XXXV

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Quatro dias depois ..

Akim estava deitado no tapete felpudo da copa e admirando sua dona que tricotava um suéter vermelho.

- Ainda não sabemos se será um menino ou uma menina então vamos fazer tudo unissex Akim- ela concluiu a frase e acariciou os pelos claros de Akim

Se concentrou no que fazia até ouvir a campainha tocando, com certeza seria Salomé ninguém mais a visitava.

Luna abriu a porta e havia uma caixa preta com cartão que levava os seguintes dizeres

" Para a futura mamãe mais linda de Dublin"

Ela olhou para os lados mas não viu ninguém, fechou a porta para cessar aquela sensação de frio intenso e caminhou pelo apartamento.

Abriu a caixa e se sentou, havia um sapatinho branco acompanhado de um bilhete

" Seu bebê precisará deles, para aprender a caminhar sozinho, já que você não estará mais aqui quando este momento chegar, aproveite seus últimos meses na terra"

Luna sentiu o medo que nunca havia sentido antes, uma sensação de impotência a percorreu todo o corpo e ela percebeu que não conseguiria reagir  sozinha.
Mesmo sentada sentiu as pernas tremendo,
ela precisava de ajuda, não por ela própria mas pelo filho que carregava consigo.

Relutou em ligar para Gregorio mas o que mais poderia fazer ?
Deveria haver alguma forma de se proteger, mas nenhuma seria tão confiável quanto o marido

- alô - Gregorio diz ao atender o número desconhecido que insistia tanto em falar com ele

- Gregorio eu preciso de ajuda - Luna disse com a voz embargada pelo choro assim que ele atende

Ele reconhece a voz doce e assustada de sua esposa

- Luna onde você está? - ele se levanta da cadeira, sua voz é alta e potente

- Eu fugi, mas agora preciso que me busque aqui - ela faz uma pausa - com urgência!

- E porque raios fugiu ? - ele diz impaciente

- Eu tive medo de você - ela confessa

- Quando eu chegar ,  ai sim vai se precisar ter medo de mim, você vai se arrepender de ter me traído!

- Gregorio por favor me ouça, eu nunca trai você

- Me diga onde você está Luna, vou mandar alguém a trazer de volta viva ou talvez morta  - ele altera o tom de voz totalmente impaciente

Luna se arrepende de ter ligado, ele estava possuído pela raiva e não a deixaria explicar nada, mas talvez o filho amenizasse todo o ódio que ele sentia no momento

- Eu estou grávida Gregório - ela grita - ,  Grávida e sozinha em outro país e agora estou sendo ameaçada - ela deixou suas lágrimas caírem - Eu só preciso que você proteja o nosso filho, não é por mim é por ele ...

Ele sentiu um arrepio o percorrendo, ela realmente estava grávida.
Sua vida não seria mais a mesma após aquela notícia.
Todas as dúvidas caíram por terra os planos de Verônica haviam dado certo.

Gregório queria dizer várias coisas mas sua voz fica muda

- por favor Gregorio você pode me matar depois se assim quiser, mas me proteja até que seu filho esteja entre nós - Luna aperta o telefone e morde o lábio inferior esperando uma resposta

- Tem alguém te seguindo ? - ele finalmente consegue dizer alguma coisa

- Vieram na minha casa, entregaram uma caixa, estou com muito medo -

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