Dezessete Mil Sentidos para Park Jimin [jikook]

Extra ❁ Borboletas

Pra matar a saudade.

Espero que gostem do extra.

#BlueDay 💙

☾»❁«☽

☾ Quando você me toca, eu sinto borboletas. Eu vou te amar até o dia em que eu morrer. ☽

— "Butterflies", Tom Odell & AURORA

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— Jungkook, bebê, é a terceira vez que o despertador toca!

Às vezes, era inevitável não me lembrar da época em que eu era apenas um adolescente irresponsável e repetente na época da escola. Eu estava tão cansado de tudo, nada tinha importância para mim, então nem sempre eu tomava a iniciativa de me levantar para cumprir tarefas como ir para a escola, porque não via aquilo realmente como obrigação, não enxergava um futuro para mim. Os dias em que ia para a aula eram porque eu estava cansado de ficar em casa.

Isso até conhecer Park Jimin, é claro.

E, então, quando eu me lembrava que meu dia começava com um beijo dele e com a visão de seu resto tão próximo ao meu, além do fato de ele ser meu marido, eu me sentia mais disposto a começar o dia. Quando pensava em Chanmi, logo em seguida, um sorriso surgia em meu rosto no mesmo instante, mesmo nos dias em que acordava depois de uma noite mal dormida.

Por isso, eu esfreguei os olhos enquanto bocejava e me espreguicei, me forçando a sentar-me sobre a cama para tentar colocar meus pensamentos em ordem e me preparar para mais um dia normal.

Eu adorava nossos dias normais.

E era sexta-feira.

— Bom dia, anjo — eu resmunguei, ainda sonolento, quando vi Jimin saindo do banheiro.

— Bom dia, Kookie — ele respondeu, se aproximando para beijar minha testa. — A Channie já está acordada, eu deixei ela com a Simba no tapete da sala, já liguei a máquina de café e estou descendo para preparar algumas torradas.

— Eu já vou levantar...

— É bom que levante mesmo, porque estamos quase atrasados para deixar a Chanmi na escola e abrir a clínica, mocinho.

Eu bufei.

— Droga, eu esqueci completamente que você tinha turma no primeiro horário hoje. — Continuei a resmungar, levantando-me de uma vez e com mais pressa — Desculpa.

Jimin franziu as sobrancelhas e se aproximou de mim, segurando meu rosto com ambas as mãos e afagando minhas bochechas com seus polegares.

— Não tem problema — ele disse, sorrindo pequeno. — Só tente se arrumar rápido, eu vou te esperar lá embaixo.

— Uhum — eu murmurei, depositando um beijo demorado em sua testa.

Assim que Jimin me soltou, eu andei apressadamente até o banheiro, me despindo pelo caminho, e ouvi os passos dele saindo de nosso quarto antes de ligar o chuveiro.

Não era mais comum acordar tão mentalmente indisposto, apesar de ser normal acordar cansado no final da semana, fazia parte da rotina e eu amava o fato de ter o privilégio de me sentir cansado depois de uma semana inteira de trabalho e obrigações com a minha própria família, essas pequenas coisas me faziam sentir mais "pé no chão", mais comum, mais vivo.