Emo Love Story|| baseado em factos reais (hiatus)

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Crystal's Point Of View

Wrapped Around Your Finger explodia nos meus ouvidos, fazendo-me acalmar um pouco. A voz de Michael fazia os meus músculos relaxarem e fazer um pequeno sorriso surgir na minha face. Eu gostava desta banda, não ao ponto de ser uma total fangirl, mas gostava do género deles. Era diferente do que eu ouvia na altura. Eu era uma miúda mais ou menos normal, gostava de andar na moda e era demasiado preguiçosa para ouvir mais que a música que passava na rádio.

Um som mais forte que a música que ouvia através dos meus fones despertou-me do meu transe, fazendo com que os retirasse. Uma música pesada, com bastante bateria e uns gritos quase impercetíveis no meio da batida ouvia-se perto do local onde me encontrava, emanando de uma qualquer garagem. Procurei o sítio com os meus olhos e achei um pequeno portão aberto.

Entrei e encontrei um dos seres mais belos que já tinha visto na minha curta e horrenda vida. O rapaz era pálido, o seu tom de pele fazia contraste com a roupa preta e com o seu cabelo, igualmente negro. Os seus olhos num tom de verde ligeiramente acastanhado transpareciam calma, serenidade enquanto ele olhava para o vazio, sentado num banco em frente a uma floresta. Observei os seus olhos a fechar quando o vento lhe batia no rosto. Ele era, sinceramente, intrigante. Queria saber o que passava na sua mente tranquila.

"WOW, que pedacinho! Atira-te miúda, olha que não aparece outro igual a este por cá! Se tu o ignoras, não vai haver segunda vez, querida"

Cala-te, estúpido subconsciente.

Enchi-me de coragem e fui ter com ele.

- O-lá - Gaguejei, dando a mim própria uma estalada mental.

- Olha, se vens criticar a nossa música, podes ir embora, mas não critiques.

Pelo seu tom de voz, podia perceber que isso já tinha acontecido várias vezes.

- N- não só queria dizer q-que a  v-vossa música é muito boa por acaso- gaguejei de novo.
Ele sorriu:
- És a única miúda que conheço que gosta de screamo. Também não era difícil porque não conheço miúdas nenhumas não é?

“Já viste como o sorriso dele é lindo pah? Ou pedes-lhe o número ou eu mato-te”
Já pedi para te calares, subconsciente.

-Tocas guitarra?- perguntei ao ver a guitarra elétrica preta e branca pousada no seu colo.
- Han han. Agora paras de me fazer perguntas? Eu acho que já sabes demasiado sobre mim. Afinal, tu não me conheces.
Espera, o que é que eu sei sobre ele?
1. Toca guitarra elétrica;
2. Gosta de screamo.
Isto é muito? Eu não sei basicamente NADA.
- Ó PRETO ANDA COMER--- HEYOOOO QUEM ÉS TU? COMO É QUE TE CHAMAS?
Quem me perguntou foi um rapaz de cabelo encaracolado castanho claro, olhos avelã e óculos extremamente grandes.

- Crystal, prazer em conhecer-te. E tu és...
-Jonas, e não estou prazeroso em te conhecer porque prazer é noutro lado se é que me entendes...

A piada dele fez me soltar uma leve gargalhada.

- Eu sou o Base, quer dizer, todos me chamam de Base, por estar na guitarra base. Esse aí está na guitarra principal- disse apontando para o Preto.
Ah, então ele chama-se Preto.
- Olha nós tocamos bem, sabes? Queres ouvir alguma coisa em particular?- perguntou Jonas.
O moreno atirou-me uma capa que parecia que ia arrebentar de tão cheia de acordes, pautas, letras, folhas rasuradas.
Depois de algum tempo procurando por algum nome que eu conhecesse no meio de bandas cujo nome eu desconhecia, encontrei uma banda que me fazia lembrar os meus tempos de infãncia.
Green Day era uma das bandas que eu gostava muito em criança, mas com o tempo deixei de gostar daquele género e passei a ouvir mais pop, deixando o punk rock para trás.
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Fui embora à pressa pensando que já iria ouvir da minha mãe. Boa, Crystal, boa. Conheci gente diferente, divertida.

Parece que já tenho alguma coisa para fazer todos os Sábados.