Vendetta

XLVII

20 dias depois

Francesca havia sido contratada para cuidar de Luna, Gregório achou bom que sua esposa grávida tivesse alguém para cuidar de sua segurança pessoal, e sendo uma mulher seria mais confortável para Luna.

- Não precisa se preocupar Francesca, esse fim de semana você estará de folga

- seu marido já sabe disso ?

- claro que sim - Luna sorriu - ele próprio disse para a deixar descansar um pouco, pode ir tranquila para sua casa.

Luna se direcionou ao próprio quarto para um  banho tranquilo e demorado.

Ao terminar, caminhou pelo ambiente  ajeitando as coisas que ficaram fora do lugar,   após o banho de Gregório.

Ela estava cansada, mas não iria demostrar. Seu marido ja estava bem melhor mas ainda  precisava de cuidados e atenção e no fundo ela  se sentia culpada pelo estado em que ele estava.

Enquanto deslizava o hidratante em sua pele, ela  o observa deitado assistindo um filme de ação, era a única forma que ele estava encontrando de se divertir ultimamente.

Se aproxima da cama como quem não quer nada
- sua pele está ressecada - Luna desliza dois dedos pelo braço do marido sentindo a textura - vamos passar  um hidratante ?

Gregório sorri com a frase inesperada e observa Luna com sua camisola curta que cobria parcialmente suas pernas arredondadas.
O tamanho da barriga já conseguia encurtar ainda mais o tecido delicado

Ela era linda, bela como uma flor rara. E a gravidez havia dado a ela uma luz a mais 

- acho melhor usarmos o óleo de uva, vai te hidratar melhor - ela diz analisando a pele,  vai te o armário e volta segundos depois com o frasco em mãos, se apoia no colchão e sobe na cama se sentando ao lado dele

Gregório mantém o olhar sobre ela ainda admirando a beleza da mulher que era sua

Ela abaixa o edredom que o cobria e  derrama o óleo nas mãos, ele sente o perfume do líquido se espalhando pelo ambiente

- se tudo der errado, ao menos ficarei cheiroso - ele sorri

Luna começa  massageando as pernas  espalhando o óleo por toda a pele, sobe para o abdômen e continua o serviço com devida atenção

Ela passa os dedos devagar em volta da cicatriz, a marca do tiro que por pouco não tirou a vida de Gregorio

- Me perdoe por isto - ela o olha com ternura

- Eu não sei porque você insiste em se culpar,- Gregório acaricia a face delicada

Ela sobe para o pescoço deslizando os dedos lentamente do peitoral até a garganta do marido

Gregório envolve as mãos nos cabelos dela e a traz mais para perto

- você ainda sente desejo por mim ? - ele  volta a acariciar o rosto com delicadeza e a olho nos olhos

- Gregório não é o momento de falarmos sobre ...

- apenas me responda-  ele mantém o olhar devorador - você tem me visto assim frágil e debilitado, quase que inofensivo, talvez não sinta mais tesão em mim - ele a segura o rosto e aproxima os lábios dos dela

Luna se deixa beijar, sua pele se arrepia com o contato físico inesperado

Aah se Gregório soubesse o quão forte era a presença dele sobre ela

Ele intensifica o beijo e a morde o lábio inferior

- você não me respondeu, ainda sente desejo por mim ? - ele a segura o rosto a obrigando manter o olhar fixo em sua direção

- Sim, eu sinto, sinto muito desejo por você  - ela sussurra contra o ouvido do marido -

Gregorio segura firme em sua coxa deslizando a mão até o bumbum e o apertando

- você ainda pode ? - ele olha para a barriga da esposa

- sim, quem não pode  por enquanto é você que precisa repousar  - ela se afasta arrumando a camisola

-  Você vai  me evitar até quando ? - ele a olha desapontado - Serei  tratado como um inválido, que não pode foder a própria mulher para sempre ? - ele abaixa o olhar

- Primeiramente - Luna se aproxima dele - não sou sua mulher, sou sua esposa. São coisas diferentes. - ela o beija  o queixo e o acaricia os cabelos

- Uma das suas funções de esposa é ser minha mulher - ele a segura pela cintura e a puxa para perto - por favor não me negue o teu corpo - ele a beija o pescoço descendo lentamente pela pele dela

Eles se beijam um beijo intenso e duradouro, Gregório aperta o corpo com mais veemência

- Eu te quero muito - ele a olha nos olhos

- Eu também te quero muito, mas não podemos e você sabe - Luna o afasta com cuidado

- tudo bem, e quando poderemos? - ele tenta a trazer de volta

- quando o médico o liberar meu querido marido. - Luna o beija a testa e caminha para o closet - Além do mais,  tenho uma consulta marcada para daqui a pouco - ela diz um pouco ansiosa

- Irei com você a essa consulta - Gregório queria saber do filho

- bom, até então você não saiu de casa, será que pode ir ? - Ela ficou pensativa, mas conhecia o marido e sabia que nada o impediria de a acompanhar.

- É um meninão muito grande ! - a Dra exclamou - já tem um nome ?

- Ainda não - Luna disse pensativa

- bom, melhor já irem pensando sobre isso, não  falta muito para serem agraciados com a presença dele

- Vamos decidir isso hoje não  é querida ? - Gregório sorriu ao pensar no pequeno filho entre eles.

- Então podemos  ouvir o coraçãozinho agora ?

- Sim, por favor ! - Luna exclama

Ela  deixou algumas lágrimas caírem ao ouvir aquele som

Gregório apertou a mão da esposa emocionado,

- Eu não posso acreditar que estou vivendo isso - Luna chora e sorri ao mesmo tempo,

Gregório a beija a testa e fecha os olhos para absorver melhor o som que o coração do filho emanava.

Ao fim da consulta, Said esperava ao lado de fora para os acompanhar até o carro.

- Senhor, precisa de ajuda ?

- pare de me tratar como um inválido Said! - Gregório pragueja-

- calma querido, ele só quis ser gentil - Luna o adverte

- Você quer passar em algum loja, faz tempo que não sai de casa - Gregório a olha de forma interrogativa

- acho melhor outro dia, você ainda não está totalmente recuperado, melhor não demorarmos tanto

- vamos, eu queria que você usasse algo especial para mim hoje a noite - ele sussurra contra o ouvido dela

Luna sente a face corar

- Querido é melhor..

- nós vamos! - Gregório toca os lábios nos dela a impedindo de dizer algo contrário ao que ele sugeriu.