenos arrepiou pela extensão do braço.
Park, entrou no carro diligentemente, jogando o jaleco e o estetoscópio no banco do passageiro, amparando um casaco de lã preto que colocou por cima dos ombros.
Acelerou pela pista, mesmo sabendo que pela velocidade o carro tinha grandes chances de ficar encurralado na grande quantidade de neve, porém não aconteceu, e assim que chegou a ponte, tomou a iniciativa para apressurar o automóvel, que mais coincidia com um carro de corrida.
A doutora tomou o cuidado de pisar no freio quando inúmeras pessoas passavam frente, com imensas sacolas de lojas ainda abertas naquele horário da noite.
Já no estacionamento desligou o carro, que mantinha o motor quente pelo alto nível de aceleração, pegou o elevador subindo até o andar que moravam, foram instantes torturantes dentro daquele aço de inox.
Quando as portas se abriram, encontrou o carpete escrito: Hwan-yeong (Bem-vindo em Coreano), na porta do apartamento.
Ainda do lado de fora, abaixou-se tirando os sapatos que faziam os pés de Rosé ficarem doloridos, colocou a mão na maçaneta, e estranhou o fato da porta está aberta e Hank não está lá para recebê-lá. Geralmente o cãozinho sempre vem com o rabo abanando.
Preocupada, Park, entrou mais pelo cômodo, percebendo luzes acesas na parte da sala e cozinha, um assobio baixo, chegou até a audição dela, guiando a mulher em um caminho já conhecido por ela.
Surgindo na cozinha, notou uma figura de costas, vestida em um conjunto de blusa azul curta, e um casaco azul bebê xadrez, e ainda nos cabelos escuros continha um arquinho azul.
Fazia-se movimento vai e vem conforme mexia algo na panela ao fogo, observando a sala de jantar, a mesa estava posta, com uma toalha vermelha cobrindo a mesa rústica, e não acabava por aí, tinha também velas expostas, esperando para ser acesas.
Quando se virou, o olhar de Rosé passou pelo o da mulher, e Park, arregalou os olhos, levantando as sobrancelhas, a mulher em sua cozinha, por outro lado, soltou um suspiro e sorriu, satisfeita com a reação que causou na Doutora.
A cirurgiã, regrediu um passo a atrás, cogitando a ideia de sair pela porta que entrou, ou até mesmo expulsá-la.
Não foi tempo suficiente para pensar em um bom plano, a figura feminina já estava próxima à ruiva, encurralando-a no balcão de mármore.
— Não tenta me afastar, que vou dá um jeito de me aproximar.
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Coração Batendo - Chaennie
FanfictionJennie dá entrada no hospital com insuficiência cardíaca, sendo assim a paciente de uma chefe cirugiã. Após ter alta, Jennie volta ao hospital como parte da equipe de Chaeyoung. Jennie, quer que a cirurgiã cardíaca a opere, mas essa missão torna-se...