- Enfaixe as mãos - Ele diz, tão sério quanto eu.

Puxo minha mão da sua sem delicadeza e com raiva empurro seu peito mas ele não se move.
- Qual o seu problema? - Rosno.

Ele franze o cenho, irritado.
- Meu problema é a sua teimosia.

- Eu não obedeço você - rebato.

- Não é obediência, é sensatez, seus punhos ficarão cortados - ele diz, inclinando o rosto, estávamos cara a cara.

- E o que isso tem a ver com você!?

Ele estreita os olhos, mas não responde a minha pergunta.

- Estar com raiva de mim é uma escolha sua, mas isso não te dá o direito de ser imprudente - Ele diz.

- Fique.longe.de.mim - Rosno, sentindo sua respiração pesada contra meu rosto.

Vejo algo brilhar nos olhos dele, mas não presto atenção.

- Se quer machucar algo, machuque a mim - Ele desafia.

- Você não faz ideia do quanto eu quero isso - Digo.

- Então faça - Ele diz, os olhos brilhando em desafio.

Minha respiração estava acelerada e eu senti muita vontade de socar a cara dele.

Ele sorri de lado, um sorriso de escárnio, estava zombando de mim.

Eu iria recuar, sabia que não poderia vencer ele, mas então flashes vieram em minha mente.

Flashes dele jogando toda a minha família para longe com um movimento de mão.

Dele machucando tia Elain.

Vi Aleksander ameaçando minha família, minha cidade, meu povo.

Vi ele rasgando a asa de tio Cassian, atravessando a lâmina em sua barriga.

Então, com uma força que eu jamais imaginei que teria eu o soquei, como na noite passada.

Meu punho atingiu seu rosto e ele cambaleou para trás, seu rosto se transformando em um misto de dor e satisfação.

Aleksander não fez nada para desviar ou impedir o golpe, mesmo eu sabendo que ele poderia.

Aquilo me irritou ainda mais, então eu o soquei novamente.

Aleksander deu um passo para trás, mas não reagiu, ele cuspiu sangue no chão, e sorriu.

Rosnei, avançando, chutei suas costelas e soquei seu rosto, ele continuou recuando.

- Reaja! - Eu grito, continuando a socar seu rosto e chutar ele, mas Aleksander não fazia nada além de sorrir.

O derrubei com uma rasteira e o montei.

Soquei seu rosto uma vez, depois outra e outra, mas ele não reagiu.

Franzi o cenho, confusa.

- Por que não está me atacando? - Perguntei com raiva, me inclinando em sua direção, aproximando meu rosto do seu.

Ele estava com um corte na boca e seu supercílio sangrava.

- Você está com raiva - Ele diz.

- Por que não está reagindo? - Pergunto, dessa vez eu transparecia confusão.

Ele era o caldeirão.

Tinha uma força e poder incomum.

Ele quase matou tio Cassian por ofender ele, então por que  me deixava bater nele?

O Vilão Where stories live. Discover now