capítulo 22.

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Madelaine Petsch pov.

Duas semanas depois.

– Chama a Carol e vão lá em casa hoje, por favor. – Lili pede. – Quero tanto ter uma daquelas noites que a gente sempre tinha.

– Tá, pode ser. – Assinto. – Já estamos no último mês do ano, não podemos quebrar a nossa tradição de nos juntarmos uma última vez, antes do novo ano entrar.

– Sim, que bom que concorda comigo. – Ela diz, enquanto arruma a sua mochila. – Agora vamos embora logo, quero comer.

『...』

– Não, você roubou! – Lili grita, deixando um tapa na minha cabeça.

– Aceita perder, querida. – Debocho dela, juntando as cartas outra vez.

– Ok, gente. Mas podemos pedir pizza logo? Vocês sabem que a pizza não pode faltar, né? – Carol dá uma risada, se sentando na cama dela.

– Tá, eu vou lá na cozinha pegar o número. – Lili comenta, saindo rapidamente.

– Ela sempre fica mais animada quando dormimos juntas. – Falo, me sentando ao lado dela.

– Típico de Lili Reinhart. – Outro riso lhe escapa. – Vocês devem estar bem animadas para acabarem os estudos logo, né? Só faltam poucos dias.

– Confesso que sim. – Dou uma risada nasal. – Porém eu vou sentir falta de lá.

Ela fica em silêncio e eu também.

Faz tempo que estamos assim. Em um clima desagradável.

Desde aquela conversa.

– E aí, quando o seu pai volta?

Péssima forma de puxar assunto.

– Não sei. Talvez nem volte. – Finjo não me importar, até não me importar mesmo.

– E você está triste com isso, acertei?

– Óbvio que eu estou. Eu sei que eu não deveria sentir tanta falta assim, mas eu sinto.

– É normal, claro que você vai sentir falta dele. Ele é o seu pai.

– Não queria que fosse. – Um sorriso sem graça toma conta dos meus lábios. – Mas tudo bem, ele não se importa se eu estou sozinha ou não.

Carol se vira para mim e pega em minhas mãos.

– Você nunca vai estar sozinha, não se depender de mim.

Fico calada, apenas a encarando.

A luz apagada, ela perto de mim, o seu olhar fixo no meu. Tudo indicava só uma coisa...

Eu não tive tempo de pensar, pois em um ato rápido, ela me puxa para um beijo.

Eu nunca imaginei isso, nunca me imaginei beijando a minha melhor amiga.

Isso parece estranho, mas não o beijo, a pessoa.

Suas mãos foram parar na minha nuca, enquanto ela me puxava para mais perto de si. E eu deixei que as minhas mãos fossem parar na sua cintura.

Por um segundo, eu senti algo estranho. Conforto, segurança, algo parecido.

– Me desculpa, Mads. Eu não sei o que deu em mim. – Ela se afasta de imediato.

– Tudo bem. Fica calma. – Tento tranquilizar ela, embora eu precisasse me acalmar por dentro.

Eu deveria dizer algo?

Deveria dizer que gostei? Que não deveríamos ter nos beijado?

O que eu deveria dizê-la?

Meus pensamentos foram cortados pela loira que entrou no quarto outra vez.

– E aí, gente. Vão querer pizza de quê?

i wanna be yours - Madnessa.Where stories live. Discover now