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Seul, Haze • 10:00 a.m

JUNGKOOK

Respirei fundo, me dirigindo até o escritório de meu pai. Não é como se eu gostasse de visitar seu ambiente de trabalho nojento e sem graça. Mas eu precisava ao menos de forma indireta denunciar o roubo daquele segurança idiota.

Possivelmente renderia instalação de câmeras no meu quarto ou coisa parecida. Mas eu usaria de toda a minha habilidade de atuação para persuadir meu pai. Nem que eu precisasse bancar o filhinho obediente por 24 horas.

Inspirei bem fundo, soltando o ar antes de fazer minha melhor expressão de tristeza. Dei duas suaves batidas na porta, ouvindo a voz penetrante e ríspida de meu pai sibilar um "entre".

Entrei em sua sala, sentindo aquele vento gélido do ar condicionado arrepiar fortemente minha pele. Não sei como esse velho não pega uma gripe dentro de uma sala fechada tão fria.

Mas é o que dizem: vaso ruim não se quebra.

Me aproximei da mesa do mais velho, com a expressão mais chateada possível. Me sentei à sua frente, todo vulnerável e choroso.

- Deseja algo, Jungkook? - Ele sequer tirou os olhos do computador para prestar atenção em mim.

- Estão roubando meu dinheiro. - Fui direto, bancando o chorão.

Ele franziu o cenho, fechando seu notebook. Meu pai sempre acreditava que a segurança daqui era a melhor de todas, então ficou incrédulo.

- Como assim roubando seu dinheiro?!

- Me roubaram, papai. Quando acordei hoje de manhã, notei que estava faltando uma quantia considerável. - Falsas lágrimas desceram por meu rosto. - Isso é um absurdo! Eu trabalho tanto para no final do dia não ter nada!

Eu odiava bancar o filho mimado. Mas eu daria uma lição naquele ladrão filho da puta do meu jeitinho. Nem que para isso precisasse manipular meu próprio pai. Conhecendo a única paixão genuína do mesmo, a qual se resumia à dinheiro e poder, usei todas as minhas armadilhas.

Jeon Ha-Jun era um homem extremamente fácil de manipular quando grana e reputação estavam em jogo. Ele não iria querer que a Haze ficasse conhecida por abrigar ladrões. Calculei todos os momentos das câmeras e por sorte, Lisa não havia se aproximado do meu quarto em nenhum momento de madrugada.

Felizmente, meu pai iria engolir a desculpa de que foi enquanto eu dormia e iria vasculhar as gravações da madrugada. Eram por volta de quatro horas quando Byun me roubou, e eu havia retornado à agência às duas da manhã.

Com base em meus cálculos, meu pai seria presunçoso o suficiente para achar que criminosos apenas atacam de madrugada, por volta das três da manhã, quando todos os seguranças encerram o turno. Além disso, ele possivelmente acha que o ladrão vem de fora, nunca imaginaria que um de seus fantoches seria capaz disso.

O mais velho deu passos duros e irritados à frente, com algum instinto milionário de proteger a honra do seu ganso dos ovos de ouro, ou sei lá o que. Apenas o acompanhei, mantendo a expressão chateada, porém, pulando de alegria por dentro.

Seguimos até a sala de câmeras, operada por Hyunjin. O pobre garoto levantou em uma pressa absurda, assustado com a entrada repentina e arrogante do mais velho. Ele se curvou em respeito - medo, no caso.

- Senhor Jeon? Há algo que eu possa ajudar? - O mais novo gaguejou, gesticulando com as mãos trêmulas.

- Acesse as imagens de ontem a partir das três da manhã.

Mal educado do caralho! Nem dá bom dia para o garoto. Sequer se deu o trabalho de explicar para o pobre rapaz o motivo de sua ordem. Respirei fundo, decidindo fazer isso.

SEX SONG - Jjk + KthWhere stories live. Discover now