Onde beijar é mais perigoso que matar

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Izana abriu ainda mais o sorriso, tornando sua expressão selvagem, não esperou por Kakucho apenas avançou com um chute, mas que foi defendido por Masaru. Seria um dia longo para todos.

[...]

Wakasa estava sentado em um sofá a meia hora, o celular em mãos enquanto jogava algo. Sem sinal. Sem internet. Sem repostas. Trancado na sala sem contato com os amigos. Além do sofá que estava havia um palco com pole dance a sua frente, uma cama redonda, um frigobar e uma televisão pendurada. A porta que acreditava ser da entrada trancada, a outra do banheiro. O quarto estava e meia luz, e uma música baixa – e irritante, tocava. Parecia um quarto de motel. Wakasa se manteve alerta desde que acordou em meio aos lençóis brancos, mesmo mantendo sua postura despreocupada. Seus olhos e ouvidos atentos a qualquer sinal de perigo.

Notou quando a porta abriu, mesmo que silenciosamente demais para seu gosto, e uma mulher entrou. Não precisou de apresentação alguma para saber que era a mãe de Takemichi. Os mesmos olhos, desde a cor ao formato. O cabelo cumprido no mesmo tom negro das ondas do Hanagaki. Os mesmos traços – apesar de Takemichi ter um formato de rosto um pouco diferente, com o maxilar um pouco mais marcado.

A mulher andou imponente, a postura altiva e os quadris balançando conforme o salto batia no chão. Ela não o olhou, mas sentiu seus movimentos serem observados pelos olhos lavanda. Ela andou até o palco sentando-se delicadamente em uma ponta próximo ao canto do grande quarto e por fim o mirou.

Wakasa sentiu-se exposto com o olhar avaliador. Mas do que estava já que havia acordado apenas de cueca. Os olhos azuis se demoraram em cada marca do corpo do mais novo, chupões nas coxas, mordidas na cintura, arranhões nos ombros.

— Já deve ter associado que sou mãe do Takemichi, ele puxou muito a mim. Emanuella Hanagaki, e é bom finalmente te conhecer Wakasa Imaushi — O sorriso que ela lhe lançou causou arrepios em sua coluna. Agora sabia de onde o outro puxou.

Emi apoiou as costas no vidro atras de si. Em aparência a escolha de seu filho era boa. O garoto era bonito, muito bonito. Mas não era a aparência que ela estava ali para julgar, deixaria para elogiá-lo caso o achasse digno de estar ao lado de seu príncipe. Viu a postura do mais novo mudar, a perna que estava levantada no sofá se abaixar, os pés sutilmente se posicionando para lhe dar melhor base. A cabeça se movendo tão casualmente, mas que a mais velha sabia fazer isso vasculhando o resto do quarto, buscando por ameaças.

— Onde está Genko e os outros? — O sorriso da mulher se abriu ainda mais.

Ela apontou para a televisão que ele não notou ter se ligado. A tela dividida em dois, um lado mostrando Takeomi acorrentado a uma cadeira parecendo muito concentrado em algo na mesa a sua frente e ao fundo Benkei apanhando enquanto suspenso por cordas. Na outra Izana e Kakucho ofegantes e machucados em meio a uma luta contra um homem de cabelos negros.

— Se quiser saber de meu filho e do Shini terá que ser pessoalmente — Ela deu uma risadinha — Me diga Imaushi, qual seu envolvimento com meu filho?

— A resposta é variável — Ela fez sinal para ele prosseguir — Qual será a consequência para Genko?

— Depois disso e de todas as marcas em seus corpos não acho que vou acreditar em qualquer coisa que sair de sua boca — Wakasa maneou a cabeça, concordando com o que ela disse.

— Depois de todas as marcas e nos encontrar deitados juntos não acho que precise perguntar, mas fez mesmo assim. Minha resposta dependerá da consequência que Genko terá por ela.

— Não devia estar preocupado com as consequências que você terá? — A curiosidade se atiçou. O menino era esperto.

— Se eu fosse morrer não estaria aqui para início. Teve a oportunidade perfeita quando eu estava desacordado — Afronta? Coragem? Não importava. Wakasa parecia seguro de si, mesmo que seus olhos brilhassem em preocupação mal contida. Preocupação que não era voltada a si mesmo, e Emi aprovou isso.

— Posso não gostar de uma presa fácil. E mais do que isso, não gosto de ter dúvidas — Ela se debruçou sobre as pernas, a mão apoiando o queixo — Você pretende se declarar ao meu filho? Quer que ele seja seu?

— Genko não é meu, e não será. Contar o que sinto só pode ter dois finais, o afastar ou o prender. Não pretendo que nenhum dos dois aconteça — Wakasa observou a mulher se encostar novamente no vidro, um sorriso dançando em seus lábios e um brilho enigmático nos olhos, continuou — Genko é livre, e assim continuará. Não é isso que ensinaram a ele? O amor é deixar.

— E está dizendo isso para me agradar? Espera que eu compre suas palavras após isso?

— Não quero nada. Não preciso de sua aprovação para algo que não vai acontecer. Citei o que ensinaram a Takemichi apenas porque aprendi sobre amor da mesma forma. Com ele.

Emanuella quase ronronou de felicidade. Lambeu os lábios vagorosamente, buscando desvendar as orquídeas do mais novo. Passou os olhos pelo corpo dele novamente. Ele não queria sua aprovação, mas estava conseguindo. E dizia que não teriam nada, mas seu corpo parecia não concordar. Não interferiria na escolha de seu príncipe, isto é, se ele continuasse se saindo bem.

Foi com uma boa surpresa que viu Wakasa se jogando para o lado para desviar de um chute. O salto agulha vermelho parando onde ele estava anteriormente. Havia quatro mulheres e um homem no quarto, todos de roupas intimas e incrivelmente sensuais e habilidosos. Sua equipe de conquista. Sedução e morte andavam juntos com todos os integrantes, e o Imaushi teria que passar por cima disso essa noite.

 Sedução e morte andavam juntos com todos os integrantes, e o Imaushi teria que passar por cima disso essa noite

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