Capítulo 6 ❁ Eu Quero Saber O Que O Amor É

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Boa tarde! Como vão vocês?

Antes de começarem o novo capítulo, eu gostaria de anunciar algo muito importantes!

Eu criei uma conta no Ko-fi, uma plataforma onde artistas tentam ganhar um pouquinho com a arte deles, hehe. Já que sou escritora, criei 4 tipos diferentes de assinatura; então, há opção de membro para ter acesso exclusivo à spoilers das minhas obras em andamento e obras que pretendo postar futuramente (já postei o primeiro capítulo de duas obras futuras no ko-fi inclusive), além de receberem recompensas exclusivas quando as metas forem atingidas. O link está na bio, quem puder compartilhar ou assinar como membro, eu ficaria muitíssimo agradecida!


#BlueDay 💙



☾ Eu vou dar um tempo, um tempo para olhar ao meu redor. Não tenho mais onde me esconder, parece que o amor finalmente me encontrou. Na minha vida, já tive desilusões e dor, não sei se consigo encarar isso de novo. Não posso parar agora, eu viajei tão longe para mudar essa vida solitária. Eu quero saber o que é o amor. Eu quero que você me mostre. ☽

— "I Want To Know What Love Is", Foreigner



Sempre achei muito difícil lidar com sentimentos. Não necessariamente com os das outras pessoas, mas com os meus também, ter que conviver com todas as sensações que me incomodavam no peito era assustador, em quase todos os momentos. O pior de tudo era que parecia que todos ao meu redor sabiam exatamente o que estava acontecendo comigo.

Existe uma coisa chamada representação social. Basicamente, consiste em grupos que representam socialmente — em questão de princípios, religião, comportamento, pensamentos, etc — um indivíduo; um adolescente de dezessete anos, viciado em Game of Thrones e obras de J. R. R. Tolkien, tende a se incluir num grupo com pessoas de gostos parecidos; meu vizinho e colega de classe, um babaca de carteirinha, prepotente, estúpido e valentão, tendeu a se envolver com outras criaturas como ele. Popularmente falando, são as famosas "panelinhas".

Todo mundo pertence a uma e isso não é,necessariamente, ruim. É a lei da socialização humana, queremos ficar sempre perto de quem temos mais afinidade. Acho que o anormal mesmo é não ter uma panelinha a qual pertencer.

O que era o meu caso.

Sim, eu tinha amigos, — mais do que era normal em casos como o meu — mas não posso falar que pertencia a um grupo específico. Gostava de pensar que isso era só mais uma de minhas escolhas, que eu realmente escolhia e preferia ficar sozinho, tentava convencer minha própria mente de que uma companhia na escola não me fazia falta ou que eu não me sentia mal quando Namjoon, ou qualquer um dos meninos, não podiam me dar atenção.

Mas, é, essa era a minha realidade; eu era um recém — legalmente — adulto, reprovado no último ano opcional da escola, com amigos sempre mais velhos e sem tempo para mim, zero objetivos para meu próprio futuro. Aos poucos, eu percebia que não tinha o que acrescentar na vida das pessoas; não me importava com isso no começo, mas agora era diferente.

Eu queria muito ter o que oferecer e acrescentar na vida das pessoas que importavam para mim; queria ser mais inteligente, uma companhia melhor, ter coisas interessantes para contar e mais confiança. Ainda era um mistério para mim o motivo de Namjoon, Yoongi, Taehyung, Seokjin e Hoseok não terem desistido de mim, o motivo para continuarem me incluindo em suas vidas e se importando com o meu bem estar, eu não demonstrava suficientemente a mesma preocupação — mesmo que também a tivesse.

Dezessete Mil Sentidos para Park Jimin [jikook]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora