C A P Í T U L O 03

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      Girando, girando e girando.

     Ou tentando.

      E fracassando.

Porra!

     O navegador avançou no timão para ajuda-lo. O leme não cedia aos movimentos. A corrente fazia força abaixo do navio, querendo manter o curso sem interrupções.

       Mais e mais próximo os rochedos ficavam. Agora podia-se ver um ou outro musgo verde escuro florescendo entre alguma cavidade delicada. Eles iriam colidir! Iriam afundar!

      Milhares de vidas seriam perdidas, incluído a dele.

      O timão iria quebrar! Mas o desespero falava mais alto, então continuaram a tentar fazer-lo girar, girar e girar. O capitão disparou as preças para o exterior e só teve alguns segundos para ficar ciente do perigo.

     O rochedo agora era tão grande e afiado que se assemelha a uma faca prestes a cortar um pedaço de queijo.

Ajuda!

     Como o imediato e o piloto, Alexandre se pendurou no timão.

     A corrente se afundou.

     E o navio colidiu.

     As laterais foram raspadas aos rochedos. Tudo balançou. Todos caíram como se estivessem diante de um terremoto. Dandara soltou mil palavrões quando bateu o nariz ao tentar sair dos aposentados privados do Capitão.

     E também o dedo mindinho.

     Mas o navio mudou seu curso. A corrente havia se tornado tão fraca que perceberam ter o controle do navio. O piloto teve que se apressar em endireitar o timão.

     Danificado. O leme está danificado… mas ainda funciona graças a Deus.

     O restante da frota se aproximou e mais rochedos surgiam da água à frente. Tantos que pareciam uma floresta espinhosa ou lanças amontoadas de um exército. Alguns tinham espaços para passar somente uma canoa.

     Nunca um navio.

     Eles se sentiram presos como um barco de papel num balde.

     Mais navios chegariam pelo mesmo caminho. Eles iriam se amontoar e encalhar. Ficariam presos sem a possibilidade de retornar para casa.

     Não!

     Isso, não!

     Eles teriam que sobreviver! Precisam.

— ICEM AS VELAS! — Gritou Alexandre. — Preparem-se para navegar!

     E assim fizeram.

— Você não está pensando em tentar passar por isso, não é? — O piloto questionou.

     Ele deveria confiar nas escolhas de seu superior, porém é sua vida que também está em jogo. Não tinha como sair! Não tinha como passar! Não tinha como voltar!

— Não — Alexandre respondeu com uma confiança quase arrogante. O piloto sentiu uma ligeira sensação de alívio. O capitão apontou para um ponto não muito precioso em meio aos rochedos. — Vamos para lá.

       O céu agora se encontrava em tons de cinza azulado, a água continuava a refletir a luz das duas luas e a Corrente-Ciclone brilhava debaixo formando sua própria rota para dentro do que parecia ser uma caverna obscura. Ela abria um caminho, embora bem escondido, largo o bastante para um navio negreiro passar.

ACASALAMENTO: Lua CheiaWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu