Prólogo

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Julie e eu estávamos comemorando nosso vigésimo segundo aniversário em um sítio com nossos namorados, nossas amigas e familiares.

Tudo parecia normal até Jason, o meu atual namorado tentar me tirar da pista de dança porque alegava ter algo muito importante a me dizer.

Estávamos saindo da pista quando ele soltou minha mão.

- Alana, meu sapato desamarrou. Por favor, me espera. – assenti e ele se abaixou para dar o nó.

Fiquei ao seu lado conversando com minha irmã que assustadoramente era minha cópia perfeita. Interrompi nossa conversa quando percebi que o som havia parado.

- Por que parou? – gritei para o DJ que se encontrava do outro lado do salão.

Sem obter resposta, olhei para os convidados e percebi que todos olhavam surpresos em minha direção.

- O que foi? Meu vestido está sujo, Julie? – inquiri num sussurro.

- Não mana, estão olhando para o Jason.

Desviei meus olhos dela para ver o que se passava atrás de mim. Quando me virei, não pude acreditar na cena: o meu namorado estava ajoelhado segurando uma caixinha de veludo verde escura.

- Não faz isso, por favor! – sibilei para ele completamente trêmula.

- Alana, você quer se casar comigo? – na hora fiquei com raiva por ele ter ignorado meu pedido, mas Jay me perguntou com um sorriso tão fofo que a raiva passou e acabei ficando com dó de dizer não.

Sem saber o que fazer, permaneci imóvel até eu pensar em algo inteligente para sair daquela saia justa. Durante o tempo que eu permaneci em silêncio, pude ver que Jay começou a se arrepender do que tinha feito.

- Casar? Qual o seu problema? – acredite, foi a única coisa inteligente em que pensei.

- Sim, meu anjo. Problema? – deu um sorriso nervoso. – Então, você aceita?

Assustada, acendi a luz do meu abajur para olhar minha mão direita. Sorri aliviada quando vi que minha aliança permanecia prata.

- Vai dormir Lana! – Julie gritou irritada.

- Fica quieta, me deixa comemorar que tudo não passou de um pesadelo!

- Quem lhe pediu em casamento? – ela sentou na cama.

- Como você sabe que fui pedida em casamento?

- Você fala dormindo. – Jú me analisou por um breve tempo. – Você tem que parar com essa sua resistência. Me responde só uma coisa: Você ama o Jason?

- Amar? – falei incrédula. – Eu estou com ele há três meses. É cedo para saber, não acha? Vamos dormir, é madrugada. – apaguei a luz do abajur me deitando e virando para o outro lado. – Mais tarde você continua me perturbando com essas lorotas de amor, pode ser?

- Não, não pode. – ela acendeu o abajur. – Até quando vai levar isso adiante? E se ele não for o amor da sua vida?

- Amor da minha vida? – soltei uma risada amarga. – Isso não existe Jú. E se caso existisse, eu tenho certeza de que ele está se enganando com outra. – pensei um pouco. – Eu já tenho o Jay. Não preciso acreditar e nem sair por aí procurando o amor da minha vida.

- É onde eu quero chegar. Um dia ele lhe pedirá em casamento...

- Bobagem! – eu a interrompi enquanto arrumava meus cobertores. – Nunca vou cair na bobeira de me apaixonar e muito menos de casar. Namorar é ótimo! Cada um fica na sua casa, não preciso me tornar a empregada do lar, nem cuidar dos catarrentinhos chorando a noite toda.

- Nem parece que é minha irmã! Onde foi parar seu sentimentalismo?

Fingi procurar algo entre meus cobertores.

- Acho que eu o perdi por aqui.

- Tudo bem, não vou insistir. Tomara que encontre alguém que te faça engolir cada palavra que me disse agora. – sorriu maliciosa.

- Não joga praga! – bati no criado mudo que separava nossas camas. - Vai dormir e para de dizer bobagens!

Abaixo o Amor!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora