SEX SONG - Jjk + Kth

⏮️ 11 ⏭️

Seul, Dark Wine • 10:00 p.m.

TAEHYUNG

Ao chegar no bar, perguntei por Jungkook ao segurança que sempre guardava o local naquele horário. Para minha surpresa, hoje ele não estava na ala Gold.

O grandalhão fardado informou que ele estava no terraço. Alguns clientes gostavam de ter privacidade para fumar, então iam até lá quando queriam um pouco de paz.

Mesmo confuso e um pouco perdido, me dirigi ao andar de cima. Como os elevadores estavam sempre cheios e insuportáveis de aguardar durante o período noturno, optei pelas escadas mesmo.

Subi cada degrau com uma sensação estranha. Era como se algo estivesse errado e eu não soubesse o quê. A qualquer momento eu poderia me decepcionar? Ou perder a cabeça? Ou os dois simultaneamente?

Isso não era muito difícil, convenhamos.

Respirei fundo e empurrei a porta de correr, me deparando com uma visão que jamais esperei estar à frente dos meus olhos.

O modelo de fios loiros estava debruçado, de costas para mim. Uma fumaça suave ia subindo, se esvaindo e perdendo-se no vento gélido da noite. Tal visão me indicava que ele levava um cigarro aos lábios, tragando da nicotina que tanto abominava.

Me aproximei, almejando verificar se ele estava embriagado. Afinal, esse é o único momento em que Jeon fuma, pois sempre está tão louco de bebida que não sabe o que faz.

— Jungkook?

Ele me fitou por cima do ombro. Os olhos estavam inchados e as olheiras marcadas. Mas diferente das várias noites que veio aqui, não era a embriaguez que lhe estampava o rosto, apenas a triste exaustão.

— O que você está fazendo? - Indaguei, o analisando.

— Nada. - Respondeu ele, levando outra vez o cigarro aos lábios.

— Achei que não fumasse.

— Não fumo. Mas estou estressado.

Em um ato impensado, apenas tirei aquela coisa da sua boca e a joguei no chão, pisoteando.

— Para com essa merda!

— Por que fez isso? - Perguntou ele, sem muita emoção.

— Não é destruindo seu pulmão que vai resolver seus problemas, Jungkook.

— Um conselho meio hipócrita vindo de você.

Senti a raiva tomar meu interior. Entendia que ele estava com problemas e tal. Mas porra! Eu estava tentando ajudá-lo e ele me recebe com essa petulância e sarcasmo?

Já impaciente, respirei fundo e ditei as palavras seguintes:

— Eu fumo por prazer. E creio que você saiba que esse papo de "uso drogas para aliviar o estresse" é só uma desculpa covarde que as pessoas usam para justificar as merdas que fazem. Então não venha me dizer que sou hipócrita. Vim até aqui porque você disse que precisávamos conversar. Mas se você vai descontar seus problemas em mim, eu vou embora.

Antes que eu pudesse dar qualquer passo, ele segurou meu braço com certa cautela e um pouco de desespero.

— Por favor, espere! - Sussurrou. - Você tem razão, me desculpe. Eu só preciso que me escute. Sei que você é a única pessoa que pode me entender. Por favor, não vá embora.

O fitei. Pude notar em seus olhos um apelo desesperado para que eu ficasse e o ouvisse. Eu não pude negar, me vi obrigado a ceder àquelas orbes brilhantes de jabuticaba me encarando com certa vulnerabilidade.