XXXVII

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Luna fechou os olhos e apoiou a cabeça no encosto do avião, lutou tanto para fugir para agora se entregar de mão beijada.
Este pensamento dominava sua mente desde que Gregório colocou os pés em seu esconderijo.

Queria ser livre, mas sabia que após a gravidez não seria fácil conseguir isto, seu filho carregava sobre ele a sombra da mafia.

- Estou com frio, pode me aquecer ? - ela olha para Gregório sentado a seu lado

- sente-se no meu colo - ele diz de maneira firme estendendo a mão para a ajudar

Luna coloca os pés na poltrona e se ajeita no colo de Gregório, que a massageia os ombros com certa tranquilidade

- Você já sabe o sexo do bebê ? - Ele direciona o olhar para a barriga dela

- não, ainda não quis saber

- porque não?

- me senti muito frágil na situação que estava e não queria que fosse uma menina, acho que ficaria muito chateada se fosse uma. ..

- mas porque ficaria chateada ? - ele fica intrigado

- mulheres sempre precisam de um homem Gregório, olha para mim. Se eu fosse um homem não estaria nesta situação que me encontro.

- Obviamente se você fosse um homem não estaria casada comigo - ele riu e a olho com ternura- você não foi preparada para a vida que está levando Luna. As mulheres que nascem na máfia são preparadas desde o Berço, por isto não se assustam tão fácil veja Domênica.

- Mas minha filha não nasceria dentro da máfia, ela nasceria e cresceria na Irlanda por isto seria tão acuada quanto eu.

- Você nunca iria me contar sobre o bebê? - Ele a olha com surpresa

- Se tudo desse certo não, seríamos eu e meu filho ou filha para sempre, felizes e viajantes.

- Luna você iria me esconder um filho ? - Gregorio questiona irritado - Eu não sou capaz de acreditar nisto, como ousa ?

- Eu não queria voltar Gregório, fiz isto por medo das ameças, sonhei com um lar tranquilo e seguro para o meu bebê. E você sabe que não será assim em sua casa.

- Eu não posso perder você de vista nunca mais? É isto ?

- Não, agora temo que algo aconteça ao bebê e só me sinto segura ao teu lado. - ela apoia a cabeça no ombro dele.

- Interessante, fugiu de mim para ficar segura e voltou para mim para ficar segura. - ele sorriu e fechou os olhos apoiando a cabeça na poltrona

Luna se manteve em silêncio, mas concordou em pensamento.
Ele parecia estar sempre certo sobre todo e qualquer assunto que dizia respeito aos dois, ao menos até o momento.

Verônica caminhou até a sala e acendeu as luzes, Domênica havia levado Fred para dormir a algum tempo e com certeza o garoto já estava em seu décimo sono.
Ele só veria a tia na manhã seguinte,

O carro preto adentra os portões da mansão, Gregório sai do veículo e abre a porta para Luna que o segue para dentro da casa.

- Tiveram uma boa viagem ? - Verônica diz assim que bate o olho no casal, ela estava sentada no sofá com sua xícara de chá preto.

- tranquila, mas estamos muito cansados para conversar sobre ela agora. - Gregorio bse adianta em responder

Ele conhecia a mãe e sabia que era uma armadilha para confrontar Luna

- Sua esposa não deve estar tão cansada, já faz tempo que ela tirou férias de nossa família, creio eu que para descansar um pouco. Será que teve tempo o suficiente para isto ? - Ela se levanta e caminha até Luna parando em frente a ela

VendettaWhere stories live. Discover now