Epílogo

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 POV Louis

Nem acreditei quando as aulas daquele dia acabaram, os professores já estavam nos lotando de trabalhos e não demoraria para chegarem as provas, mas para meu alívio já era sexta-feira, eu não precisava ir trabalhar hoje e tinha o fim de semana todo para relaxar ao lado do Harry.

Só de pensar em poder ficar com o Harry sem pressa, dormir e acordar com ele, fez meu humor melhorar drasticamente e um sorriso se formou em meus lábios.

Fui caminhando para casa rapidamente, queria tomar um banho, comer alguma coisa e depois iria encontrar o Harry na faculdade dele, já que ele teria algumas aulas extras hoje durante a tarde e eu queria fazer uma pequena surpresa e ir encontrá-lo lá.

Eu estava tão distraído e com tanta pressa que ao virar uma esquina acabei esbarrando em alguém e me assustei.

-Droga, me desculpe, eu... – parei de falar quando enfim me dei conta de quem era a pessoa em quem eu tinha esbarrado. –Stan?!

-Louis. – ele pareceu tão surpreso quanto eu, mas logo em seguida sorriu ligeiramente. –Faz tempo, não é?!

-Sim, faz... – concordei, eu nunca mais o tinha visto desde aquele fatídico dia em que caí das escadas. Era meio estranho estar ali parado na frente dele depois de tudo pelo que passamos e também era surreal me lembrar do quanto eu tinha sofrido por causa dele, do quanto fui apaixonado por ele, tudo isso dava a impressão de ter acontecido em uma outra vida.

-Como você está? – ele, nitidamente, estava tão desconfortável quanto eu.

-Bem, eu estou bem e você?

-Indo. – ele deu de ombros e depois colocou as mãos nos bolsos da calça e desviou os olhos para o chão. –Hum... Você ainda está... Sabe... Namorando o...

-Sim, eu estou com o Harry. – o interrompi e ele me olhou de novo, apenas assentindo.

-E está feliz, Lou? – ele sussurrou.

-Estou, Stan... – sorri. –Muito feliz.

-Bom... Isso é realmente bom de ouvir. – ele disse com sinceridade. –Se tem alguém que merece ser feliz, esse alguém é você.

-E você, está feliz também? – perguntei, porque agora que toda a mágoa que eu sentia dele tinha ido embora, eu queria de verdade que ele, assim como eu, seguisse em frente e fosse feliz também.

-Não sei... – ele franziu o cenho. –Acho que não... Ainda não... Eu contei aos meus pais que sou gay... Meu pai ainda não fala direito comigo, mas minha mãe acabou aceitando, as coisas estão indo...

-Isso é muito bom, Stan. Tenho certeza de que você se sente muito melhor não tendo mais que fingir ser alguém que não é. – falei.

-É, pena que fiz isso tarde demais. – ele disse isso me olhando intensamente e me entristeceu notar que ele ainda sentia algo por mim.

-Você ainda vai encontrar o cara da sua vida. – sorri um pouco e ele também.

-Quem sabe... – ele murmurou. –Eu sinto a sua falta, sabia?!

-Stan...

-Não. – ele me interrompeu e continuou. –Não digo só como namorado, mas como amigo, você sempre foi o meu melhor amigo.

-Eu sei... – não dava para negar que, apesar de tudo, tivemos nossos momentos felizes e éramos amigos antes de tudo.

-Agora que não posso ficar perto de você... – ele disse. –Não sem acabar sendo um idiota, mas talvez daqui a alguns anos, quando eu conseguir superar o que sinto por você e o fato de ter estragado tudo e te perdido... Enfim, talvez aí a gente ainda possa ser amigos.

You Saved My HeartWhere stories live. Discover now